sexta-feira, maio 02, 2008

Nosso "Pelé da Física"

Na revista Brasil - Almanaque de Cultura Popular (novembro de 2006), que encontrei a bordo de um avião da Tam, há um texto alusivo ao Dia Mundial da Ciência (24/11). A pequena matéria afirma que "se o Brasil tivesse um panteão das ciências, nele estaria o curitibano César Lattes. Nascido em 1924, só é batizado na adolescência. Judeu, o pai teme a perseguição fascista. Aos seis anos, César joga xadrez. Aos 22, pesquisa na Universidade de Bristol, Inglaterra, uma partícula do átomo, prevista mas inédita".

Lattes descobriu o méson pi e chamou atenção para a ciência nacional. Ele recebeu vários prêmios, mas não o Nobel de Física. "Em 1950", prossegue o texto, "fatores mal explicados dão o prêmio a Cecil Powell, seu colega de equipe inglês. Depois, com Eugene Garner, cria artificialmente o méson. Mas o parceiro morre, e a academia só premia vivos. Lattes morre em 8 de março de 2005, reconhecido como o maior cientista do Brasil. 'Ele era para as pessoas esclarecidas o que Pelé é para o povão', diz Iuda Goldman, seu colega de USP."

Leia a interessante entrevista "Os físicos e a Bíblia", que Lattes concedeu ao Jornal da Unicamp.