domingo, agosto 21, 2011

Racismo darwinista

“Num período futuro, não muito distante quando medido em séculos, as raças humanas civilizadas vão certamente exterminar e suplantar as raças selvagens por todo o mundo” (Charles Darwin). Claro, Darwin pertencia à “raça” que ele descrevia como “raça civilizada”.

“Nenhum homem racional, conhecedor dos factos, acredita que o negro comum é igual, e muito menos, superior ao homem branco” (Thomas Huxley). Huxley foi chamado de “Darwin’s bulldog” porque foi ele quem anunciou a mitologia da evolução por toda a Inglaterra quando Darwin se retirou da vida pública.

“O credo do eugenismo foi fundado na ideia da evolução” (Francis Galton). Galton era primo de Darwin.

“De todos os problemas que terão de ser encarados no futuro, em minha opinião, o mais difícil vai ser aquele relativo ao tratamento das raças inferiores da humanidade” (Leonard Darwin). Não muito politicamente correto, Sr. Leonard.

“No estado mais baixo do desenvolvimento mental humano estão os australianos, algumas tribos da Polinésia, os bosquímanos, os ‘hottentots’, e algumas tribos negras” (Ernst Haeckel). Haeckel foi o darwinista ateu que inventou a “lei biogenética” (que nunca chegou a ser lei alguma), e que mentiu descaradamente sobre o desenvolvimento dos embriões.

“O Fuhrer alemão é um evolucionista, tal como eu tenho dito consistentemente. Ele tem conscientemente tentado que a Alemanha esteja de acordo com a teoria da evolução” (Arthur Keith).

(Darwinismo)

Leia mais: "Darwin e as 'raças inferiores': racismo?" e "Fermento racista"

sexta-feira, agosto 19, 2011

Práxis Teológica trata de criacionismo

Neste primeiro número, a revista Práxis Teológica (do Seminário Adventista Latino-Americano de Teologia, Cachoeira, BA) aborda um tema cuja relação com a Igreja Adventista do Sétimo Dia é histórica: a filosofia das origens. Desde o seu surgimento, a Igreja Adventista tem a mensagem bíblica da criação como um dos seus pilares doutrinários. De fato, a tríplice mensagem angélica conclama todos os moradores da Terra a se prepararem para o juízo pré-advento e a adorarem “Aquele que fez o céu, a terra, o mar e as fontes das águas” (Ap 14:7). A temática é tratada a partir de diferentes perspectivas, conforme o campo de conhecimento dos articulistas. O Dr. Elias Brasil de Souza mostra a importância da mensagem de Gênesis 1 para a teologia adventista, deixando clara a ideia de que a maneira como se vê o primeiro capítulo da Bíblia determina o que será feito com o restante dela.

Destacamos a contribuição do Dr. Ruy Carlos de Camargo Vieira, fundador e presidente da Sociedade Criacionista Brasileira (SCB) – a qual completa, neste ano, quarenta anos de existência. A SCB é uma entidade interconfessional, que defende amplamente a cosmovisão bíblico-teológica. O Dr. Vieira, em seu artigo, comenta a declaração sobre a doutrina bíblica da criação, elaborada pelo corpo docente do Seminário Teológico da Andrews University.

Somam-se a esses os trabalhos apresentados pelo jornalista Michelson Borges, da Casa Publicadora Brasileira, o qual expõe evidências científicas que fortalecem a fé no relato bíblico da criação, conforme encontrado no capítulo 1 de Gênesis; o pastor e teólogo Marco Antônio Baumgratz, pastor da Igreja Presbiteriana Nacional em Brasília, DF, abre uma breve discussão a respeito de que é grande o impulso que a fé cristã tem proporcionado à ciência, embora isso passe despercebido pelo criticismo ateísta; o professor Matusalém, da Universidade Estadual da Paraíba, faz uma exposição sobre contos e lendas da criação na cultura africana; o Dr. Wellington Silva analisa o lugar que o darwinismo ocupa no debate entre ciência e religião; os professores Wellington Gil Rodrigues e Rosilene da Silveira Motta verificam as relações entre ciência e religião na perspectiva dos professores da Faculdade Adventista de Fisioterapia; por fim, o professor Adenilton Aguiar, do Salt-Iaene, investiga a relação entre a narrativa da criação registrada em Gênesis, o prólogo do evangelho de João e o prólogo de sua primeira carta.

Acreditamos que nenhum dos artigos aqui reunidos pretende ser a última palavra sobre as questões levantadas, mas entendemos que eles são, por natureza, instigantes e, por isso, estimulam a continuação do debate e a necessidade de novos esclarecimentos.

(Adenilton Tavares de Aguiar, professor de Línguas Bíblicas do Salt-Iaene, e Wellington dos Santos Silva, professor de Ciência e Religião do Salt-Iaene)

Pedidos: ceplib@adventista.edu.br

Sob Suas asas


“Ele te cobrirá com as Suas penas, e debaixo das Suas asas te confiarás; a Sua verdade será o teu escudo e broquel” (Salmo 91:4). “Guarda-me como à menina do olho; esconde-me debaixo da sombra das Tuas asas” (Salmo 17:8). “Quão preciosa é, ó Deus, a Tua benignidade, pelo que os filhos dos homens se abrigam à sombra das Tuas asas” (Salmo 36:7). Amém!

quinta-feira, agosto 18, 2011

Quando o pecado vira “apenas” doença

O site B4U-ACT, na postagem “Pedophilia, Minor-Attracted Persons, and the DSM: Issues and Controversies”, está promovendo um simpósio no qual se defenderá a ideia de que a pedofilia deve ser incluída no Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM, na sigla em inglês), da Associação Americana de Psiquiatria. Segundo o site, essa ação terá enorme impacto sobre as crenças e práticas dos profissionais de saúde mental, sobre o sistema de justiça criminal, os meios de comunicação e o público.

