quarta-feira, maio 07, 2008

Lendo Nos Bastidores da Mídia

Fazendo algumas compras pelo site da Casa Publicadora Brasileira, coloquei no pacote o livro Nos Bastidores da Mídia, escrito pelo jornalista Michelson Borges. Não ia comprar, mas o fiz por dois motivos. Primeiro em razão de a sinopse descrever um breve assunto sobre o qual eu queria saber a visão do autor; segundo por eu estar frequentemente no blog do Michelson e querer conhecer um pouco mais de seu estilo como escritor.

Confesso que comecei a ler a obra com certa arrogância. Algo do tipo "já sei de 90% do que vai estar escrito aqui". Enganei-me. Um engano bom, surpreendente.

Assim que terminei a leitura do livro, senti a necessidade de compartilhar um pouco sobre a experiência de ler uma obra que eu, na minha insolência, acreditava conhecer o assunto de capa a capa.

Aliás, aqui cabe um breve parêntese, já que falam tanto da petulância do crente. Quero colocar o assunto como crítica construtiva. É impossível conhecer tudo, nem que seja sobre um único assunto. Muitas vezes tomo a altiva postura de “sabichão” e perco a oportunidade de conhecer, de desfrutar, algumas maravilhas da literatura sacra.

No livro Nos Bastidores da Mídia, Michelson apresenta uma forma diferente de dizer aquilo que, talvez, já sabemos (ou pelo menos acreditamos saber); uma forma diferente de nos alertar e de, principalmente, fornecer argumentos para aquilo que pensamos sobre a mídia.

Não sei se eu denominaria a obra como “um tapa na cara com luva de pelica” ou “um alerta carinhoso de uma pessoa preocupada”.

Tapa na cara, pois cutuca feridas abertas. Fala do vício dos entretenimentos seculares e deixa bem claro quem é o autor das barbaridades que vemos na televisão, nos cinemas, nos livros, etc. Coisas que já sabemos, é bem verdade, mas que muitas vezes recusamos reconhecer e iniciar um processo de libertação dessas correntes invisíveis que nos prendem.

Um alerta, pois há muita informação que, pode ter certeza, você desconhece acerca dos bastidores da mídia, dos movimentos satânicos para aprisionar a minha e a sua mente. Pior, para aprisionar a mente, para cauterizar a consciência (a voz do Espírito Santo) das mentes de nossos filhos, sejam crianças ou adolescentes.

Em especial, apreciei duas coisas no livro:

1. O trabalho de pesquisa: uma coisa seria alguém dizer que a televisão, a música influencia a mente humana; outra é apresentar estudos específicos embasando tais argumentos. É justamente este último que Michelson Borges faz com muito sucesso, apresentando tais dados de forma que não deixa a leitura cansativa ou monótona. Cada informação inicia, completa ou fecha o assunto de uma forma que, simplesmente, preenche o convencimento, alerta a mente, enfim, convence o espírito alerta e sedento por verdadeira mudança de comportamento.

2. A admoestação direta e o enfrentamento sem receios: a principal arma do autor é a palavra de Deus. Munido com a verdade, Michelson enfrenta sem rodeios a mídia que se põe como inatacável, irreplicável; um verdadeiro Davi diante de Golias. Vale à pena ver essa batalha.

Só há um motivo para não ler Nos Bastidores da Mídia: medo de repensar as próprias atitudes. O livro não é obra de uma “mente fanática” ou “coisa de gente extremista”, como poderiam querer argumentar. É a mais pura verdade que, às vezes, até mesmo nós, os crentes, recusamos enxergar.

Antes de escrever este texto, mandei um e-mail ao Michelson, parabenizando-o pela obra e revelando o desejo de escrever algo a respeito do livro. Em resposta, peço a permissão para escrever as humildes palavras do autor: “Quer saber o ‘segredo’ do êxito? Parte do tempo que devotei a escrever esse livro, passei de joelhos.”

Não deixe uma obra de alerta especial ficar esperando. E quando iniciar a leitura, tome a postura do autor: ponha-se de joelhos. Fico imaginando o resultado de uma atitude dessa, pois meu coração, cheio de petulância, foi conquistado pela mensagem do livro. Imagine, então, o milagre que será realizado na vida posta em oração no momento da leitura.

(Denis da Cruz, advogado em Mundo Novo, MS)