
A festa não foi interrompida, mas somente agora as cicatrizes parecem ter se fechado [e as consciências amortecidas] para uma celebração plena. O Mardi Gras começa em janeiro, mas pega fogo para valer nos quatro dias que antecedem a terça de Carnaval.
Em 2009, o Rei de Baco (o equivalente ao Rei Momo) será o ator Val Kilmer [é bom lembrar que Baco era o deus do vinho e da folia, na mitologia grega]. Ele fará parte de uma ou mais das quase 30 paradas que circulam pelo centro histórico, com alegorias gigantes e gente fantasiada, dançando sem parar. Além do ator de The Doors, outros famosos costumam ir à festa, disfarçados sob máscaras.
Os bares - sobretudo na Bourbon Street e na Royal Street - recebem bandas de jazz, blues e rock em qualquer dia da semana. Detalhe: esse é um dos únicos, se não o único, pedaço dos Estados Unidos onde é permitido andar na rua portando bebida alcoólica livremente. Daí o constante vaivém de pessoas pelos bares e casas noturnas. Os músicos também improvisam nas calçadas, mantendo o clima de Mardi Gras o ano todo. (...)
(Terra)
Nota: Está chegando a época mais devassa do ano, o Carnaval. E o Brasil é um dos campeões em irreverência e baixaria. Exemplo disso foi a "marchinha" vencedora no programa Fantástico de domingo passado, “Bendita baderna”, de Edu Krieger: “Um dia Deus estava entediado / Sentado no seu trono de cristal / Olhando a imensidão / Naquela solidão. Cansou da santa paz celestial. / E num momento de rara inspiração. Criou planetas, cometas e animais / Pra finalizar a criação. Fez o ser humano e nunca mais dormiu em paz. / Agora já era. O juízo final. Bendita baderna. Livrai-nos do mal / Relaxa, Pai nosso. Libera geral. Sem culpa ou remorso. Hoje é carnaval.”