Há uma década, o coordenador do Núcleo Brasileiro de Design Inteligente e mestre em História da Ciência Enézio de Almeida Filho disse e foi mal compreendido: quando a agenda homossexual fosse aprovada e aceita pela sociedade, seria pedida a liberação da pedofilia.

E nesta semana, a revista Veja traz uma entrevista com o psiquiatra e escritor inglês Anthony Daniels, mais conhecido como Theodore Dalrymple (pseudônimo). Ele critica as teorias sociológicas e psicológicas que produzem cidadãos que não assumem suas responsabilidades e logo de cara dispara: “Rousseau difundiu a ideia de que o ser humano é naturalmente bom, e que a sociedade o corrompe. Eu não sou religioso, mas considero a visão cristã de que o homem nasce com o pecado original mais realista. Isso não significa que o homem é inevitavelmente mau, mas que tem de lutar contra o mal dentro de si. Por influência de Rousseau, nossas sociedades relativizaram a responsabilidade dos indivíduos. O pensamento intelectual dominante procura explicar o comportamento das pessoas como uma consequência de seu passado, de suas circunstâncias psicológicas e de suas condições econômicas [ou ‘preferências’ sexuais]. Infelizmente, essas teses são absorvidas pela população de todos os estratos sociais. Quando trabalhava em prisões, com frequência ouvia detentos sem uma boa educação formal repetindo teorias sociológicas e psicológicas difundidas pelas universidades. Com isso, não apenas se sentiam menos culpados por seus atos criminosos, como de fato eram tratados dessa maneira. Trata-se de uma situação muito conveniente para os bandidos, pois permite manter a consciência tranquila. Podem dizer que roubam porque não tiveram oportunidades de estudo, porque nasceram na pobreza ou porque sofreram algum trauma de infância, entre outras desculpas.”

Pelo visto, o mundo está cheio de desculpas para o pecado.[MB]

Leia também: "Ciência Hoje destaca 'problema' da pedofilia", "Anúncio da Kia é 'acusado' de promover pedofilia" e "A pedofilia e o decálogo em branco"

E-mails que nos alegram (33)

"Olá, Michelson! Sou pastor distrital em Lucas do Rio Verde, MT. Desde 2005 venho acompanhando seu blog e venho lhe agradecer pelo grande trabalho realizado em prol da Igreja em uma área em que ela se encontra tão carente. Além de matérias relacionadas com o criacionismo, você tem vinculado reportagens muito interessantes que têm me ajudado muito como pastor. Portanto, que Deus continue abençoando esse seu ministério e que você possa dar continuidade a essa grande obra. Parabéns!"

(Pastor Heberson Lira)

quarta-feira, agosto 17, 2011

Há pastores e pastores. E há astrólogos

Respeito o jornalista Ulisses Capozzoli e mais ainda a revista da qual ele é editor, a Scientific American Brasil, uma das pouquíssimas revistas verdadeiramente científicas neste país e que ocupou, em minha opinião, o vácuo deixado pela Superinteressante. No entanto, mesmo os admiráveis podem cometer seus deslizes e promover generalizações que, assim como a unanimidade, costumam ser burras. No artigo “Sobre pastores e astrólogos”, publicado no site Observatório da Imprensa, Capozzoli cai na tentação da generalização e coloca pastores e astrólogos no mesmo palco, como protagonistas de um espetáculo que envolve, na pior das hipóteses, o charlatanismo, e, na melhor, a ilusão. Em parte, ele está certo.

Segundo ele, crianças que desconfiam do “fato” de que o Universo teria 14 bilhões de anos, “influenciadas pelo criacionismo e interpretações fundamentalistas religiosas do mundo” [na verdade, criacionistas não são unânimes quanto à idade do Universo], correriam o risco de voltar à idade das trevas, já que estariam “mentalmente dominadas pelo dogmatismo de fundo religioso”. Capozzoli se admira de um palestrante que respeita a desconfiança cosmológica das crianças ao mesmo tempo em que critica a astrologia, como se ambas as coisas fossem impossíveis.

“A questão aqui é a seguinte: se ele [o palestrante] aceita ideias arcaicas e sem sentido [leia-se criacionismo], promessas despudoradamente falsas e ‘milagres’ deslavadamente mentirosos que uma legião de ‘pastores’ propaga diuturnamente em programas de rádio e TV, por que criar caso com a astrologia?”, pergunta o editor, para quem é contraditório respeitar “farsas que são verdadeiros casos de polícia, envolvendo estelionato, entre outros crimes, mas ao mesmo tempo não perdoar astrólogos”.

Se o conceito de pastor apresentado por Capozolli for o dos charlatães roubadores do rebanho, estou do lado dele, e por isso disse que, em parte, ele está coberto de razão. Pastores como esses são, de fato, indefensáveis. Mas o que o criacionismo tem a ver com tudo isso? O que tem a ver com os televangelistas hipócritas uma teoria que sustenta que existem evidências de design inteligente na natureza e que há um Deus Criador por trás da complexidade observada nas coisas criadas? O criacionismo procura interligar (naquilo que é possível) o conhecimento científico com o conhecimento teológico, interface essa que pode ser útil na compreensão de uma realidade que extrapola os limites das metodologias de pesquisa inventadas pelo limitado ser humano. De certa forma, os fundadores do método científico, homens do quilate de Copérnico, Galileu e Newton, defenderam algum tipo de criacionismo e foram cristãos bíblicos. Imagino que eles também se oporiam aos “pastores” a quem Capozolli critica. Eu também não engulo essa corja que denigre o verdadeiro cristianismo.

