A revista Nature Ecology & Evolution publicou
nessa segunda (17) um artigo polêmico que foi noticiado em vários meios de
comunicação. Essa repercussão midiática se deveu ao fato de a pesquisa levantar
a hipótese de um novo visual para os pterossauros. Um grupo de pesquisadores
encontrou no nordeste da China dois exemplares de fósseis de pterossauros, excepcionalmente bem preservados. O que causou grande
surpresa é que os cientistas acreditam que esses répteis podem ter penas,
assumindo uma aparência como de um “morcego com asas felpudas”, bem diferente
da imagem que conhecemos.
Sobre as “supostas” penas, “os pesquisadores
verificaram nos pterossauros quatro tipos diferentes de cobertura, incluindo pele
peluda na maior parte do corpo e, em partes da cabeça e asas, três tipos
de fibras, semelhantes às penas”. O pesquisador Zixiao Yang, da Universidade de Nanjing,
relatou à revista: “Exploramos cada parte dos exemplares usando potentes
microscópios e descobrimos quatro tipos de penas.”
No mesmo artigo, o professor Mike Benton, que também participou
desse trabalho na China, se refere às fibras como algo relacionado a pêlos: “Essas
estruturas no pterossauro fazem com que pareça um morcego frugívoro, ou algo
parecido, uma criatura ‘cabeluda ou peluda’.” Nesse ponto cabe questionar a
estrutura das fibras encontradas. Afinal, são pêlos ou penas? Os pesquisadores
atribuem aspectos morfológicos diferentes para uma mesma estrutura, mas pêlos e
penas possuem “arquiteturas” bem distintas.
O paleontologista do Instituto de
Paleontologia de Vertebrados e Paleontologia da Academia Chinesa de Ciências Jimgmai
O’Connor disse que interpretar penas e estruturas “semelhantes a penas”,
encontradas em fósseis, não é tarefa fácil. “Não sei se as morfologias
descritas para as picnofibras dessa espécie são válidas”, afirmou. Para o biólogo
evolutivo Matthew Shawkey, da Universidade de Ghent, na Bélgica, “os dados
encontrados não são provas conclusivas”, apesar de algumas imagens darem a
impressão de serem filamentos ramificados. Ele ainda ressalta que na natureza
existem variadas formas de ramificação, como os galhos de arvores, por exemplo,
e que “tal fator não implica estarmos diante de penas”. Já a paleontologista da
Universidade do Texas, Julia Clark, sugere outra nomenclatura para as
estruturas em questão: “filamentos ramificados ou estruturas tegumentárias ramificadas”.
Além da evidente divergência de opiniões
sobre o assunto no próprio meio evolucionista, outro fator nos faz refletir
sobre as incoerências dos processos evolutivos: a inconsistência da ancestralidade comum proposta por essa teoria, uma vez que esse “parentesco”
dos indivíduos é questionada a cada nova descoberta: “Surpreendentemente, a
descoberta sugere que as penas evoluíram não em pássaros, nem em dinossauros,
mas em tempos mais distantes.”
Ainda é válido
ressaltar outro detalhe mencionado no artigo em questão. Os cientistas relataram ter encontrado tecido mole nos fósseis. Esse “achado”
corrobora os estudos do pesquisador criacionista Mark Armitage, que encontrou
tecidos moles “ao examinar o chifre de tricerátops, através de um potente
microscópio na Universidade Estadual da Califórnia (UEC). Essa descoberta causa
espanto no meio científico por ser um indicativo de que os dinossauros não
foram extintos há 60 milhões de anos, mas, sim, que viveram na Terra há
milhares de anos, o que é notoriamente um problema para a escala de tempo
geológica padrão evolucionista.
Nota: Na
leitura do artigo relacionado percebe-se que ainda existe muita “suposição” e
pouca afirmação sobre o assunto. De acordo com as imagens e descrições
registradas, e considerando o divergente posicionamento dos pesquisadores
supracitados, os filamentos encontrados não podem ser considerados penas por
falta de provas. Além disso, é importante verificar que os evolucionistas ainda
não encontraram uma criatura com um sistema intermediário. As estruturas descobertas
já se mostram finalizadas, sem qualquer traço de sistemas inacabados ou em fase
de transição. Existe um grande abismo entre as fibras que vêm sendo encontradas
e as penas das aves. A explicação para isso ainda continua um mistério. Com o
passar do tempo e por meio das descobertas científicas, percebe-se que as
lacunas presentes no evolucionismo estão aumentando, e novos argumentos devem
ser postulados para sustentar a teoria evolucionista.
Fontes: BBC News e The New
York Times
(Liziane Nunes Conrad Costa é formada em Ciências Biológicas com ênfase em
Biotecnologia [UNIPAR], especialista em Morfofisiologia Animal [UFLA] e mestranda
em Biociências e Saúde [UNIOESTE]. É diretora-presidente do Núcleo cascavelense da SCB [Nuvel-SCB]))
Leituras sugeridas sobre o tema:
Tecidos
moles: