
E os pesquisadores afirmam que, se as rochas lunares tivessem um conteúdo original de hidrogênio em qualquer nível próximo ao verificado nas rochas terrestres, o fracionamento de cloro em tantos isótopos diferentes nunca teria ocorrido na Lua. Com base nessa análise, Sharp e seus colegas sugerem que o interior da lua é anidro, como a maioria dos cientistas vem defendendo há muito tempo.
Eles sugerem que os cálculos recentes, que identificaram um alto teor de hidrogênio em algumas amostras lunares, não são típicos, e que essas amostras são provavelmente o produto de determinados processos ígneos que resultaram em um enriquecimento atípico em compostos voláteis. Mas que essas amostras não representam de forma nenhuma os valores elevados e variados dos isótopos de cloro encontrados na maioria das rochas lunares.
O estudo agora publicado pela revista Science, contou com a colaboração de pesquisadores das universidades da Califórnia e do Texas, e do Laboratório Nacional Los Alamos.
O estudo anteriormente publicado registrou a presença de hidroxila em uma amostra de rocha da Lua. A hidroxila é, por assim dizer, um “parente próximo” da água - a hidroxila é OH, enquanto a água é H2O. Isso levou os cientistas a proporem que poderia haver água no interior da Lua, eventualmente mudando a teoria que explica a formação do nosso satélite natural.
Muito mais agressivas foram as universidades onde aquele estudo foi feito, que a partir daquelas conclusões, publicaram reportagens afirmando que “a Lua tem tanta água quanto a Terra”.
(Inovação Tecnológica)
Nota: Ou seja: sobre certos assuntos (i.e., vida em Marte, origem do universo e da vida, etc.) sabemos quase nada, mas queremos dizer muito.[MB]