Talvez Capozolli não saiba, mas há líderes religiosos que têm se destacado na ciência. Vou mencionar apenas três. John Polkinghorne é um físico teórico inglês e clérigo anglicano. Foi professor em Cambridge de 1968 a 1979 e fez estudos em física quântica e física teórica de partículas. Em 1982, foi ordenado sacerdote da Igreja Anglicana. O pastor adventista Edwin Thiele obteve seu doutorado pela renomada Universidade de Chicago. Baseado em documentos egípcios e mesopotâmicos, ele conseguiu estabelecer uma cronologia bíblica aceita pela vasta maioria dos historiadores, sejam cristãos ou céticos, e escreveu o livro The Mysterious Numbers of Hebrew Kings. Mart de Groot é doutor em Ciência pela Universidade de Utrecht; passou a maior parte de sua vida como pesquisador na área da Astronomia e serviu como pastor adventista na Irlanda do Norte. Como se pode ver, nem todos os religiosos são “tapados”.

Capozolli diz, também, que “o horóscopo, certamente, é o remanescente da idade mágica que vivenciamos na pré-história e não completamente superado, ao contrário do que se costuma crer. A astrologia e os astrólogos não são incentivadores de guerras, ao contrário do que ocorreu e continua ocorrendo com o fanatismo religioso”. Embora o editor tente especificar o tipo de religião a que se refere fazendo uso da palavra “fanatismo”, fica na memória do leitor de seu artigo a impressão associativa de que criacionistas seriam esses fanáticos. Mas, definitivamente, não é assim. Jesus era criacionista, afinal, Se referia a Adão e Eva como personagens reais e ao dilúvio como evento histórico. Mas Jesus jamais incentivou o uso da espada, pelo contrário, ficou conhecido pelos ensinamentos pacifistas que deram ao mundo pessoas como os primeiros mártires cristãos, Francisco de Assis e Madre Tereza de Calcutá, entre muitos outros.

Capozolli acaba cometendo o mesmo erro do anticriacionista-mor Richard Dawkins que, com seu ultradarwinismo e fanatismo ateísta faz corar os ateus mais moderados. Para Dawkins, a religião (todas elas) não presta porque em nome dela foram promovidas guerras e torturas. Afirmar isso seria tão errado quanto dizer que os darwinistas são nazistas pelo fato de Hitler ter flertado com a teoria de Darwin. Ou que os comunistas ateus são genocidas pelo fato de que os regimes comunistas ateus levaram à morte muito mais gente do que as Cruzadas e a Inquisição juntas. Como disse, generalizações são burras – e injustas.

Enquanto os criacionistas podem contar com bons argumentos provindos da biologia molecular, física, arqueologia, história, filosofia e muitas outras áreas (leia bons livros para comprovar, pois o espaço aqui não permite discorrer sobre isso), os astrólogos sustentam uma pseudociência desacreditada pelas descobertas da astronomia.

Assim, é possível dizer, contrariando o título do artigo de Capozolli, que há pastores e pastores. Mas há apenas astrólogos.

Michelson Borges, jornalista e mestre em teologia

terça-feira, agosto 16, 2011

Japoneses descobrem novo fóssil vivo

Uma fotografia distribuída nesta terça-feira pelo Museu de História Natural de Chiba, no Japão, mostra uma nova espécie de enguia encontrada em uma caverna submarina. A descoberta ocorreu ano passado em uma caverna a 35 m de profundidade próxima a uma olha de Palau, no Oceano Pacífico. A enguia foi chamada de “fóssil vivo” por ser extremamente similar às primeiras enguias que existiram 200 milhões de anos atrás [segundo a cronologia evolucionista]. Os biólogos que descobriram a nova espécie publicaram seus estudos no jornal britânico Proceedings of the Royal Society.

(Terra)

Nota: Quando estudam as formas de vida atuais, os cientistas percebem apenas algum tipo de diversificação de baixo nível (“microevolução”), como se deu no caso dos famosos tentilhões de Darwin. Volta e meia, são descobertos também “fósseis vivos”, ou seja, espécies praticamente idênticas a seus ancestrais de supostos milhões de anos (outro bom exemplo é o peixe celacanto). Quando isso acontece, os darwinistas desconversam dizendo que não houve “pressão evolutiva” suficiente para fazer com que o animal sofresse modificações mais acentuadas (macroevolução). Assim, o que resta aos pesquisadores evolucionistas é o subjetivo registro fóssil. A partir dos fósseis preservados nas rochas, esses cientistas podem “viajar” bastante em suas conjecturas e construir “árvores da vida” imaginárias. As testemunhas mortas não podem “falar”, mesmo![MB]

SQR: Criação x Evolução

Meu texto no OI: O jornalismo oculto

A revista Superinteressante do mês passado uniu na matéria de capa (mais uma vez) dois temas que vendem muito: vida de Jesus e mistério. Como já ocorreu em situações semelhantes nessa publicação, a matéria peca pela parcialidade das fontes: via de regra, a Super recorre a teólogos liberais e a arqueólogos agnósticos e/ou ateus. Na matéria “Os anos ocultos de Jesus”, a fonte principal é John Dominique Crossan, cofundador do controverso Jesus Seminar. Logo de cara, Crossan, com o tom polêmico de sempre, “informa” aos repórteres da Super que “os autores de Mateus e Lucas [!], que se basearam em Marcos, parecem ter ficado constrangidos com a baixa formação de Jesus. E deram um jeito de melhorar a coisa. Mateus (13:55) diz que o pai de Jesus é que era tekton [`pedreiro´, não necessariamente `carpinteiro´, segundo a matéria]. E Lucas omitiu todo o versículo”. Assim, somos “informados” categoricamente pela revista sobre o “fato” de Jesus ter sido pedreiro, e não carpinteiro, conforme a Bíblia. Bem, aí está o tom que perpassa a matéria. [Leia mais e deixe seu comentário lá.]

