Pode
parecer preconceito (e é!), mas para muita gente o famoso livro O Pequeno Príncipe, do francês Antoine
de Saint-Exupéry, ficou estigmatizado como um “livro de miss”. E de onde surgiu
esse apelido? Bom, de acordo com o Guia
dos Curiosos, do autor Marcelo Duarte, foi nos anos 70, quando parte da
imprensa brasileira reparou que as candidatas frequentemente citavam a obra
como seu livro de cabeceira. Além disso, as misses costumavam citar as frases
do personagem em seus discursos, como “só se vê bem com o coração, o essencial
é invisível aos olhos”. As candidatas ao título de mulher mais bonita do Brasil
deste ano mostraram que essa história de O
Pequeno Príncipe é uma tremenda bobagem. Entre as 27 candidatas, apenas uma
citou o livro (sim, ele ainda está presente no universo dos concursos de
beleza). A miss em questão foi a representante do Piauí, que justificou sua escolha
com a seguinte frase: “Porque fala sobre valores, sentimentos e relacionamento
de amor e amizade.” Assuntos que fazem parte e muito do universo desse tipo de
competição.
E
se vocês querem saber, o livro mais citado é muito mais antigo do que o amigo
de 70 anos. Cerca de 14,9% das misses de 2013 preferem a Bíblia. As
justificativas lembram muito as da escolha de O Pequeno Príncipe. Algumas dizem que “inspira”, outras porque traz
paz, ou então porque é cheia de “ensinamentos”.
Os
livros com inspiração religiosa ou de autoajuda também se destacam. Ao menos
11,1% das candidatas apontaram A Cabana, de William P. Young, como livro
favorito. Com a mesma porcentagem, outras preferiram O Segredo, de Rhonda Byrne. A obra O Futuro da Humanidade, do psiquiatra
Augusto Cury, também foi citada e ficou em terceiro lugar entre os mais lidos
pelas candidatas.
Porém,
nem só de autoajuda e religião vive o Miss Brasil. Algumas beldades
inovaram na escolha e citaram O Alienista,
de Machado de Assis, 1808, de
Laurentino Gomes, e até A Força Normativa
da Constituição, de Konrad Hesse. Este último foi uma escolha de Cristiana
Alves da Silva, do Rio Grande do Norte. “Explica a força normativa da
Constituição na concretização dos direitos fundamentais e da dignidade da
pessoa humana”, afirmou. Então, tá!
(Terra, via Livros Só Mudam as Pessoas)
Nota: Já é alguma (na verdade, grande) coisa (e esta é melhor ainda). Mas a Bíblia não deve ser lida apenas como um livro que “inspira” ou porque “é cheia de ensinamentos”. Ela é a Palavra de Deus, inspirada pelo Espírito Santo e é normativa na vida daqueles que creem em sua autoridade divina. Quem sabe, lendo-a, essas modelos encontrem o verdadeiro Modelo de vida. [MB]