terça-feira, fevereiro 10, 2015

Aquecimento global: um escândalo científico

Garoto-propaganda do ECOmenismo
Novos dados sugerem que o “desaparecimento” do gelo polar não seja resultado de aquecimento global galopante

Quando as gerações futuras olharem para trás, para o alarme do aquecimento global nos últimos 30 anos, nada vai chocá-las mais do que a constatação de que os registos oficiais de temperatura – nos quais todo o pânico se apoiava em última instância – foram sistematicamente “ajustados” para mostrar a Terra como tendo aquecido muito mais do que os dados reais comprovavam. Há duas semanas, sob o título “Como estamos sendo enganados com dados errados sobre o aquecimento global”, escrevi sobre Paul Homewood que, em seu blog “Not a lot of people know that”, tinha contrastado os gráficos de temperatura publicados por três estações meteorológicas no Paraguai com as temperaturas que haviam sido originalmente registradas. Em cada exemplo, a tendência atual de 60 anos de dados tinha sido dramaticamente invertida, de modo que uma tendência de arrefecimento foi alterada para uma que apresentou um aquecimento significativo.

Esse foi apenas o último de muitos exemplos de uma prática há muito reconhecida por especialistas observadores ao redor do mundo – o que levanta um ponto de interrogação cada vez maior sobre todo o registro oficial de temperatura de superfície.

Após o meu último artigo, Homewood verificou o resgistro de outras estações meteorológicas da América do Sul em torno das três originais. Em cada caso, ele encontrou as mesmas suspeitas de “ajuste” em sentido único. Primeiro esses foram feitos pela Global Historical Climate Network (GHCN) do governo dos EUA. Foram depois amplificados por dois dos principais registros oficiais de superfície, do Instituto Goddard de Estudos Espaciais (GISS) e do Centro Nacional de Dados Climáticos (NCDC), que usam as tendências de aquecimento para estimar as temperaturas ao longo das vastas regiões da terra onde não há medições. Contudo, estes são os registros de que cientistas e políticos dependem para a sua crença no “aquecimento global”.

Homewood voltou agora sua atenção para as estações meteorológicas em grande parte do Ártico, entre o Canadá (51 graus Oeste) e o coração da Sibéria (87 graus Este). Mais uma vez, em quase todos os casos, os mesmos ajustes de sentido único foram feitos, para mostrar aquecimentos de 1 grau Celsius ou mais elevado do que foi indicado pelos dados que foram registrados. Isso surpreendeu nada menos do que Traust Jonsson, que esteve muito tempo como responsável de pesquisa do clima no gabinete de meteorologia da Islândia (e com quem Homewood tem estado em contacto). Jonsson ficou espantado ao ver como a nova versão “faz desaparecer” completamente os “anos de gelo do mar” da Islândia, por volta de 1970, quando um período de arrefecimento extremo quase devastou a economia de seu país.

Um dos primeiros exemplos desses “ajustes” foi exposto em 2007 pelo estatístico Steve McIntyre, quando descobriu um artigo publicado em 1987 por James Hansen, o cientista (mais tarde virou fanático ativista do clima) que por muitos anos liderou o GISS. O gráfico original de Hansen mostrou as temperaturas no Ártico como tendo sido bem mais altas por volta de 1940 do que em qualquer momento desde então. Mas, como Homewood revela em seu post “Ajustes de temperatura transformam a história do Ártico”, o GISS virou isso ao contrário. As temperaturas do Ártico a partir desse momento foram tão abaixadas que já estão diminuídas pelas dos últimos 20 anos.

O interesse de Homewood no Ártico acontece, em parte, porque o “desaparecimento” de seu gelo polar (e dos ursos polares) tornou-se como um “garoto-propaganda” para aqueles que tentam nos convencer de que somos ameaçados pelo aquecimento galopante. Mas ele escolheu esse trecho específico do Ártico porque é onde o gelo é afetado por água mais quente trazida por mudanças cíclicas numa grande corrente atlântica - esta última atingiu o pico há 75 anos, quando o gelo ártico recuou ainda mais do que tem feito recentemente. O derretimento do gelo não é de todo causado pelo aumento das temperaturas globais.

