quinta-feira, julho 30, 2009

Governo inglês incita adolescentes ao sexo

Embora os índices de gravidez e aborto entre adolescentes estejam subindo na Inglaterra, o Ministério da Saúde inglês está dizendo aos adolescentes que “um orgasmo por dia mantém você longe do hospital”. Intitulado “Prazer”, um novo livreto planejado para distribuição em escolas públicas foi aprovado pelos maiores grupos governamentais promotores de sexo, a Brook e a Associação de Planejamento Familiar. O livreto, que foi distribuído para professores, pais e assistentes sociais de jovens na cidade industrial de Yorkshire, em Sheffield, diz que os adolescentes podem reduzir seu risco de ataque do coração fazendo mais sexo. O livreto pergunta: “Que tal fazer sexo duas vezes por semana? Os especialistas de saúde recomendam cinco porções de frutas e vegetais por dia e 30 minutos de atividade física três vezes por semana.”

O livreto foi feito para adolescentes acima de 14 anos, que são os principais alvos das tentativas do governo para reduzir o índice de gravidez. Diz que alguns especialistas focalizam demais em propaganda de “sexo seguro” e não enfatizam o prazer sexual.

O livreto aconselha que os professores e educadores “promovam masturbação para moças e rapazes. A masturbação pode ajudar a dar sensações boas e prazerosas e ajuda a explorar e descobrir o próprio corpo”.

O livreto continua: “Inicie debates com os jovens. Esses debates devem tratar da experimentação em relacionamentos sexuais para tentar dissipar o mito de que há só um jeito de ter sexo ‘adequado’ (isto é, penetração).”

Steve Slack, diretor do Centro de HIV & Saúde Sexual da Secretaria de Saúde de Sheffield, disse aos meios de comunicação que enquanto os adolescentes estão plenamente informados sobre sexo e estão fazendo decisões livremente como parte de seus “relacionamentos amorosos”, eles têm tanto direito ao sexo quanto os adultos.

Em 2006, quando Sheffield ficou conhecida por ter um dos índices mais elevados de gravidez entre adolescentes na Inglaterra, Slack disse aos meios de comunicação que “muitas iniciativas” haviam sido planejadas para reduzir concepções entre moças menores de idade. Ele disse que estava confiante em que a cidade cumpriria as metas estabelecidas em 1999 pelo governo de Blair para cortar seus índices de gravidez entre adolescentes em 2010.

Contudo, em 2006 os programas patrocinados pelo governo que envolviam mais educação sexual para idades mais novas, haviam provocado um aumento recorde de índices de gravidez entre adolescentes. Esse aumento foi registrado numa época em que outros municípios de Yorkshire estavam registrando índices mais baixos de gravidez de moças solteiras de menos de 18 anos.

O Dr. Trevor Stammers, diretor da Associação Médica Cristã, disse para o jornal Daily Mail: “É inacreditável que esse livreto esteja sendo enviado às escolas.” Falando em nome do grupo cristão de lobby Preocupação pela Família e pelos Jovens, o Dr. Stammers disse: “Gostaria de saber qual prova científica há para apoiar isso. Há um número enorme de assistentes sociais que promovem saúde. Esses assistentes, cujos salários são elevados e que mal têm o que fazer, estão obcecados com sexo.”

Incentivar sexo para menores de idade, disse ele, é “nada menos do que incentivar abuso contra as crianças”. “Se o Ministério da Saúde quer promover um coração saudável, como diz que quer no livreto, deveria investir o dinheiro na redução do consumo de álcool e fumo”, disse ele.

Mas Sue Greig, assessora de saúde pública da Secretaria de Saúde de Sheffield, repudiou as preocupações de que o livreto incentivará os jovens a ter sexo. Ela disse que em países em que há mais “abertura sobre sexo”, como a Holanda, os jovens aguardam mais do que os adolescentes ingleses antes de “ter sua primeira experiência”.

Apesar de tais garantias, a insistência do governo em incentivar sexo entre os adolescentes está começando a ser rejeitada pela esquerda e pela direita. Na semana passada, Yasmin Alibhai-Brown, colunista que se descreve como de “centro-esquerda”, escreveu no Daily Mail repreendendo o governo trabalhista por continuar sua rota “catastrófica de educação sexual mais e mais explícita para crianças novas que, disse ela, é um fracasso monumental”.

A decisão recente de introduzir educação sexual nas escolas primárias é “um sinal de desespero”, escreveu ela. Essa decisão institucionalizou a “sexualização das crianças novas, indiscutivelmente uma das razões principais para as alarmantes estatísticas de gravidez entre adolescentes”.

“As crianças inglesas já sabem o suficiente sobre sexo. O sexo grita para elas dos outdoors, sussurra-lhes nas revistas e jornais, as seduz na internet e na TV e as destrói em modernos livros para crianças, etc. O problema é que essa consciência sexual é recebida e digerida, mas sem nenhuma orientação sobre consequências, nem quaisquer costumes sociais preventivos.”

Aproximadamente 40.000 adolescentes ficam grávidas anualmente na Inglaterra, o índice mais elevado da Europa Ocidental. Recentemente, estatísticas divulgadas mostram que mais da metade das gravidezes de adolescentes inglesas terminam em aborto propositado.

(LifeSiteNews)