Uma
matéria publicada nos principais jornais brasileiros no dia 16 de maio
certamente deixou muitos paleontólogos de “queixo caído”. Um grupo de pesquisadores
composto por brasileiros, americanos e argentinos encontrou novos fósseis de
aves, crocodilo e peixes em um sítio paleontológico brasileiro. Esses últimos
achados ocorreram no Parque dos Girassóis, zona sul de Presidente Prudente,
oeste de São Paulo, nas proximidades de um condomínio residencial. O local vem sendo escavado e pesquisado pelo
paleontólogo brasileiro William Nava, há 14 anos, por isso, em sua homenagem, o
sítio recebeu o nome de “William’s
Quarry” (Pedreira do William).
O
pesquisador Luis Chiappe, do Museu de História Natural de Los Angeles, afirma intrigado que “são raríssimos mundialmente os vestígios de
aves tão pequenas, semelhantes às atuais, mas que viveram em período tão
remoto”. De acordo William Nava, pelo menos três espécies de aves
descobertas podem ser inéditas na paleontologia mundial.
“Para
nossa sorte, um dos animais que acabaram sendo depositados e fossilizados nesse
sedimento fininho foram as aves, misturados com dentes de dinossauros,
crocodilos, escama de peixe”, afirmou Nava. “Entre mais ou menos dois mil ossinhos coletados aqui de aves, temos,
por baixo, três ou quatro novas espécies em nível mundial. Espécies de aves
primitivas, que foram extintas junto com os dinossauros. Então, três ou quatro
espécies novas. Essas espécies ainda não têm um nome científico, mas vão ter,
porque são raridades. Depois serão produzidos com esses fósseis alguns artigos
científicos, que serão disponibilizados para toda comunidade científica da
América do Sul, do Norte, Europa, Ásia, África, principalmente com o material
da China, que vai ser comparado com o de Prudente.”
Segundo
os pesquisadores, um dos mais importantes registros relacionam-se a algumas
pré-maxilas dessas aves que apresentam dentes, indicando que poderiam ser
carnívoras, e outras que aparentam não ter dentes, o que os deixou muito
intrigados. (Nesse ponto, é relevante entender que “suposições” sobre os
hábitos alimentares de seres vivos extintos não é tarefa fácil, uma vez que
dentes fortes e pontiagudos, ao contrário do que se pensa, nem sempre são
sinônimo de alimentação carnívora. Exemplo disso é a dentição do urso panda,
forte e pontiaguda, como a de carnívoros, necessária para triturar o bambu, sua
principal fonte de nutrição.)
De acordo com o pesquisador
brasileiro, essa é a primeira descoberta desse tipo na América do Sul, contendo
possivelmente espécies inéditas de aves. “Quando os fosseis foram contrastados com fósseis desse mesmo grupo de
aves extintas, encontradas na Argentina e em outros países, as aves brasileiras
apresentaram diferenças no úmero e em outros ossos, evidenciando serem espécies
novas para o antigo continente Gondwana, porção de terras que, durante o Cretáceo
Superior, reunia partes da Antártida, América do Sul, África, Índia e Austrália”,
disse Nava.
Outra informação interessante é que os
fósseis de aves estavam incrustados em uma rocha fina, que se alternava
lateralmente com outra mais grossa, nas quais estavam dentes de dinossauro e de
crocodilo. “As avezinhas estão
preservadas porque ficaram depositadas numa lama fininha, há milhões de anos
[sic], sendo cobertas por outras camadas de lama fina”, afirma o
paleontólogo brasileiro.
No sítio brasileiro também foram
encontrados dentes de crocodilos, dinossauros e escamas de peixes,
possivelmente do mesmo período, além de outros fósseis ainda não identificados.
Quando houver uma confirmação de que os fósseis das aves retratam espécies
novas primitivas, elas serão descritas e devem ganhar um nome científico.
Posteriormente, o grupo deve publicar no meio científico as descrições desses
fósseis para publicações especializadas.
Integram também a equipe o
paleontólogo Agustin Martinelli, o técnico especialista Guilhermo Aguirrezaba e
o estudante de doutorado Sebastian Rozadilla, do Museu Argentino de Ciências
Naturais de Buenos Aires, e ainda Jonatan Kaluza, da área de Paleontologia da
Fundação Félix de Azara, de Buenos Aires.
(Liziane Nunes Conrad Costa é formada em Ciências Biológicas com ênfase
em Biotecnologia [UNIPAR], especialista em Morfofisiologia Animal [UFLA] e mestranda
em Biociências e Saúde [UNIOESTE]. É diretora-presidente do Núcleo Cascavelense
da SCB [Nuvel-SCB])
Nota: Essa
descoberta é intrigante porque, segundo a teoria da evolução, os dinossauros
viveram numa era em que as aves e as criaturas terrestres, que não eram
répteis, ou se encontravam numa forma “primitiva”, ou nem existiam ainda.
Portanto, fósseis de dinossauros só deveriam ser encontrados com outros fósseis
de dinossauros. Entretanto, novamente percebemos que as hipóteses evolucionistas
não empatam com a realidade, uma vez que foram encontrados fósseis de
dinossauros juntamente com aves, crocodilos e peixes, os quais, segundo os
próprios pesquisadores, datam de um mesmo período. Além disso, diferentemente
do que afirmam os evolucionistas, essas aves de tempos tão remotos são muito
semelhantes às aves de hoje, fazendo cair por terra, novamente, os postulados
sobre a linha do tempo evolutiva das espécies.
Essa descoberta, além de trazer
entusiasmo por ter ocorrido em território nacional, revela mais evidências de que os dinossauros viveram “lado a lado” com outros animais, como as referidas aves
encontradas. Isso reforça o que os criacionistas há muito já sabem: que as
camadas rochosas onde se encontram os dinossauros têm todo o tipo de criaturas,
dos mais diversos habitats. Nesse sentido, embora os evolucionistas não tenham argumentos
para explicar as repetidas contradições entre suas hipóteses e a realidade
encontrada por meio das descobertas científicas, o criacionismo, em
contrapartida, se fortalece ao serem reforçadas suas pressuposições.