Criacionistas defendem laicidade |
A Sociedade Brasileira para o
Progresso da Ciência (SBPC) enviou aos deputados federais uma carta solicitando
que o Projeto de Lei 8099/2014, do deputado Marco Feliciano (PSC/SP), que
propõe a inserção de conteúdos sobre criacionismo na grade curricular das Redes
Pública e Privada de Ensino, e seu apensado ao PL 309/2011, de autoria do mesmo
deputado, que “altera o Art. 33 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996,
para dispor sobre a obrigatoriedade do ensino religioso nas redes públicas de
ensino do país”, sejam rejeitados e arquivados. Segundo a SBPC, isso é
necessário para se manter o princípio da laicidade e liberdade de crença
garantidos pela Constituição federal, bem como o não comprometimento do ensino
das Ciências aos alunos.
Veja a carta na íntegra aqui.
Nota: Como já expus o que penso a respeito dessa proposta do deputado
Feliciano, aqui e aqui,
deixo meu amigo Tarcísio Vieira (biólogo e doutorando em química) comentar o assunto: “Será que
se algum simpatizante do DI escrevesse uma ‘carta à SBPC’, na qual viesse a
comentar sobre os ‘problemas químicos’ de se utilizar o conhecido Experimento
de Miller como ponto de partida para se apresentar, em sala de aula, a ideia de
uma suposta origem espontânea para a vida, esse alguém também teria sua carta
publicada? No entanto, é, no mínimo, curioso ver como a SBPC apela para a Constituição no tocante à primeira matéria, mas certamente virá a violar a mesma Constituição ao negar a liberdade de expressão, e também os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), ao apoiar o ensino dogmático e sem exposição das limitações inerentes à suposta origem espontânea dos seres vivos.”