De muito mais sério significado, porém, é a maneira como essa manipulação geral do registro oficial de temperatura - por razões que o GHCN e o GISS nunca explicaram plausivelmente - se tornou o verdadeiro elefante na sala do maior e mais caro alarme que o mundo conheceu. Isso realmente começa a parecer como um dos maiores escândalos científicos de todos os tempos.

(The Telegraph; tradução de Filipe Reis)

Nota: Quero repetir aqui algo que nunca é demais deixar claro: não nego que possa estar havendo algum tipo de aquecimento global. O que questiono (e não sou o único) é se o ser humano seria o fator primordial (o principal culpado) nesse processo. Se a culpa for nossa, devemos aceitar qualquer imposição que nos for feita para amenizar as consequências do estrago que estamos fazendo. É verdade que muitas das propostas para reduzir ou frear o aquecimento (independentemente de sermos ou não capazes de fazer isso) são boas, como é o caso da redução da emissão de gases poluentes. Mas há, também, outros interesses (os quais têm sido chamados de ECOmenismo) que poderão tolher a liberdade de pessoas que nada têm que ver com essa história toda. Se tiver interesse em conhecer um ponto de vista sobre esse assunto, assista ao vídeo abaixo. [MB]

Vida artificial ou comprovação de design

Nem brincar de Deus conseguem
O que os cientistas têm conseguido é provar que mesmo a cópia da vida necessita ser projetada

Poucos anos atrás, os principais jornais brasileiros anunciaram que o ser humano havia “criado” vida em laboratório. O Globo foi o mais enfático: “Criada vida artificial.” A Folha de S. Paulo também deu a manchete: “Ciência cria primeira célula sintética.” O artigo original foi publicado na revista Science, e a história não é bem assim. O que os cientistas financiados pela empresa americana Synthetic Genomics fizeram foi copiar o DNA de uma bactéria e depois introduzi-lo em uma bactéria de outra espécie. Esta passou a se reproduzir, replicando as características impressas pelos pesquisadores. Foi, sem dúvida, uma grande façanha científica, mas não uma “revolução”, como alguns jornais apontaram. [Continue lendo.]


segunda-feira, fevereiro 09, 2015

O dedo mutilado de Deus

Fidelidade x rebeldia
Repassei seus comentários sobre a lição dominical dos assembleianos (confira aqui) para várias pessoas, com o título acima. Vou tentar explicar por que, afirmando que o pecado é separador e opositor por excelência. As coisas, quando envolvidas pelo mal, tornam-se antitéticas e se dividem. Apenas o bem une, integra; portanto, quando vemos categorias contrapostas, podemos perceber um princípio separador subjacente atuando. Que podemos dizer, então, de uma teologia que opõe graça à lei, corpo à alma, Antigo Testamento a Novo Testamento, nova aliança à velha aliança, sábado institucional a sábado legal, etc.? Sempre foi papel de Satanás desintegrar o que Deus integrou, a fim de obstruir nossa compreensão de Deus e de Sua verdade. Essa obstrução é ainda mais sutil quando reconhecemos que existem, de fato, opostos verdadeiros (como mal x bem, por exemplo). Eis aí a questão.

Se existem opostos verdadeiros e opostos falsos, em qual deles poderíamos colocar a oposição sábado x domingo? É um oposto verdadeiro, visto que sabemos existir um falso dia de culto que se contrapõe ao verdadeiro dia; mas a má teologia, além de criar um oposto verdadeiro, também criou vários opostos falsos. Como enfrentar o desafio provocado por essas dicotomias? Desenvolvendo uma mente crítica e, acima de tudo, submissa ao controle do Espírito Santo.

É de se notar, por conseguinte, que na controvérsia entre criacionistas e evolucionistas (outro par de opostos verdadeiros), percebemos a mesma falta de boa vontade em se render às evidências. O problema, talvez, não seja tanto uma questão de se render às evidências, mas de se render Àquele que tem a soberania absoluta sobre todas as coisas. E, assim, chegamos ao último par de opostos deste texto que deslinda toda a questão: autoridade divina x autonomia humana.