O sequestro

No último sábado (13), por volta das 22h30, após sair da igreja com meu marido, Júnior, fomos ao Hipermercado Extra, na Rótula do Abacaxi, aqui em Salvador, BA. Fizemos umas compras e fomos guardá-las em nosso veículo. Após guardá-las, entrei no carro e fiquei esperando-o fechar o porta-malas. No momento em que Junior entrou no veículo, percebi a presença de alguém se aproximado da gente; tentei avisá-lo, mas foi tarde. Um jovem, aparentando pouco mais de 20 anos, portando um revólver, mandou que meu marido passasse para o banco de trás. Por um instante, pensei que fosse algum conhecido brincando, pela forma calma de falar. Foi quando percebi que se tratava de um sequestro. Júnior olhou para mim e me pediu calma, enquanto o ladrão ligava o carro sem dar uma palavra. Antes de sair do Extra, ele olhou para a gente e perguntou:

- Vocês são evangélicos?

Ficamos surpresos, mas Júnior respondeu com convicção:

- Sim, somos!

Então o rapaz bateu as duas mãos no volante e fez outra pergunta:

- De que igreja vocês são?

Eu respondi:

- Somos adventistas do sétimo dia.

Então, para nossa surpresa, o ladrão afirmou:

- Não se preocupem, não vou fazer nada com vocês. Eu não assalto cristão; não sou maluco de fazer isso. Já fiz uma vez e me arrependo amargamente.

Logo em seguida, o jovem nos perguntou outra coisa:

- O carro de vocês tem seguro?

Eu, outra vez, tomei a palavra e respondi:

- Não. Inclusive somos recém-casados e ainda estamos nos estabilizando financeiramente.

Para nossa surpresa, mais uma vez, ele balançou a cabeça e disse:

- Mais um motivo para eu não fazer nada com vocês. Eu só roubo carro que tem seguro. Podem ficar tranquilos, vou dar uma volta com vocês e pegar outro carro, pois preciso voltar pra casa.

Tudo parecia um pesadelo, mas era realidade. Tiago – esse é o nome do rapaz – é ex-evangélico. Ele nos disse que “precisávamos passar por aquele momento”, e que nenhuma folha cai sem a permissão de Deus! Júnior e eu estávamos relativamente calmos, pois sabíamos que Deus estava no controle. No percurso, Júnior perguntou o que levara Tiago a pensar que nós éramos evangélicos e tivemos outra surpresa com a resposta dele:

- A aparência, só isso.

Continuamos a conversar. Na verdade, aproveitamos a oportunidade para testemunhar do amor de Deus e tentar tirar aquele jovem da vida torta em que ele se encontrava. Tudo durou, aproximadamente, 1h30. Mas parecia uma eternidade.

Apesar de ele não nos ter ameaçado, apontado a arma, ou sequer nos xingado, o medo pairava em meu coração. Em determinado momento, pedi para que eu pudesse chorar, pois estava angustiada, pelo simples fato de nunca ter passado por situação assim. Mais uma vez, Tiago nos surpreendeu. Olhou para mim e disse:

- Vocês podem fazer o que quiserem. Eu não vou fazer nada com vocês. Eu não quero nada de vocês. Eu nem tô fazendo nada. Rapaz, pra você ter certeza de que não vou fazer nada, segure minha arma.

Júnior tomou um susto e disse não precisar daquilo, pois confiava na palavra dele. Tiago recolheu o revolver e o guardou embaixo das pernas.

Calmamente, aquele jovem dirigia e conversava com a gente – como se fôssemos três amigos. Não ultrapassou nenhum sinal vermelho e também não acelerou o carro. Manteve a velocidade entre 60 e 70 km.

Tentamos convencê-lo a sair daquela vida e ele começou a falar o que havia se passado com ele (não vou relatar, pois foram várias situações que o levaram àquela vida). Mas, de uma coisa eu tinha certeza: ele tinha o temor de Deus! E nós estávamos com a Trindade e um batalhão de anjos dentro daquele carro.

Após “passearmos” na orla, Costa Azul e adjacências, ele disse que iria nos deixar no mesmo local em que tínhamos sido abordados. Como ele estava um pouco alcoolizado, acabou indo para o Hiper Bompreço do Iguatemi, quando eu disse:

- Mas você pegou a gente no Extra da Rótula do Abacaxi.

Mesmo percebendo que estava em outro local, ele entrou no Hiper Bompreço. Havia ali alguns seguranças armados e poucos carros. Então decidiu voltar ao Extra. Ao chegarmos lá, ficamos parados uns 30 minutos, durante os quais continuamos a conversar. Nesse momento, meu marido pediu para que nós orássemos juntos e ele aceitou. Inacreditavelmente, ele fechou os dois olhos. Demos as mãos e oramos. Era algo inacreditável! Parecia surreal! Mas foi verdade.

Como demoramos muito, ele percebeu uma movimentação “estranha” dos seguranças do Extra. Na verdade, acho que foi impressão dele, mas o fato é que ele ligou o carro e saiu do local em que havia estacionado. Deu uma volta e tentou assaltar outro carro, comigo e meu marido dentro do nosso veículo. Quando ele avistou algumas pessoas se dirigindo para um automóvel, disse-nos:

- Não, aqueles ali eu não posso. Tão com criança e eu não faço isso.

Era uma surpresa atrás da outra! Eu continuava custando a acreditar. Então ele foi conduzindo nosso carro para outro local e eu pedi para que ele estacionasse onde eu não pudesse vê-lo abordando outra pessoa. Ele atendeu meu pedido e estacionou num local em que eu não pudesse ver quase nada. Um casal saiu de um gol preto e entrou no supermercado. Tiago esperou que eles voltassem. Nesse meio tempo, meu marido ofereceu para ele a Bíblia do nosso casamento e um DVD do Departamento Jovem da igreja. Ele aceitou prontamente. Disse que sabia que aquela era a única saída para os problemas dele, mas que ele precisava roubar um carro para voltar para casa. Então, quando fui pegar o DVD, descobri que dentro da capa estava o CD de Ed Carlos, que havia vivido algo parecido com o que aquele jovem vivia. Então olhei para Tiago e disse:

- Tiago, acho que Deus tem, realmente, um propósito em sua vida. O CD que temos aqui é de uma pessoa que tinha a vida parecida com a sua. Mas, hoje, vive para o Senhor. Ele teve a vida transformada. Ainda há tempo pra você!

