
Alguns médiuns já começaram a divulgar, em suas propagandas, alertas em que se eximem de responsabilidades, como por exemplo: "Isso é apenas uma experiência, os resultados podem não ser garantidos." O grupo também vai entregar uma petição com 5 mil nomes ao gabinete do primeiro-ministro britânico, Gordon Brown.
Carole McEntee Taylor, uma das fundadoras da Associação dos Trabalhadores Espirituais da Grã-Bretanha, teme que clientes insatisfeitos possam entrar com processos, caso os resultados não sejam os esperados. Para Taylor, o que videntes e médiuns praticam é espiritualismo, uma religião, e, assim como todas as outras religiões, suas práticas não deveriam exigir provas. "Ao colocar nossa religião sob a lei de proteção do consumidor, estamos sendo discriminados, pois estão nos dizendo no que podemos acreditar", afirmou. "Nenhuma outra religião é forçada a provar suas crenças, e as pessoas também não são obrigadas a ir a um médium, assim como não são obrigadas a ir a uma igreja", acrescentou.
Para Taylor, a nova lei não protegerá o público porque existem outras formas de atingir esse objetivo. "É preciso educar o público a respeito de espiritualismo, a filosofia", afirma. "Se eles forem educados sobre esta filosofia, não serão enganados por pessoas que fazem alegações ridículas, pessoas que falam 'se você me der tanto em dinheiro, poderei consertar'."
O Office of Fair Trading, órgão do governo britânico de proteção ao consumidor, afirma que não está interessado em entrar com processos contra a grande maioria dos médiuns. A entidade informou que pretende ir atrás apenas dos mais óbvios "comerciantes desonestos".
(BBC Brasil)
Nota: Se as previsões desse pessoal são tão confiáveis, por que o medo e a revolta? E se eles realmente conhecem o futuro, por que a surpresa com a lei? A verdadeira religião bíblica não faz barganha com a fé das pessoas, nem fica oferecendo benefícios espirituais em troca de dinheiro.[MB]