Hollywood confunde de novo |
Não
assisti nem quero ao filme “Remanescentes esquecidos por Deus”, até porque
filmes de terror estão definitivamente fora da minha lista de preferências
(veja aqui por quê). Mas o cartaz me chamou muito a atenção. E a sinopse diz: “A cerimônia de
casamento de um casal de amigos é interrompida pelo apocalipse e eles são
obrigados a examinar a vida, o amor e a fé, enquanto devem escolher entre a
redenção e a sobrevivência.” Como assim escolher entre a redenção e a sobrevivência?
Nenhum não redimido viverá no reino de Deus. A morte eterna é o destino de
todos os perdidos – daqueles que rejeitaram o plano de Deus e Seus insistentes apelos.
Essa é mais uma contribuição hollywoodiana – entre muitas – que parece ter o
único propósito de confundir as pessoas (além de tirar dinheiro delas, é
claro). Deixados Para Trás é outro
filme desserviço que mais confunde e entretém do que esclarece (confira). Pelo menos o subtítulo de Remanescentes
Esquecidos por Deus é mais realista, sem querer: “Depois do julgamento
final, existem destinos piores do que a morte.” Sim, o pior destino é a morte
eterna; não mais existir.
O filme expõe a doutrina do arrebatamento como uma grande e instantânea mortandade global que ceifa muitos adultos e todos os adolescentes e crianças do mundo. No roteiro, a interpretação dessa crença é explicada pelos pastores “deixados para trás” como consequência das sete trombetas. Sim, é uma perversão da interpretação futurista do Apocalipse, que por si já é suficientemente equivocada. Os “arrebatados” da trama têm sua “alma” levada para o céu, enquanto os corpos jazem por todo o planeta.
O filme expõe a doutrina do arrebatamento como uma grande e instantânea mortandade global que ceifa muitos adultos e todos os adolescentes e crianças do mundo. No roteiro, a interpretação dessa crença é explicada pelos pastores “deixados para trás” como consequência das sete trombetas. Sim, é uma perversão da interpretação futurista do Apocalipse, que por si já é suficientemente equivocada. Os “arrebatados” da trama têm sua “alma” levada para o céu, enquanto os corpos jazem por todo o planeta.
Os protagonistas (pois não há
mocinhos, já que todos os “remanescentes” morrerão ao final) começam a analisar
suas vidas e admitir - sem confessar - os pecados que cometeram. As ruas
começam a ser tomadas por demônios alados com as características dos escorpiões
da 5ª trombeta. O fim da história mostra centenas de pessoas buscando
histericamente algum tanque batismal, nos quais se atiram em busca do batismo
supostamente redentor.
Mas o cúmulo do acinte se dá quando
o último sobrevivente do casamento que inicia o filme compreende a “lógica” dos
ataques demoníacos: como os demônios destroem Bíblias e matam as pessoas que
clamam e oram a Deus, o rapaz conclui que as tais criaturas são atraídas pela
fé. Então ele sai desesperado, instando os penitentes a interromper as orações,
os batismos e a não manifestar nenhum tipo de fé. Nisso, uma horda infindável
de espíritos malignos desce (!) do céu para exterminar o ajuntamento religioso.
Fim.
Esse parece ser, até agora, o filme que mais deturpou as doutrinas bíblicas escatológicas.
Esse parece ser, até agora, o filme que mais deturpou as doutrinas bíblicas escatológicas.
O
livro do Apocalipse (12:17), de fato, apresenta um povo remanescente nos
últimos dias. São pessoas fieis à Palavra e à lei de Deus; que aguardam a volta
de Jesus e vivem à luz dessa esperança. São remanescentes, o restante de um
processo de purificação da igreja ao longo da história. Deus sempre teve e
sempre terá Seu povo fiel, que O ama acima de tudo. Você acha que esse povo
seria esquecido por Ele? De forma alguma! O Apocalipse deixa claro que Deus
vela por esse remanescente, e Jesus prometeu que estará com esse povo todos os
dias, até o fim de tudo (Mt 28:20).
Michelson Borges e Marco Dourado
Michelson Borges e Marco Dourado