Nesse momento, o casal que tinha ido ao Extra voltava para o carro e, então, Tiago olhou para mim e para o Júnior e disse:

- Vou indo nessa. Orem para que eu saia desta vida!

Na tarde do dia seguinte, meu marido e eu fomos à delegacia para conversar com o delegado, mas ele não estava lá. Ao falar com o policial, ele nos entregou o boletim de ocorrência errado. Quando o lemos, percebemos que se tratava de algo parecido com o que havia acontecido conosco e tive curiosidade de ler mais. O boletim era o do casal que Tiago havia abordado depois de nós! Não sei como aquele documento veio parar em nossas mãos, mas, ao lê-lo, tive ainda mais certeza de que Deus estava no controle de tudo.

O motorista do gol, que declarou ser evangélico, disse que Tiago lhe havia perguntado se o carro tinha seguro. Ele respondeu que sim. Então, Tiago levou o carro, mas deixou o casal em um ponto de ônibus. Junto com o carro, Tiago levou também dois celulares e 35 reais, não sem antes devolver os chips dos aparelhos e entregar-lhes dinheiro suficiente para eles tomarem o ônibus para casa.

Tenho certeza de que existe esperança para aquele rapaz. Está tudo nas mãos de Deus!

É claro que fiquei traumatizada, porém, mais forte do que nunca. Deus livrou a mim e a meu marido do vale da sombra da morte. E nos fez testemunhas vivas do Seu amor, bondade e proteção.

(Monique Conceição dos Anjos, jornalista e assessora de imprensa)

segunda-feira, agosto 15, 2011

Entrevista para a Rede Brasil: Convicções religiosas

Em entrevista concedida à Rede Brasil Diário, o escritor e jornalista Michelson Borges dimensionou a atitude da jovem Wasthi Lauers de Castro, que desistiu de participar de um programa de reality show por causa da fé. De acordo com o escritor, em tempos como os de hoje, é raro ver pessoas lutando por aquilo que acreditam. (Veja a história de Wasthi aqui.)

1. Como você “enxergou” a atitude de Wasthi?

De uma tremenda coragem e senso de oportunidade. Declarar para milhões de telespectadores que abriu mão de uma grande oportunidade para se manter fiel à Palavra de Deus deve ter exigido da moça muita convicção e firmeza de caráter. Alguém poderia argumentar que ela foi um tanto imprudente ao aceitar participar de um programa que muito provavelmente colocaria à prova suas convicções de guardadora do sábado. Pode ser. Mas o que importa mesmo é que, no momento em que se viu sob pressão, Wasthi foi fiel e pôde testemunhar de sua crença, o que deixou admirada até mesmo a apresentadora do programa. Certamente, muitas pessoas devem ter pensado no exemplo dessa jovem que decidiu não violar sua consciência e sua fidelidade para com Deus – diga-se de passagem, algo muito raro nestes tempos de relativismo e corrupção moral.

2. Em sua opinião, o que leva uma pessoa a desistir de uma oportunidade como Wasthi teve? O que acontece na cabeça de uma pessoa com convicções tão fortes?

Uma íntima relação com o Criador, sólidos princípios morais e muita convicção de que a Bíblia, de fato, é a Palavra de Deus. É relativamente fácil obedecer a mandamentos que dizem: “Não matarás”, “Não furtarás”, etc., pois, se os transgredirmos, poderemos acabar na prisão. Há aí uma relação de causa e efeito negativa que inibe muita gente. Mas o que acontece com quem transgride o mandamento bíblico do sábado? Absolutamente nada, do ponto de vista humano. Quem guarda o sábado o faz pura e simplesmente porque reconhece que esse é um mandamento divino como os demais nove. Obedece porque está escrito e porque ama quem escreveu, e não porque poderá sofrer consequências, caso desobedeça.

3. Vale a pena desistir de sonhos e oportunidades (como Wasthi fez) por causa de uma religião?

Vale a pena desistir de sonhos quando temos um sonho maior do que todos os outros. Wasthi, os cristãos bíblicos em geral e os adventistas em particular têm um grande sonho: estar prontos para se encontrar com Jesus, quando Ele voltar. Todo e qualquer sonho ou plano para esta vida fica apequenado diante dessa grande esperança. Tudo o mais fica relegado a planos inferiores em perspectiva desse grande evento. Além disso, quando se tem a consciência afinada e sensível, uma das piores coisas é viver com o pensamento de se ter transgredido princípios que servem para nos proteger e que caracterizam nossa fidelidade ao Criador. Wasthi não desistiu de uma oportunidade simplesmente por causa de uma religião. Ela abriu mão daquilo por causa de seu amor a Deus. Muitos cristãos, ontem e hoje, têm tomado decisões semelhantes todos os dias.

4. O que os adventistas ganham com a guarda do sábado? Quais os benefícios disso?

Em Gênesis capítulo 2, vemos que Deus distingue o sétimo dia dos demais dias da semana: Ele descansa nesse dia (dando-nos o exemplo), abençoa-o e o santifica (separa-o). Deus fez isso e ninguém pode revogar esse feito. Portanto, os guardadores do sábado creem que o sétimo dia contém uma bênção que os demais dias não têm. Além de ser o memorial da Criação, conforme nos lembra o mandamento de Êxodo 20:8-11, o sábado é um dia especial de adoração a Deus e de tempo para convivência com a natureza e com a família. Se corretamente guardado (leia Isaías 58:13, 14), o sábado passa ser a solução para relacionamentos deteriorados (com Deus e com o semelhante) e um poderoso “antídoto” para o estresse. Assim, a devida observância do sábado, longe de ser um fardo, como pensam alguns, é uma bênção que confere saúde física, mental e espiritual. No que concerne à comunhão com Deus, há quem diga que, durante a semana, o cristão anda de mãos dadas com Jesus; no sábado, senta-se aos pés dEle para ouvi-Lo despreocupadamente (Salmo 46:10).

