Uma
psicóloga foi estuprada na noite desta quarta-feira após ser obrigada a parar
na marginal Tietê por uma pane em seu veículo. Segundo informações da rádio
CBN, a mulher estacionou na região da ponte estaiada Orestes Quércia, no Bom
Retiro, quando foi abordada por um falso mecânico, que ofereceu ajuda para
consertar o carro. Segundo a polícia, o homem convenceu a psicóloga a
acompanhá-lo até uma viela, onde ele iria buscar uma ferramenta. Chegando lá,
ele a estuprou e fugiu logo em seguida. A vítima conseguiu pedir ajuda a uma
viatura da Guarda Civil Metropolitana após o crime. A mulher foi
encaminhada para exames médicos e o caso registrado no 2º DP, no Bom Retiro.
(Terra)
Nota:
Como vociferava o cantor Renato Russo, nos idos anos 1980: “Que país é este?”
Já publiquei aqui um texto sobre a era da violência sem causa,
e parece ser exatamente isso o que estamos presenciando dia após dia neste país
e no mundo. Que segurança têm as pessoas, quando sabem que, ao pedir ajuda, poderão
ser assaltadas, enganadas ou estupradas em plena região metropolitana? E esse é
apenas um dos casos que acabaram vindo a público porque houve denúncia. Quantos
outros ficam em segredo, pela vergonha da vítima que tem que carregar a dor da
violação ou pela consciência da impunidade dos inúmeros marginais que fazem e
acontecem e sabem que dificilmente nada acontece – com eles. Crianças de colo são estupradas. Pedintes são
hostilizados como se fossem cachorros sarnentos. Pessoas passam fome, quando o
problema não é exatamente a falta de comida, mas a má distribuição dos
recursos, das riquezas. Inocentes são destroçados por fanático que amam mais
sua causa do que a vida humana. A violência e a injustiça correm soltas. E as
perguntas que emergem da garganta em agonia, num misto de indignação e
impotência, são: Até quando? Que mundo é este? É o mundo vendido ao pecado; um
mundo que nunca fez parte dos planos do Criador e, por isso mesmo, está com
seus dias contados. Já tivemos tempo suficiente para saber e sentir que as
pretensões do inimigo de Deus não levam a nada, ou, pior, levaram a isto que
estamos vendo. Que venha logo o fim que será o começo da vida sem lágrimas nem
dor (Ap 20).[MB]