quarta-feira, maio 07, 2008

Desvendando o Apocalipse: árabes e turcos

No capítulo anterior, acompanhamos a queda de Roma Ocidental pelos acontecimentos ligados às quatro primeiras trombetas. Agora, no nono, apreciaremos a queda de Roma Oriental ou do que ainda restava daquela dominação. Há muitas informações históricas neste contexto e é preciso seguir a linha do tempo para compreender as revelações que virão nos próximos capítulos.

Vamos entender que as profecias da quinta e sexta trombetas são comprovadamente cumpridas pelos árabes e turcos. Três principais fatores comprovam, sem contestação, que esses povos cumpriram, sem saber, os juízos de Deus descritos nas duas trombetas.
São eles:

1) Os símbolos nelas contidos que somente a esses povos podem ser aplicados;

2) o testemunho histórico que não deixa quaisquer dúvidas de que o islamismo, através dessas duas nações, cumpriu precisamente a profecia;

3) a apresentação profético-matemática referente ao tempo de supremacia desses dois poderes maometanos.

Os árabes enfraqueceriam o Império Romano, causando dano a todos quantos recusassem reconhecer o profeta da Arábia e seus ensinos. Os turcos, porém, atormentariam e matariam “a terça parte dos homens” numa investida de conquista do poder dos bizantinos infiéis ao Islã.

Mas a parte mais gloriosa desta profecia reside no fato de que, ao tempo dos terríveis sucessos dessas duas trombetas, haveria um povo com o “sinal de Deus” “nas suas testas”, pelo que, segundo a revelação, seria protegido pela Providência.

Apocalipse 9:1: “O quinto anjo tocou a sua trombeta, e vi uma estrela que do céu caiu na terra. Foi-lhe dada a chave do poço do abismo.”

Na seqüência das sete trombetas encontramos duas estrelas que caem. A primeira, Átila, como vimos no toque da terceira trombeta, caiu sobre a região dos rios e fontes do Império do Ocidente. Mas esta outra estrela, que nos é apresentada na quinta trombeta, caiu na “terra”, o que indica que as conseqüências de sua queda teriam extensão mundial.

A quinta e a sexta trombetas apontam para o poder maometano. Por isso, indubitavelmente essa estrela representa o fundador do maometismo: Maomé.

Esse líder nasceu no ano 570. Casou-se 15 vezes e teve 11 concubinas. O fundador do islamismo afirmava ter recebido a visita do anjo Gabriel para lhe comunicar a elevada missão para a qual fora escolhido como profeta. Maomé tornou-se chefe político e espiritual da Arábia.

O “poço do abismo” é a descrição do Deserto da Arábia, um lugar de morte. Maomé recebera de seus concidadãos a “chave” da autoridade para exercer o seu poder num caos, ou num ambiente caótico que era a Arábia dos seus dias. O estado em que se encontrava o seu país, ao impor-se como profeta, era realmente lamentável. Não havia governo central. Numerosas tribos com governos próprios, independentes, formavam a nação.

A Arábia, com sua corrupção religiosa oriunda de vários cultos, principalmente a idolatria, era, sem dúvida alguma, “o poço do abismo”, cuja “chave” e autoridade foram entregues a Maomé nos dias em que ele se ergueu ali como pretenso profeta de Allah.

Apocalipse 9:2: “E abriu o poço do abismo, e subiu fumaça do poço, como a fumaça de uma grande fornalha, e com a fumaça do poço escureceram-se o sol e o ar.”

Maomé se tornou ditador político e religioso, seguido e adorado por um país inteiro, levando seus súditos ao fanatismo a ponto de matar ou morrer. Esse “fumo” mortífero é a religião maometana que emanou da Arábia. Um “fumo” que escureceu o “sol” da justiça de Cristo e o “ar” do evangelho, pois o ar é um elemento vital para manutenção da vida.

Principais ensinos do Corão:

>> Nega a divindade do Filho de Deus e coloca Maomá acima dEle.

>> Nega a morte expiatória de Cristo e a obra regeneradora do Espírito Santo.

>> Não encara o pecado como tal e a necessidade de perdão como indispensável.

>> Nega, enfim, todo o plano da salvação como revelado no evangelho de Cristo.

Além de ser constituído de preceitos religiosos que contrariam as Sagradas Escrituras, o Corão contém “evocações e promessas do mais requintado sensualismo” “e da poligamia”. Na verdade, a Arábia foi o “poço” que Maomé abriu e de onde emanou sobre o mundo cristão o “fumo” de uma doutrina imoral, inventada, como se fora uma revelação destinada a substituir todos os credos, inclusive o cristianismo.