5. Em sua opinião, qual deveria ser a atitude de empregadores ao se depararem com homens e mulheres que têm em sua fé o sábado?

Se eu fosse proprietário de uma empresa, por exemplo, e me deparasse com um candidato adventista, levaria em conta a fidelidade dessa pessoa. Se alguém é tão fiel e íntegro a ponto de, por seu Deus, abrir mão de um emprego, de uma promoção, de um concurso, certamente essa pessoa é do tipo confiável, que se dedicará de maneira fiel também à empresa e aos empregadores. O respeito às crenças alheias e à liberdade religiosa igualmente revela nobreza de caráter. Assim, penso que as empresas, as escolas e os legisladores deveriam levar isso em conta e impedir que sejam prejudicados os observadores do sábado, em sua manifestação de fé pacífica e ordeira.

Cresce número de evangélicos sem vínculo com igrejas

O número de evangélicos que não mantém vínculo com nenhuma igreja cresceu, informa reportagem de Antônio Gois e Hélio Schwartsman, publicada na Folha desta segunda-feira. Segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares, do IBGE, eles passaram de 4% do total de evangélicos em 2003 para 14% em 2009, um salto de quatro milhões de pessoas. Os dados do IBGE também confirmam tendências registradas na década passada, como a queda da proporção de católicos e protestantes históricos e a alta dos sem religião e neopentecostais. No caso dos sem religião, eles foram de 5,1% da população para 6,7%. Embora a categoria seja em geral identificada com ateus e agnósticos, pode incluir quem migra de uma fé para outra ou criou seu próprio “blend” de crenças - o que reforça a tese da desinstitucionalização.

(Folha.com)

Nota: Embora seja inegável o fato de que as pessoas tendem naturalmente à crença, essa pesquisa mostra quão decepcionados os crentes estão ficando com as religiões institucionalizadas. Infelizmente, os desmandos administrativos e a manipulação da fé alheia têm feito estragos nas fileiras evangélicas. Lobos vestidos de ovelhas se refestelam com o dízimo devolvido suadamente por pessoas bem (ou mal) intencionadas. Líderes que deveriam ser servidores – como foi Jesus –, sentem-se como donos do rebanho. Às vezes, o maior argumento contra o cristianismo são os próprios cristãos. Que essa pesquisa sirva de alerta, pois o verdadeiro Pastor está para voltar e pedirá contas daqueles que deveriam conduzir Suas ovelhas com amor e responsabilidade.[MB]

Lady Gaga recebeu espírito para compor “Born This Way”

Lady Gaga diz que “Born This Way”, seu hit mais recente, foi composta pelo estilista britânico Alexander McQueen. Segundo a cantora, ele teria entrado em seu corpo para escrever a canção. McQueen cometeu suicídio em 11 de fevereiro de 2010, antes de a música ter sido feita. Quando a gravadora de Gaga decidiu lançar o single “Born This Way” exatamente um ano após a morte do estilista, a cantora diz que passou a acreditar de vez que a música havia sido composta por ele. Gaga, que era amiga de McQueen, falou em entrevista à revista Bazaar que o estilista “planejou tudo. Logo depois que ele morreu, escrevi ‘Born This Way’. Acho que ele estava no céu [sic] com algumas cordas nas mãos, planejando toda essa coisa. Foi ele!”

“Born This Way” faz parte do novo disco de mesmo nome que será lançado no dia 23 de maio nos Estados Unidos. A canção já ganhou uma versão country e foi interpretada por uma garota canadense de 10 anos, que mais tarde fez um dueto com Gaga ao vivo.

(UOL)

Nota: “Espíritos” de mortos são, na verdade, anjos caídos (demônios) que se fazem passar por entes falecidos, sempre com o propósito de levar as pessoas a acreditar na mentira original: “Certamente não morrereis” (Gn 3:14). Mas Gaga está certa, assim como Raul Seixas também estava: o diabo é o pai do rock – e de outros estilos musicais, por certo.[MB]

Leia também: "O que é a morte"

Carne vermelha aumenta risco de diabetes

Comer carne vermelha aumenta significantemente o risco de diabetes tipo 2, alertou um estudo feito pela Escola de Saúde Pública de Harvard, nos Estados Unidos. No entanto, a chance diminui se a carne vermelha for substituída por frutas secas, carnes brancas, lácteos pobres em gordura ou proteínas de grão inteiro. A possibilidade de desenvolver diabetes tipo 2 aumenta 51% se forem consumidas 50 gramas de carne vermelha processada por dia, e 19% se forem ingeridas 100 gramas diárias de carne vermelha in natura, de acordo com a pesquisa publicada na American Journal of Clinical Nutrition na última quarta-feira,10. “Claramente, os resultados desse estudo têm implicações na saúde pública, em vista da epidemia crescente de diabetes tipo 2 e do consumo de carnes vermelhas em todo o mundo”, disse o principal autor do estudo, Frank Hu.

A pesquisa consistiu em analisar questionários que profissionais da saúde submeteram a mais de 200 mil pessoas nos Estados Unidos. As pessoas estudadas foram acompanhadas entre as idades de 14 e 28.

A diabetes tipo 2 é uma doença crônica que afeta 350 milhões de adultos em todo o mundo. Nos Estados Unidos, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças estimam que mais de 10% dos adultos maiores de 20 anos sofram com a doença – um total de 25,6 milhões.

