Ciência é busca da verdade, que
liberta de superstições. É confronto de hipóteses à luz dos dados. A Teoria do
Design Inteligente (TDI) é ciência de detecção de design, que distingue efeitos de causas naturais daqueles de causas
inteligentes. A TDI argumenta com leis (exemplo: biogênese) e critérios
(complexidade irredutível, informação, antevidência e ajuste fino), segue o
método científico (observação, hipótese, experimentos e conclusão) e se
alicerça só em dados: da física, da bioquímica, da biologia, da cosmologia e de
ciências afins.
É falseável, pois detalha suas teses;
faz previsões acertadas, como a riqueza genética do “DNA ex-lixo” e a utilidade
dos “órgãos vestigiais”, como o apêndice. É defendida por milhares de
cientistas, alguns laureados com o Nobel, que publicam artigos e livros, como A Caixa Preta de Darwin, Signature in the Cell, Darwin’s Doubt, Darwin Devolves e Foresight.
TDI é ciência, e em sua mais pura essência.
A TDI defende Deus? Falso! Se Ele é
Deus, não carece de defesa. Defendemos a ciência. Aponta para um criador? Fato!
Mas a evolução não aponta para a inexistência dele? O biólogo evolutivo Richard
Dawkins não se declarou intelectualmente realizado como ateu após Darwin? Seria
a evolução uma vertente do ateísmo? Cientistas, como Francis Collins, são criacionistas
evolutivos. Eu, teísta, assim o fui. Seria a evolução uma vertente do
criacionismo? Antony Flew – o maior ateu do século 20 – tornou-se um defensor
da TDI. O astrônomo Fred Hoyle era ateu, mas optou pelos ETs como seu designer.
Seria a TDI uma vertente do ateísmo
ou da panspermia? O filósofo David Berlinski e o bioquímico Michael Denton são
agnósticos e defendem a TDI. Seria a TDI uma vertente do agnosticismo? Sejamos
honestos: tanto a evolução quanto a TDI, enquanto ciência, acomodam diferentes
posições filosóficas e teológicas: é inevitável! É desonesto invocar essas
posições no debate.
Um designer metafísico não pode ser
estudado pela ciência? Fato! Mas a TDI não estuda o designer, nem se arrisca;
avalia só a obra – o universo e a vida. A TDI é ciência análoga ao programa
Seti (Busca por Inteligência Extraterrestre, na sigla em inglês), às ciências
forenses e à arqueologia. Aplicaram a metodologia de detecção de design do Setiao DNA, e publicaram o
artigo “The ‘Wow! signal’ of the terrestrial genetic code” (Icarus, 2013). Há Design Inteligente
(DI) detectável no DNA.
A teoria da evolução é consenso e
mais lei do que a gravidade? Falso! Veja os “Dissidentes de Darwin”: mais de
mil bravos cientistas. Sociedades de DI se espalham pelo mundo. Quem ousaria
desafiar Darwin, se absoluto fosse? Congressos tentam “salvar” a evolução, como
o “New Trends in Evolutionary Biology” (Royal Society, 2016). Lá, disseram:
“Não sabemos como a Evolução fez, só não foi por DI!”
Adaptações ocorrem? Fato! Mas são
frutos de “DI genético” e se limitam às famílias, como experimentos
equivalentes a “milhões de anos” demonstraram. Tentilhões continuam tentilhões;
vírus, vírus; celacanto, celacanto. Mutações criam máquinas moleculares de novo
e sofisticam a vida? Falso! Não há sequer um exemplo disso na literatura.
O registro fóssil confirma Darwin?
Falso! A explosão cambriana – o surgimento repentino de diversos e complexos
animais no período Cambriano – e a carência de formas transicionais demonstram
que não.
Não se iluda com “discursos”. Ninguém
desqualifica adversários como “hereges religiosos” se fosse possível refutar
suas teses. A TDI é a maior novidade científica sobre nossas origens. Revigora
a ciência; a resgata do dogma materialista. Cresce no mundo todo, pois é
ciência pura. O filósofo Thomas Kuhn previu o “pânico acadêmico” de quebras de
paradigmas, como esse que o Design Inteligente causa, e a dificuldade de
desviar o “Titanic darwinista”. Mas estamos virando o leme! A verdade vencerá –
quem viver, verá
(Marcos
Eberlin é presidente da Sociedade Brasileira de Design Inteligente (TDI
Brasil), doutor em química pela Unicamp e tem pós-doutorado pela Universidade
de Purdue, EUA; texto publicado na Folha de S. Paulo)