E atribui "poder" ao homem |
A Programação
Neurolinguística (PNL) traz em sua essência a ideia de que a pessoa tem dentro
de si a força necessária para mudar sua trajetória e alcançar o sucesso. É bem
verdade que temos características e atributos que se potencializados nos farão
pessoas de sucesso, mas a PNL postula que tais características são inerentes ao
ser humano e que só ele, em resposta ao sugestionamento de outros ou dele
próprio, pode conquistar o que deseja. Particularmente, desaprovo quando a
pessoa, em nome da “eficácia”, busca dar rumo a sua trajetória por si só com o
propósito de atingir o sucesso e assim o faz alienada de uma força superior e
acima dela (Deus). Portanto, ainda que a PNL traga em seu bojo alguns elementos
interessantes, mas misturados com o erro no sentido de tirar o foco de Deus e
colocá-lo no ser humano, torna essa prática ou abordagem destituída de valor
para a minha pessoa como profissional com foco em desenvolvimento de pessoas.
No entanto, muitos
consultores utilizam a PNL e muitas organizações absorvem seu conteúdo com o
objetivo de conquistar a excelência e o desenvolvimento pessoal e profissional
de seus colaboradores, principalmente em programas de coaching, mentoring,
liderança e ações de treinamento e desenvolvimento.
Nesse caso, é preciso
saber diferenciar a linha tênue entre quais os elementos coerentes com uma
visão cristã e aqueles que contrariam nossa crença tirando o foco em um poder
fora e acima de nós (Deus). Assim, a utilização de alguns elementos da PNL e a
eliminação do que é deletério precisa passar pelo crivo de profissionais
conscientes e críticos, com ética e responsabilidade e, sobretudo, alicerçados
na palavra de Deus (Bíblia) e no Espírito de Profecia.
Discorro da temática
não porque isso tem acontecido dentro da organização adventista, mas o faço a
título de orientação pelo fato de participar sempre em congressos e eventos
ligados à área de gestão de pessoas, e observar que ações de capacitação estão
impregnadas com vãs filosofias, por isso é preciso cautela na adoção de algumas
práticas e na contratação de quem ministrará treinamentos.
O inimigo procura dar
uma nova roupagem àquilo que a orientação divina colocou como prejudicial,
justamente com o objetivo de enganar e tirar o foco de Deus, por isso temos que
ficar atentos.
(Alcides
Ferri, palestrante e consultor em RH)