Ecumenismo e ECOmenismo |
Deu
no site Rádio Vaticano: Representantes
da Igreja Católica e as Igrejas Ortodoxas de todos os continentes [estiveram]
reunidos em Chieti, na Itália, desde a última sexta-feira, na XIV Plenária
da Comissão Mista Internacional, cujo tema é: “O papel do papa para a unidade dos cristãos.” O objetivo da
Plenária foi prosseguir no caminho da
“plena unidade” dos cristãos. Participaram exponentes das Igrejas, entre os
quais o cardeal Kurt Koch, presidente do Pontifício Conselho para a Unidade dos
Cristãos, o teólogo e arcebispo de Chieti, dom Bruno Forte, e o representante
do Patriarcado Ecumênico de Constantinopla, Gennadios de Sassina. Os primeiros
debates refletiram sobre a primazia do papa,
assim como toda a autoridade na Igreja, deve ser interpretada e exercida
segundo o critério da caridade, que também se expressa de forma jurídica. O
título de “Servus servorum Dei” (“Servo dos servos de Deus”) assumido pelo papa
Gregório Magno é expressão do serviço na caridade, apontaram as discussões. “Não
é uma definição ritual, de circunstância, de cortesia ecumênica. O papa serve
porque ama. E isso é cada vez mais visível, nas atuais circunstâncias
históricas”, explicaram os especialistas.
Em
seu discurso à Comissão Mista internacional para o Diálogo Teológico entre
Católicos e Ortodoxos orientais em 2015, Francisco [que neste mês recebeu o líder budista supremo Tendai e diz abominar a divisão religiosa] recordou: “Durante os últimos dez anos
foram examinados os percursos ao longo da história, em que as Igrejas
manifestaram a própria comunhão nos primeiros séculos. Nisto consiste a nossa
busca de comunhão em nossos dias. Faço votos de que o trabalho da Comissão
Mista possa produzir frutos abundantes para a pesquisa teológica comum e nos
ajude a viver a nossa amizade fraterna.”
No
portal G1, da Globo, foi veiculada a seguinte notícia: Pelo
menos 20 países indicaram que irão se unir ao acordo de Paris contra as
mudanças climáticas em um evento na Organização das Nações Unidas (ONU) em 21
de setembro, somando-se aos 27 que já o fizeram e criando a esperança de que o
pacto irá entrar em vigor até o final de 2016, disseram autoridades da ONU. O
secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, incentivou os Estados a entregarem seus
instrumentos de ratificação ou aprovação do acordo de Paris. Líderes cujas
nações ainda não estão prontas para se juntar à iniciativa, mas que planejam
fazê-lo neste ano, foram convidados a apresentar vídeos expressando seu
compromisso, disse Selwin Hart, diretor da equipe de apoio sobre mudança
climática do chefe da ONU.
“Quando
começamos a ver os países que estão se unindo... ao acordo e os países que irão
se comprometer a se unir antes do final do ano, ficamos absolutamente certos de
que teremos o Acordo de Paris contra a mudança climática entrando em vigor até
o final de 2016”, disse David Nabarro, conselheiro especial de Ban Ki-moon para
a Agenda de Desenvolvimento Sustentável 2030.
Agora
assista ao vídeo abaixo, sobre o evento The Gathering (semelhante ao Togheter), que será realizado amanhã nos Estados Unidos:
Percebeu
que a tônica das três notícias é a mesma? União para salvar o planeta.
Católicos, evangélicos e políticos estão falando a mesma língua, e se há algo
que realmente os une nesse afã de preservar a Terra e salvar a religião é a
guarda do domingo, conforme defendida no documento escrito por Francisco, a
carta Laudato Si.
Agora
veja que interessante o que Ellen White escreveu no século 19, em seu
indispensável livro O Grande Conflito, página 445: “Quando, pois, se conseguir isto nos esforços para se obter completa
uniformidade, apenas um passo haverá para que se recorra à força. Quando
as principais igrejas dos Estados
Unidos, ligando-se em pontos de doutrinas que lhes são comuns,
influenciarem o Estado para que imponha seus decretos e lhes apoie as
instituições, a América do Norte protestante terá então formado uma imagem da
hierarquia romana, e a aplicação de penas civis aos dissidentes [fundamentalistas?] será o resultado inevitável.
“A
besta de dois chifres ‘faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres,
livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita ou nas suas
testas; para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o
sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome’ (Ap 13:16, 17). A
advertência do terceiro anjo é: ‘Se alguém adorar a besta, e a sua imagem, e
receber o sinal na sua testa, ou na sua mão, também o tal beberá do vinho da
ira de Deus.’ ‘A besta’ mencionada nesta mensagem, cuja adoração é imposta pela
besta de dois chifres, é a primeira, ou a besta semelhante ao leopardo, do Capítulo
13 do Apocalipse – o papado. A ‘imagem da besta’ representa a forma de
protestantismo apóstata que se desenvolverá quando as igrejas protestantes
buscarem o auxílio do poder civil para imposição de seus dogmas. [...] Depois
da advertência contra o culto à besta e sua imagem, declara a profecia: ‘Aqui
estão os que guardam os mandamentos de Deus, e a fé de Jesus.’ Visto os que
guardam os mandamentos de Deus serem assim colocados em contraste com os que
adoram a besta e sua imagem, e recebem o seu sinal, claro que a guarda da lei de Deus, por um lado, e sua
violação, por outro, deverão assinalar a distinção entre os adoradores de Deus
e os da besta.”
Só não percebe quem não quer (ou quem está
entorpecido) que a humanidade está rapidamente se polarizando entre aqueles que
buscam a qualquer custo a paz e a união neste planeta, e aqueles que anseiam
pela volta de Jesus e procuram ser fieis à Sua Palavra infalível e aos Seus
mandamentos. O relativismo moral, filosófico e teológico, e o abandono da cosmovisão criacionista estão se alastrando, deixando cada vez
mais isolados aqueles poucos que ainda defendem a verdade absoluta do Evangelho,
a historicidade do relato de Gênesis, a vigência dos Dez Mandamentos e a segunda
vinda literal de Jesus. De que lado você vai estar? Em breve, a neutralidade
será uma impossibilidade. Deus nos ajude a nos fortalecermos nestes tempos de
paz relativa em que a bonança precede a tempestade. [MB]