GTA: um dos campeões de violência |
Diante
de estudos com conclusões discrepantes, os cientistas estão partindo para o “consenso”
quando o assunto são os videogames e
a violência. Em lugar do tradicional “comprovado pelos experimentos”, Brad
Bushman e seus colegas da Universidade do Estado de Ohio (EUA) apresentaram
agora dados que revelam que a maioria dos pesquisadores, dos pais e dos
pediatras concorda que a exposição à violência nas mídias eletrônicas pode
aumentar a agressividade das crianças. O estudo mostra que 66% dos cientistas,
67% dos pais e 90% dos pediatras concordam ou concordam fortemente que os videogames
violentos podem aumentar o comportamento agressivo das crianças. “Algumas
pessoas afirmam que não há consenso sobre se as mídias violentas podem aumentar
a agressividade em crianças, mas este estudo mostra que há consenso”, disse
Bushman.
Apesar
de ser discutível o valor científico de opiniões sobre um determinado assunto -
o chamado consenso -, o fato é que os dados mostram que os principais
envolvidos na questão acreditam que há razões para preocupações. A maioria
acredita que o comportamento agressivo das crianças pode ser incentivado não apenas
por videogames violentos, mas também
por filmes, programas de TV e sites da internet. No entanto, menos da metade
concorda que revistas em quadrinhos violentas ou literatura violenta tenha tais
efeitos nocivos sobre as crianças.
“Com
esse consenso geral sobre os efeitos nocivos da violência na mídia, pode
parecer surpreendente que algumas pessoas ainda questionem os efeitos da mídia
violenta sobre a agressão”, disse Bushman. “Uma razão importante é que as
pessoas não fazem distinção entre agressão e violência.” Atos violentos são
raros, reconhece ele, e são causados por muitos fatores atuando em conjunto. “Você
não pode prever um surto de fuzilar outras pessoas apenas com base na exposição
à violência na mídia ou qualquer outro fator”, disse Bushman.
Mas
a evidência é clara, segundo ele, DE que a exposição à violência pode prever
formas menos graves de agressão - ou, pelo menos, é isso o que a maioria acha.