Maomé morreu em 8 de Junho de 632, aos 63 anos de idade. Quando morreu, quase todos na Arábia eram seguidores de sua religião. Visitar o sepulcro de Maomé é um dos deveres capitais do islamismo. Através dos séculos, seus seguidores o reverenciam e o adoram no seu túmulo como se fosse em realidade profeta de Allah.

Apocalipse 9:3: “E da fumaça saíram gafanhotos sobre a terra, e foi-lhes dado poder, como o que têm os escorpiões da terra.”

As doutrinas do islamismo se espalharam pelo Oriente Médio, que havia sido anteriormente cristão. Jamais o mundo viu um império e uma religião alcançar em tão pouco tempo espaço territorial tão imenso. Pela rapidez com que agiam, os árabes foram comparados a espessas nuvens de gafanhotos invadindo o Oriente e o Ocidente, na tentativa de propagar pelo mundo inteiro a religião muçulmana.

Pelo sofrimento que causa a ferroada do escorpião, ele simboliza o flagelo. Enquanto os árabes invadiam as nações como enxames de gafanhotos, injetavam, como escorpiões, a doutrina islâmica. Reduzidos economicamente à condição de miséria, despojados de seus bens pelos gafanhotos-escorpiões, os povos submetidos eram picados pela religião.

Apocalipse 9:4: “Foi-lhes dito que não causassem dano à erva da terra, nem a verdura alguma, nem a árvore alguma, mas somente aos homens que não têm nas suas testas o selo de Deus.”

As conquistas maometanas duraram até dois séculos depois da queda de Constantinopla, em 1453. Portanto, desde o sétimo até ao décimo sétimo século, havia um povo que, segundo a revelação, tinha “nas suas testas o sinal de Deus”, ou o “selo de Deus”. Na explanação do capítulo sete ficou demonstrado que o selo de Deus é o santo sábado do quarto mandamento da Lei de Deus. A profecia destaca a proteção de Deus em favor dos que tinham o Seu sinal “nas suas testas”, isto é, os que observavam o repouso do sábado.

A ênfase desta profecia, contudo, está no fato de que os muçulmanos deveriam dirigir-se a uma classe de pessoas que não tinham “nas suas testas o selo de Deus”. Enquanto esses sofreriam com os ataques dos exércitos do Islã, aqueles seriam protegidos miraculosamente.

Apocalipse 9:5: “Foi-lhes permitido, não que os matassem, mas que por cinco meses os atormentassem. E o seu tormento era semelhante ao tormento do escorpião, quando fere o homem.”

Apocalipse 9:6: “Naqueles dias os homens buscarão a morte e não a acharão; desejarão morrer, mas a morte fugirá deles.”

Ainda que os muçulmanos atacassem constantemente Constantinopla, não conseguiram tomá-la, que era o seu objetivo principal. Entretanto, as constantes investidas dos gafanhotos-escorpiões causavam muito dano e tormento, conforme profetizado.

Apocalipse 9:7: “A aparência dos gafanhotos era semelhante à de cavalos aparelhados para a guerra. Sobre as suas cabeças havia como que umas coroas semelhantes ao ouro, e os seus rostos eram como rostos de homem.”

Apocalipse 9:8: “Tinham cabelos como cabelos de mulheres, e os seus dentes eram como os de leões.”

A Bíblia revela uma descrição precisa do povo que cumpriria a profecia. “Seus rostos eram como rostos de homens” (os árabes usavam barba). “Tinham os cabelos como cabelos de mulher” (seus cabelos eram longos). “Possuíam coroas de ouro” (esses guerreiros usavam turbantes amarelos ou adereços dourados). “Seus dentes eram como dentes de leão” (eles eram destemidos lutadores e eram movidos pela força irresistível do fanatismo religioso).

Apocalipse 9:9: “Tinham couraças como couraças de ferro, e o ruído das suas asas era como o ruído de carros de muitos cavalos que correm ao combate.”

Segundo o Corão, um dos dons divinos aos árabes são as couraças. Feitas de ferro e aço, foram difundidas pelos árabes por todo o mundo para propagar a nova religião.

Ao avançarem compactos como as ondas de gafanhotos, usavam as couraças para imitar o ruído das suas asas, semelhante ao barulho de carros puxados por muitos cavalos. O detalhe é tão fiel que parece até que os guerreiros árabes tinham conhecimento da profecia.

Apocalipse 9:10: “Tinham caudas e aguilhões semelhantes às dos escorpiões,e nas suas caudas tinham poder para danificar os homens por cinco meses.”

5 meses x 30 dias = 150 dias proféticos = 150 anos

Nesta parte da História foram os turcos otomanos que se tornaram adeptos do islamismo. Cumpriram essa parte da profecia, relativa ao período de tormento de 150 anos imposto ao governo civil do Império do Oriente. Os turcos arrebentaram a supremacia árabe ao aportarem na Ásia Ocidental.