(Opinião e Notícia)

Leia também: "A Bíblia e a saúde"

Jornalista adventista dá testemunho em programa de TV

O jornalista Felipe Lemos publicou a seguinte nota no blog dele: "A fim de não transgredir o mandamento de Deus em um programa da TV Record, Wasthí Lauers de Castro pediu para sair de um reality show comandado por Ana Hickmann, porque havia provas que seriam realizadas no sábado e outras atividades que não condizem com o tipo de vida que procuram levar os guardadores do sábado. A adventista resolveu ser fiel ao princípio de Êxodo 20:8-11 e de várias outras partes da Bíblia. Só um comentário: não sou favorável a programas de reality show e não participaria de um programa como esse, mas o testemunho da jovem é inegável. Prevaleceram os princípios imutáveis da Palavra de Deus bem colocados e defendidos por ela."

domingo, agosto 14, 2011

A. N. Wilson voltou para Cristo em 2009

Há duas décadas, A. N. Wilson escreveu uma biografia de C. S. Lewis aclamada pela crítica. Este e alguns outros dos seus escritos levaram alguns cristãos a esperar que Wilson pudesse se tornar no que Alan Jacobs uma vez chamou “a figura por quem tantos têm estado à espera há muito tempo, o próximo C. S. Lewis.” Portanto, foi uma surpresa e desilusão quando Wilson repudiou publicamente sua fé cristã uns anos mais tarde e se tornou num escarnecedor do cristianismo. Todavia, [em 2009], no jornal Daily Mail do Reino Unido, Wilson [incitou] os cristãos a não se deixarem intimidar por críticos “escarnecedores” e “cheios de presunção” como Richard Dawkins. A. N. Wilson, como se vê, voltou à fé. Por quê? Em grande medida devido à evidência mais forte favorável à verdade do Evangelho, ou seja, o seu impacto sobre a vida das pessoas.

Wilson escreveu que no seu “vigor juvenil” ele “começou a se interrogar sobre quanto da história da Páscoa [ele] aceitava”. Pelos seus 30 anos, ele perdeu toda a crença espiritual. Por quê? Ele atribui [essa decisão ao fato de] ter crescido numa cultura que estava cada vez mais e “preponderantemente secular e antirreligiosa”. Para sua “vergonha”, diz ele, acompanhou a onda cultural. Ele achava que a fé cristã era “enfadonha” e “nada atraente”.

Wilson não parou no que ele chama de essa “atitude infantil”: ele “começou a encarrilar contra o cristianismo” e escreveu um livro que descrevia Jesus como um “profeta messiânico que tinha... verdadeiramente falhado, e morrido”.

Todavia, [em 2009], Wilson informou que “ouviu o Evangelho ser cantado” [era Páscoa] e pôde concordar com ele “com simplicidade completa”. Em algum momento, nos passados cinco anos, ele passou de escritor de um livro sobre um profeta messiânico falho a crente que Jesus ressuscitou dos mortos.

Uma vez mais a questão é: “Por quê?” Parte da razão foi que o ateísmo e os ateus, nas suas palavras, “falharam em algumas experiências muito básicas da vida”. Ele [afirmou que, ao] escutar Bach ou o ler as obras de autores cristãos, [tomou] consciência de que sua “percepção da vida era mais profunda, mais sábia, mais completa do que a [dele]”. Ver o mundo através dos olhos da fé “é muito mais interessante”, disse ele.

Depois havia a baixa-estima em que o darwinismo mantém o homem. As pessoas que insistem que somos “simplesmente macacos antropoides” não conseguem prestar contas de algo tão básico como a língua. A “existência da língua”, amor e música, para nomear apenas algumas de muitas coisas, convenceram Wilson de que somos “seres espirituais”. Para Wilson, elas provam que “a religião da encarnação, ao declarar que Deus criou a humanidade à Sua imagem, e ao continuar a restaurar a humanidade à Sua imagem, é simplesmente verdade”.

Depois há o que ele considera o “argumento mesmo mais forte”: “A forma como a fé Cristã transforma vidas individualmente.” Desde “a serenidade de Bonhoeffer antes de ser executado” à pessoa ao seu lado na igreja, os cristãos dão testemunho da verdade do cristianismo e de que como um “projeto funcional para a vida” e “padrão com que se mede a experiência, satisfaz”. [...]

O ex-ateu convertido A. N. Wilson é escritor inglês, professor de Literatura no New St Hugh’s College e na Universidade de Oxford, e também jornalista e editor. Escreveu sobre Tolstoy, C. S. Lewis, Hilaire Belloc e Jesus Cristo. [...] “Minha crença surgiu devido a pessoas que eu conheci, não de famosos, ou de santos, mas de amigos e familiares, que viveram e enfrentaram a morte, à luz da ressureição, na calma aceitação de que há um futuro após a morte”, [disse ele].

(IQC)

Nota: A. N. Wilson foi um dos maiores críticos de C. S. Lewis e preparou o terreno para Dawkins, Hitchens e outros. Ele abandonou o ateísmo em 2009 e voltou para Cristo. Foi entrevistado pelo Times e New York Times sobre o assunto. Procure “A. N. Wilson conversion”, no Google.

Leia também: "O retorno a Deus do ateu Heinrich Heine", "Antony Flew e Deus" e "A impressionante história de Charlie Coulson"

Palestra: Nos bastidores da mídia







sexta-feira, agosto 12, 2011

Daniel 10 - O making of da História

Depois de assistir a um bom filme, eu me obrigo a ver o making of. Desconfio que não seja o único a me interessar por isso, tal a qualidade dos making ofs em filmes recentes. O que me leva a assistir ao making of é o desejo de entender melhor o porquê de algumas opções estéticas do diretor, a maneira como o elenco e a equipe técnica interagiram, os desafios na realização do projeto e os “truques” de filmagem. Atualmente, além dos making ofs, muitos DVDs trazem a opção de se assistir ao filme com os comentários do diretor e/ou roteirista. Sabe de uma coisa? Quantas vezes na vida você e eu não gostaríamos de contar com um menu que disponibilizasse os “comentários do diretor”, ao mesmo tempo em que as coisas acontecem. Somente dessa forma poderíamos entender os motivos para a entrevista de emprego cair no sábado. Saberíamos há mais tempo que estávamos sendo traídos pela pessoa amada. Veríamos a mágoa que nossas palavras impensadas trouxeram a pessoas queridas...

