Em My Father, Bertrand Russell, sua filha, Katharine Tait, escreve que ele não entrava em nenhuma discussão séria sobre a existência de Deus: “Eu não podia nem mesmo falar com ele sobre religião.” O desgosto de Russell por esse assunto era, aparentemente, causado pelo tipo de crentes religiosos que ele conhecera. “Gostaria de ter podido convencer meu pai de que eu encontrara o que ele estivera procurando, aquele algo inefável pelo qual, por toda a vida, ele nunca deixou de ansiar. Eu gostaria de ter podido persuadi-lo de que a busca por Deus não precisa ser em vão. Mas era impossível. Ele conhecera um número grande demais de cristãos cegos, sombrios moralistas que tiravam a alegria da vida e perseguiam seus opositores. Nunca seria capaz de ver a verdade que eles escondiam.”
(Antony Flew, Um Ateu Garante: Deus Existe, p. 18)