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A
teoria prevalecente de que os mamíferos só prosperaram depois que o impacto de
um asteroide extinguiu os dinossauros há 66 milhões de anos é duplamente errônea, de acordo com um
estudo publicado nesta quarta-feira (8) na revista científica britânica Proceedings of the Royal Society B. Nossos
predecessores [sic] de sangue quente se desenvolveram e se espalharam ao longo
de milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista] enquanto os
tiranossauros e outros gigantes carnívoros reinavam no planeta, disseram os
pesquisadores. Além disso, esses mamíferos foram bastante prejudicados quando o
asteroide se chocou com a Terra, criando um incêndio hemisférico que foi
seguido por uma queda forte e prolongada da temperatura global. “A visão
tradicional é que os mamíferos foram suprimidos durante a ‘era dos dinossauros’”,
disse a coautora Elis Newham, doutoranda em biologia evolutiva na Universidade
de Chicago. “No entanto, nossas conclusões foram que os mamíferos (da subclasse)
theria - os ancestrais da maioria dos mamíferos modernos - já estavam se
diversificando consideravelmente antes do evento da extinção do
Cretáceo-Paleógeno”, também conhecido como fronteira K-Pg, que se refere à
extinção em massa dos dinossauros e de outros répteis gigantes.
Os
pesquisadores reuniram dezenas de estudos que desafiavam a antiga teoria. Mas a
chave para a nova conclusão, segundo eles, estava nos dentes. Uma análise de
centenas de molares de mamíferos que viveram durante os 20 milhões de anos [sic]
anteriores à fronteira K-Pg revelou uma enorme variedade de formas - um sinal
indicador de dietas variadas e
diversidade de espécies.
Os
cientistas ficaram surpresos ao descobrir um declínio acentuado no número de mamíferos após o choque do
asteroide. “Eu não esperava encontrar nenhum tipo de queda”, disse o autor
principal do estudo, David Grossnickle, também da Universidade de Chicago. “Isso
não estava em conformidade com a visão tradicional de que, após a extinção, os
mamíferos se multiplicaram”, acrescentou.
Mais
uma vez, os dentes ajudaram a tecer as conclusões, dessa vez revelando quais
mamíferos conseguiram cruzar a fronteira K-Pg, e quais não conseguiram. Aqueles
com molares que indicam uma dieta especializada - apenas insetos ou apenas
plantas, por exemplo - eram menos propensos a enfrentar o desastre do que
aqueles cujos dentes indicam que eles estavam prontos para mastigar tudo o que
estivesse disponível. [...]
A
extinção do Cretáceo-Paleógeno dizimou três quartos das espécies vegetais e
animais na Terra, incluindo todos os dinossauros que não podiam voar. Com
exceção de alguns crocodilos e tartarugas marinhas, não há nenhuma evidência de
que os tetrápodes - vertebrados de quatro membros - pesando mais de 25 quilos
tenham sobrevivido.
A
descoberta na década de 1990 da cratera de Chicxulub, de 180 km de largura,
abrangendo a Península de Yucatán e o Golfo do México, mostrou o local onde o
asteroide provavelmente se chocou. Após o evento K-Pg, novas formas de
mamíferos, como cavalos, baleias, morcegos e os primatas surgiram e se espalharam em um mundo livre de dinossauros.
Nota:
O mais interessante é que a “teoria prevalecente” sempre foi ensinada e
divulgada na mídia como verdade incontestável. Dinossauros sempre foram tidos
como os seres que dominaram o pedaço antes do “surgimento” os da grande diversificação
dos mamíferos. Pois a “teoria prevalecente” está caindo por terra. Os
criacionistas sempre ensinaram que, juntamente com os dinossauros, viviam
muitos outros animais, inclusive o ser humano. O quê?! Mas essa não é a “teoria
prevalecente”. Bem, teorias prevalecentes estão aí para serem desafiadas pelos
fatos. É só esperar pelo que ainda pode ser descoberto (e aceito). É
interessante, também, destacar que os pesquisadores perceberam um declínio das
formas de vida após a grande catástrofe. Isso também é previsto pelo modelo
diluvianista, por motivos óbvios. O que não parece combinar com os fatos é a
suposta causa da grande extinção em massa: o meteorito. Como já disse muitas
vezes aqui, para que haja fossilização é preciso soterramento instantâneo sob
água e lama. Fósseis bem preservados (inclusive com tecidos moles) são encontrados em todos os continentes. O meteorito de Yucatán pode até
fazer parte de um evento catastrófico maior, mas dificilmente poderia ser,
sozinho, a causa da grande extinção e da fossilização de bilhões de seres
vivos. Os pesquisadores ainda chegam lá. É só continuar usando as pás e os
microscópios e deixar de lado o preconceito. [MB]