Início: 27 de Julho de 1299 – Na Batalha de Bafeu, os otomanos invadiram o território do Império do Oriente.

Término: 27 de Julho de 1449 – O último imperador grego, Constantino XII, tomou o trono com a permissão do sultão do Império Otomano.

Apocalipse 9:11: “Tinham sobre si como rei o anjo do abismo, cujo nome em hebraico é Abadom, e em grego, Apoliom.”

O termo “anjo”, do grego aggelos, é a aplicação não só para designar um anjo real, como também a pessoa com missão religiosa especial. Desse modo, o “anjo do poço do abismo”, chamado também de “rei” do islamismo, é, sem nenhuma dúvida, o próprio Maomé, fundador do islamismo.

“Abadon” e “Apoliom”, do hebraico e grego, cujo significado é “destruidor”, é aplicado aqui a Maomé. Embora tenha inspirado a chamada “guerra santa”, cuja característica principal era a destruição, na verdade, o maior poder destrutivo desse anjo dos maometanos são os seus ensinos contidos no Corão, que encobrem o evangelho de Cristo aos povos árabes e aos demais povos que aceitaram o islamismo.

Apocalipse 9:12: “Passado é já um ai; depois disso vêm ainda dos ais.”

A palavra “ai”, quando utilizada na Bíblia, indica sofrimento. Desse modo, “três ais” significam muito sofrimento.

Apocalipse 9:13: “O sexto anjo tocou a sua trombeta, e ouvi uma voz que vinha das quatro pontas do altar de ouro, que estava diante de Deus,”

Apocalipse 9:14: “a qual dizia ao sexto anjo, que tinha a trombeta: Solta os quatro anjos que estão presos junto ao grande rio Eufrates.”

Apocalipse 9:15: “E foram soltos os quatro anjos que estavam preparados para aquela hora, e dia, e mês, e ano, a fim de matarem a terça parte dos homens.”

O altar aqui é o mesmo altar do incenso referido em Apocalipse 8:3. Essa voz só pode ser de quem oficiava junto ao altar de ouro ou do incenso, que é Cristo. Antes do toque da primeira trombeta, Ele aparece junto ao altar do incenso; e, antes do toque da sexta trombeta, Ele ali ainda está oficiando em favor das orações do Seu povo.

Ao invadirem a Ásia Ocidental, os turcos fundaram quatro sultanatos nas imediações do rio Eufrates: (1) Bagdad, em 1055; (2) Icônio, em 1064; (3) Damasco; e (4) Alepo, ambos em 1079. São estes os anjos que deveriam ser soltos no momento do toque da sexta trombeta.

Com a união desses quatro sultanatos, todo o povo turco estava agora unido numa só dinastia – a otomana – e posteriormente num só sultanato, o de Constantinopla.

De acordo com o versículo 15, o poder da Turquia, como nação real, iniciou sua marcha em 27 de julho de 1449, quando Constantino XII reconheceu a supremacia turco-otomana ao submeter sua eleição ao consentimento do sultão. Dessa data em diante, os turcos eram senhores do Império do Oriente, embora faltasse derrubar o pouco dele que ainda restava.

Usando o princípio de que um dia profético equivale a um ano, dá para calcular o tempo dessa profecia. Analisando de trás para diante, temos o seguinte cálculo:

1 ano = 12 meses x 30 dias = 360 dias = 360 anos

1 mês = 30 dias = 30 anos

1 dia = 1 dia = 1 ano

1 hora = 360 dias divididos por 24 = 15 dias

Somando tudo = 391 anos e 15 dias

Esse é o tempo apontado na profecia, segundo o qual a Turquia exerceria, como potência política, o seu poder independente numa das mais estratégicas regiões do mundo civilizado. Acrescentado 391 anos e 15 dias a 27 de julho de 1449, a profecia apontou também que o Império Turco cairia em 11 de agosto de 1840.

A queda de Constantinopla em 29 de maio de 1453 livrou o Ocidente e o Oriente para sempre do longo martírio imposto pelos orgulhosos césares. Visigodos, vândalos, hunos, hérulos, árabes e turcos, exatamente conforme havia determinado a profecia bíblica, fizeram ruir em escombros irreconstruíveis a cruel tirania de uma raça que arruinou o mundo por mais de 16 séculos.

Com a queda de Constantinopla, a Turquia assumiu o comando sobre todo o território do Império Romano do Oriente formado pelos seguintes países: toda a Ásia Menor, Síria, Mesopotâmia, Pérsia, Iraque, Arábia, Palestina, Trácia, Romênia, Bulgária, Hungria, Grécia, Albânia, Bósnia, Sérvia, ilhas do mar Egeu, Creta, além de ter incorporado também a seu império o Egito, a Etiópia e a Líbia. Desse modo, a Turquia matou politicamente a terça parte dos homens ou conquistou todos os seus domínios.

