Dan
Brown, o guru e profeta dos leitores que gostam de entretenimento sem
fundamento volta à carga com uma nova produção literária já mirando o lucrativo
mercado cinematográfico e com frases de efeito calculadas para fazer o deleite
de editores que precisam mais do que nunca vender jornais e revistas. Para
chamar atenção e “causar”, nada como dizer que Deus vai desaparecer ou que a
religião será superada. E funcionou. A matéria viralizou e rodou o mundo,
ajudando e muito a divulgar a nova obra cujo título é Origem. O famoso autor do best-seller
O Código Da Vinci já havia se valido de mentiras históricas para produzir romances e encher os bolsos. Agora ele traz à
luz um novo livro tendo como base outra mentira: o evolucionismo naturalista.
Segundo Brown, a humanidade
não precisa mais de Deus, mas pode desenvolver
uma nova forma de consciência coletiva, com a ajuda da inteligência artificial,
que poderia cumprir a função da religião. “Será que somos ingênuos hoje por acreditar
que o Deus do presente sobreviverá e estará aqui em cem anos?”, indagou o
escritor na coletiva de imprensa em Frankfurt.
Brown disse ter feito profunda pesquisa e passado muito tempo conversando com... futuristas (!) para criar a trama de Origem. Para escrever O Código Da Vinci, ele se valeu de manuscritos questionáveis e de uma história totalmente especulativa sobre uma suposta relação afetiva entre Jesus e Maria Madalena. A fórmula funcionou e ele a vem aplicando ao longo dos anos.
Ele disse mais na coletiva: “Nossa necessidade de um deus exterior, sentado nos julgando, vai diminuir e eventualmente desaparecer”, e ele aposta em “alguma forma de consciência global que perceberemos e se tornará nosso divino”. Se ele prefere acreditar nas especulações de seus amigos futuristas, tudo bem. De minha parte, prefiro dar ouvidos aos profetas inspirados por Deus. Brown tenta destruir uma das ideias centrais da Bíblia, ou seja, a de um juízo universal – por causa do qual Jesus morreu e por causa do qual os salvos serão redimidos para sempre. Dizer que Deus Se tornará desnecessário é como se um celular dissesse: não preciso mais me conectar à tomada para recarregar a bateria. Posso existir e funcionar por mim mesmo. E confiar na consciência humana, individual ou global, é a coisa mais arriscada do mundo. Ao longo dos últimos milênios a consciência humana desassistida já provou do que é capaz...
Brown disse ter feito profunda pesquisa e passado muito tempo conversando com... futuristas (!) para criar a trama de Origem. Para escrever O Código Da Vinci, ele se valeu de manuscritos questionáveis e de uma história totalmente especulativa sobre uma suposta relação afetiva entre Jesus e Maria Madalena. A fórmula funcionou e ele a vem aplicando ao longo dos anos.
Ele disse mais na coletiva: “Nossa necessidade de um deus exterior, sentado nos julgando, vai diminuir e eventualmente desaparecer”, e ele aposta em “alguma forma de consciência global que perceberemos e se tornará nosso divino”. Se ele prefere acreditar nas especulações de seus amigos futuristas, tudo bem. De minha parte, prefiro dar ouvidos aos profetas inspirados por Deus. Brown tenta destruir uma das ideias centrais da Bíblia, ou seja, a de um juízo universal – por causa do qual Jesus morreu e por causa do qual os salvos serão redimidos para sempre. Dizer que Deus Se tornará desnecessário é como se um celular dissesse: não preciso mais me conectar à tomada para recarregar a bateria. Posso existir e funcionar por mim mesmo. E confiar na consciência humana, individual ou global, é a coisa mais arriscada do mundo. Ao longo dos últimos milênios a consciência humana desassistida já provou do que é capaz...
Quanto às afirmações brownianas de que a ciência vai superar
a religião, também prefiro a opinião de alguém muito mais respeitado e digno de
consideração: Louis Pasteur. O grande cientista disse certa vez: “Um pouco de
ciência nos afasta de Deus. Muito, nos aproxima.” Como Deus é o autor tanto da
Bíblia quanto da verdadeira ciência, quando corretamente compreendidas ambas
estão em perfeita conformidade. A má compreensão tanto de uma quanto de outra
(ou das duas) é que leva a contradições e mal-entendidos – e também ajuda a dar
origem a livros desnecessários que prestam desserviço à humanidade.
Quase
que numa paráfrase a Pasteur, o cientista da computação Marco Dourado escreveu:
“Semianalfabetismo nos faz apreciar Dan Brown. Pleno amor à literatura nos faz
dependentes das Escrituras.”
Marco disse
mais: “Esse aí é uma espécie de Paulo Coelho como a criadora do Harry Potter.
Segue uma fórmula pré-testada, ao gosto dos mecenas globalistas e em sintonia
com os produtores de Hollywood. E agora, para não deixar a peteca cair e ainda
promover o próximo filme, chama a imprensa e pendura uma melancia no pescoço. O
que vai lhe acontecer? Vai continuar forrando a conta bancária até saturar seu
filão e ter de abrir espaço para o próximo oportunista do turno, com outro tema
diferente, um pouco mais picante e polêmico – e por aí vai, condicionando o
rebanho e conduzindo-o ao grand finale.”
O pastor Gilberto Theiss lamenta: “O mais
trágico é imaginar que o sucesso das ficções de Brown ganham e ganharão espaço
mesmo entre cristãos – obviamente secularizados. Depois indagam sobre os
motivos de termos uma sociedade tão vazia, desprovida de informação coerente e
sem muita utilidade cognitiva. E ainda haverá aqueles que tentarão transformar
o reles de Brown em verdade. Como sempre, a literatura realmente útil encherá
de pó nas prateleiras enquanto o lixo literário será vendido aos milhões ao redor
do mundo.”
Infelizmente, obras como a de Brown, com a
profundidade de um pires e a grande ajuda de um marketing agressivo, se espalham rapidamente e fazem grandes
estragos em mentes desprovidas de conteúdo sólido que as ajudariam a separar o
joio do trigo.
Michelson
Borges