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O estudo foi divulgado na publicação científica PLoS Computational Biology.
Segundo a pesquisa, em resposta à amamentação, neurônios especializados no cérebro da mãe começam a liberar o hormônio. Entretanto, a oxitocina é liberada de uma parte do neurônio chamada dendritos que, geralmente, recebe ao invés de transmitir informações.
Com o uso de um modelo matemático, os pesquisadores descobriram que essa liberação, a partir dos dendritos, permite um grande aumento na comunicação entre neurônios, coordenando um "enxame" de fábricas de oxitocina, o que produz explosões intensas dos hormônios.
Esse é um exemplo de um "processo emergente" - uma ação coordenada que se desenvolve sem uma liderança, em um processo parecido com um enxame de insetos. "Sabíamos que estes pulsos aumentam, pois, durante a amamentação, os neurônios que disparam a oxitocina fazem isso juntos, em explosões sincronizadas", afirmou o líder do estudo, professor Jianfeng Feng. "Mas descobrir exatamente como essas explosões eram desencadeadas era um grande problema sem explicação."
"O modelo nos dá a possível explicação de um evento importante no cérebro que pode ser usado para estudar e explicar muitas outras atividades cerebrais parecidas", acrescentou.
(BBC Brasil)
Nota: Quanto mais se aprofundam as pesquisas, mais se descobrem mecanismos complexos que regem a maravilhosa máquina humana. Além da relação que se estabelece entre mãe e filho, a perfeita adequação do leite materno às necessidades do bebê também impressiona.[MB]