Mas, embora pelo raciocínio lógico humano tudo levasse a crer no contrário, as conquistas turcas tiveram fim. O outrora invicto poder chegou afinal a ponto de desmoronar-se frente às influências das nações européias. Por meio de um documento histórico datado exatamente de 11 de agosto de 1840, o sultão Maomé Ali foi deposto, dando fim ao poderio otomano em Constantinopla, com a incrível exatidão indicada na profecia.

Apocalipse 9:16: “O número dos exércitos dos cavaleiros era de duzentos milhões (miríades de miríades). Eu ouvi o número deles.”

Simboliza um número indefinido muito grande. Miríades é empregado na Bíblia quanto se trata de um número tão grande que não dá para precisar.

Apocalipse 9:17: “E assim vi os cavalos nesta visão: os seus cavaleiros tinham couraças de fogo, e de jacinto, e de enxofre. As cabeças dos cavalos eram como cabeças de leões, e de suas bocas saíam fogo, fumaça e enxofre.”

Apocalipse 9:18: “Por estas três pragas foi morta a terça parte dos homens, isto é, pelo fogo, pela fumaça e pelo enxofre, que saíram das suas bocas.”

Apocalipse 9:19: “O poder dos cavalos está na sua boca e nas suas caudas; pois as suas caudas eram semelhantes a serpentes, e tinham cabeças, e com elas causavam dano.”

No caso dos turcos, a referência a “couraças” só pode ser simbólica dada a impossibilidade de se fazerem couraças com mescla de fogo, jacinto e enxofre. Mas é fato que três eram as cores que compunham as “couraças” dos guerreiros turcos: (1) fogo, ou cor vermelha; (2) jacinto, ou cor azul; (3) enxofre, ou cor amarela. Eram exatamente essas três cores que predominavam no uniforme do exército turco.

Ferozes e astutos como leões, os turcos demonstraram ser mais desumanos do que os árabes. Os cavalos vomitavam “fogo, fumaça e enxofre”. Sem dúvida, aqui a profecia faz alusão ao emprego de armas de fogo pelos exércitos turcos. Precisamente naquela época é que se iniciara o uso da pólvora e das armas de fogo nas guerras. O resultado da detonação de uma arma de fogo é realmente uma chama de fogo, uma nuvem de fumaça e um cheiro forte de enxofre.

Fogo, fumaça e enxofre são, portanto, as três pragas que os turcos usariam para matar a terça parte dos homens.

Apocalipse 9:20: “Os outros homens, que não foram mortos por estas pragas, não se arrependeram das obras das suas mãos, para deixarem de adorar aos demônios, e aos ídolos de ouro, de prata, de bronze, de pedra e de madeira, que não podem ver, nem ouvir, nem andar.”

Apocalipse 9:21: “ Nem se arrependeram dos seus homicídios, nem das suas feitiçarias, nem da sua prostituição, nem dos seus furtos.”

Uma advertência rejeitada – “Os outros homens, que não foram mortos por estas pragas”, isto é, pelas armas de fogo da cavalaria turca, são os demais governantes cristãos europeus e seus súditos, aos quais a desolação turca não alcançou. Eles não encararam o terrível ataque turco como um flagelo merecido pelo Império do Oriente, como prêmio por seus pecados e de sua detestável idolatria, que era odiada com ódio mortal pelos maometanos. “Não se arrependeram” do culto dos “demônios”, como é considerada a idolatria pelas Sagradas Escrituras.

Nem tampouco “se arrependeram” dos seus “homicídios”, de suas “feitiçarias”, de suas “prostituições” e “de seus furtos”. Eis o quadro do cristianismo apresentado na profecia! Um cristianismo sem Cristo, odiado de morte pelos conquistadores muçulmanos.

Deus não se agrada daqueles que não aprendem as lições que Seus juízos lhes ensinam. Antes da visão das trombetas sobre os árabes e os turcos, a advertência foi clara – “ai! ai dos que habitam sobre a terra”. Mas o cristianismo nominal daqueles dias do avanço maometano nem fez caso - como hoje também não faz - das advertências do céu.

Nem antes nem depois dos açoites dos árabes e turcos se arrependeu de sua idolatria e de seus homicídios e maldades. O castigo, as “pragas” maometanas, não o induziu a melhorar a conduta e a moralidade. A lição foi desprezada com grave perda para a vida moral e espiritual. E assim caíram os dois Impérios, as duas Romas cristãs – Ocidental e Oriental –; a primeira pelas mãos dos visigodos, vândalos, hunos e hérulos, e a outra, sob o comando muçulmano dos árabes e turcos.

(Texto da jornalista Graciela Érika Rodrigues, inspirado na palestra do Advogado Mauro Braga.)

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