
As adolescentes dizem ter ficado constrangidas com as situações criadas em sala de aula por conta desse conto. "Já tem o tipo de brincadeira que é normal de jovens. Eles começam a brincar com esse tipo de coisa. E ainda mais se a escola entrega um material desses, é a mesma coisa que dar liberdade para eles começarem a brincar", diz a garota Juliana da Rosa.
O professor e escritor Douglas Tufano afirma que o conto faz parte da literatura brasileira indicada para vestibulares e não vê problemas na leitura, mas acredita que, para evitar confusão, deve haver a intermediação dos professores. "É preciso que eles façam um trabalho preparatório, conversem, expliquem. Caso contrário, os alunos que ainda são imaturos em relação à literatura podem levar a leitura para outros campos", comenta Tufano.
Para o psicólogo Eduardo Menga, não há problemas nesse tipo de abordagem que trata da sexualidade. "Como o livro já está inserido na rede [de ensino], o melhor nessa situação é, por mais que possam existir resistências, encarar e olhar para isso da forma mais natural possível."
Em nota, a Secretaria Estadual de Educação informa que o livro foi considerado por educadores e críticos adequado para alunos da rede privada e, por isso, também pode ser usado por alunos da rede pública. Ainda segundo a nota, o livro foi analisado e aprovado por uma comissão de professores de diversas universidades. O Ministério Público deve analisar o pedido em cinco dias.
(G1 Notícias)
Nota: Nessas horas, entendo que vale a pena todo esforço possível para colocar os filhos numa escola cristã, que em lugar de literatura chula prioriza valores e leitura que edifica, não apenas informa (ou deforma).[MB]
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