Não pense que no fim da vida será possível fazer um retrospecto. Muitas vezes faltará uma perspectiva adequada. Pessoas que não tiveram discernimento ao longo da vida raramente poderão se autoavaliar próximo ao fim dela. Em outras ocasiões, não sobrará tempo hábil. E mesmo no caso de discernimento se conjugar com oportunidade, ainda assim a pessoa se defrontará com outra barreira: o desconhecido. Ninguém sabe dizer o que estava nos bastidores de cada ato de sua vida.

Se as considerações anteriores são válidas para o plano pessoal, também o são para a história humana como um todo. Como avaliar o amontoado de eventos de povos e indivíduos, imiscuídos em conquistas sanguinárias, motins, revoluções, manifestações do povo comum, avanços tecnológicos e relações diplomáticas? Os historiadores profissionais não se atêm a uma única alternativa quando se trata de encarar os fatos. Mas poucos se arriscam a delimitar um fluxo da História, capaz de explicar razoavelmente o passado, compreender o presente e prover a chave para o entendimento do futuro.

Entretanto, posso assegurar a você que, se fosse possível olharmos para o segredo da “máquina do mundo” (como no poema de Drummond), veríamos o Deus de amor, como o grande diretor da vida de indivíduos e da própria História. Esse quadro é o que Daniel nos oferece no capítulo 10 de seu livro.

Daniel descreve uma visão ocorrida na época de Ciro, que se caracterizava como uma “guerra prolongada” (Dn 10:1). Em virtude do quadro profético, Daniel enfermou por três semanas (v. 2), período no qual mal conseguia se alimentar (v. 3), o que também parece ter se devido à atitude dele de se humilhar para entender melhor o assunto (v. 12).

Após esse início assustador, o profeta foi confortado por um ser celestial que, à semelhança do que vimos no capítulo 9, afirmou que Deus o enviou por consideração ao profeta, o qual é considerado “homem muito amado” (Dn 9:22-23; 10:11,18, 19). Apesar de tamanhas manifestações sobrenaturais e da grandiosidade da mensagem, apenas Daniel recebeu a visão – seus acompanhantes nada viram (Dn 10:7).

O anjo que fala com Daniel (v. 11-21) revela que a visão trata de um combate entre ele e o “Príncipe da Pérsia” (v. 13, 20), e outro combate vindouro, dessa vez, contra o “Príncipe da Grécia” (v. 20). Seria irrazoável crer que tais príncipes citados se referem a meros seres humanos, porque assim teríamos que admitir um combate entre eles e um anjo de Deus! O contexto dá a entender que seriam entidades espirituais em luta, tentando influenciar nações e governos, quer para o bem, quer para o mal. De fato, “a nossa luta não é contra seres humanos, mas contra os poderes e autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra as forças espirituais do mal nas regiões celestes” (Ef 6:12, NVI).

A boa notícia em face disso é que há um Deus participativo, e Ele Se envolve em todas as esferas nas quais enfrentamos conflitos. O anjo reconheceu que Miguel (outro nome para Jesus) o assistia (Dn 10:13). Mas o que mais me fascina nesse texto é que o mesmo Miguel Se identifica conosco, a ponto de ser intitulado “o príncipe de vocês”, isto é, de toda a raça humana. Se os Céus se abrissem, veríamos um Deus todo-amoroso nos acompanhando atentamente em nossa jornada de lágrimas, decepções e apertos no peito. A mão dEle Se estende para amparar carinhosamente os que sofrem por amor à cruz ou que enfrentam a pressão do grupo, por teimarem em agir de acordo com a Bíblia, contrariando assim o padrão comportamental desta época. E o fato de Deus estar lá (e aqui!) é motivo suficiente para crermos que há um sentido para a vida.

(Douglas Reis é pastor e capelão em Santa Catarina)

Pense e discuta:

1. Mencione uma situação negativa ou traumática pela qual você passou sem conseguir entender o propósito de Deus. Como Daniel 10 o ajuda a aceitar as coisas que não entendemos?
2. Percebendo que Satanás e seus anjos tentam dominar os líderes das nações, estamos intercedendo por nossos governantes? De que forma poderíamos fazer isso de maneira organizada?
3. Como saber que Deus conduz a História o conforta?

Quem é o Arcanjo Miguel

Êxodo 23:20, 23 – O Anjo de Israel
Atos 7:38 e versos anteriores – O Anjo de Israel é Jesus
1 Coríntios 10:4 – Quem os seguia (a Pedra) era Cristo (cf. Êxodo 14:19)
Judas 9 – O Arcanjo Miguel (hebraico = “Quem é como Deus”)
Josué 5:13-15 – O Príncipe do exército do Senhor (“Descalça as sandálias...”)
Êxodo 3:5, 6, 2 – O “Anjo do Senhor” é o “Eu Sou”
Gênesis 22:11, 12 – Anjo do Senhor
Juízes 6:11, 14, 16 – O Anjo do Senhor aparece a Gideão
Malaquias 3:1 e Tiago 2:25 – Anjo = mensageiro
João 17:3 – Jesus, o supremo Mensageiro
Isaías 63:9 – O “Anjo da Sua presença”
Gênesis 48:16 – O Anjo que redime
1 Tessalonicenses 4:16 – A voz do Arcanjo ressuscita os mortos
João 5:28, 29 – A voz do Filho de Deus chama os mortos à vida
Daniel 12:1-4 – Quando Miguel Se erguer, no tempo do fim, ocorrerá a ressurreição

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