Se não há uma justificativa ética para se observar o sábado, há a maior de todas as justificativas: o soberano Deus foi quem criou todas as coisas e possui jurisdição sobre todas elas. O mundo deliberadamente deu as costas a Deus e tratou de construir uma teologia que lhe justifique. A rejeição do sábado implica diretamente a rejeição da autoridade absoluta de Deus sobre todas as coisas. É por isso que há uma grande distinção entre fé e crença. A primeira é relacional, enquanto que a segunda envolve apenas assentimento intelectual.

Aqueles que creem que Deus existe podem até também crer em Sua Palavra, mas, na verdade, não têm fé nEle, pois a fé envolve um relacionamento de obediência fundamentada no amor. Enquanto a fé é dinâmica, a crença é passiva e passividade não vai levar ninguém para o Céu.

Existem, evidentemente, muitos outros opostos e poderíamos falar deles indefinidamente. Finalizo dizendo que faríamos bem em atentar para o fato de que a boa teologia é essencialmente integrativa e é a ela que devemos nos volver para nos ajudar na nossa jornada por este mundo escuro.

(Cláudia Rezende Morales é servidora do Tribunal Regional Federal da 2ª Região no Rio de Janeiro)

domingo, fevereiro 08, 2015

Isaac & Charles: Casa sem tijolos?

Conheça a página da tirinha no Facebook e o blog.

sexta-feira, fevereiro 06, 2015

Descoberta sobre o Big Bang virou poeira

Fatos detonaram a "descoberta"
Certamente todos se lembram da festa entre os cientistas no ano passado, quando veio à tona o anúncio da descoberta de evidências das ondas gravitacionais primordiais, flutuações que teriam sido causadas pela inflação cósmica, período do Universo no qual ele teria aumentado de tamanho de forma dramática em uma fração de segundos. A descoberta foi comemorada não só como uma evidência do Big Bang, mas como efeito previsto por uma das hipóteses sobre os primeiros momentos do nosso universo. Os cientistas usaram os dados do telescópio BICEP2 para medir a polarização da radiação cósmica de fundo, e esta estava de acordo com a previsão da teoria. Faltava apenas o veredito da equipe de cientistas do satélite Planck, que deveria confirmar a descoberta. Depois, era só esperar o Nobel.

O problema maior apontado na época era que o modelo da distribuição da poeira galáctica, usado para descontar o efeito dela sobre a radiação cósmica de fundo, poderia ser falho. A poeira interestelar também pode emitir luz polarizada, por isso os astrônomos do BICEP2 procuraram a região que parecia ter muito pouca luz polarizada vinda de poeira.

Entretanto, de lá para cá, a descoberta foi ficando cada vez mais em xeque. Novos estudos apontaram que a luz polarizada emitida por poeira interestelar poderia ser maior do que supunham os astrônomos do BICEP2. O golpe final veio em setembro, quando pesquisadores europeus usaram os dados do satélite Planck para mostrar que as leituras obtidas pelo BICEP2 provavelmente eram devidas à poeira interestelar. A confirmação veio na última semana.

O resultado atual (não existe resultado final em ciências) é que a evidência da inflação não era evidência. Não dá para descartar o modelo da inflação por conta disso, mas é preciso realizar mais trabalhos para encontrar as provas previstas por esse modelo. Agora, é voltar ao laboratório e procurar novas evidências.


Nota: O site Inovação Tecnológica publicou isto: “A teoria da inflação cósmica, elaborada há cerca de 30 anos por Alan Guth e Andrei Linde, propõe que essa fase de crescimento exponencial do Universo nas frações de segundo após o Big Bang deixaria marcas na radiação cósmica de fundo, uma radiação de micro-ondas presente em todo o céu e que os cientistas acreditam ser um resquício do Big Bang. [...] O anúncio da ‘descoberta’, feito em março do ano passado, foi saudada [sic] por algumas revistas como a ‘descoberta do século’, mas imediatamente suscitou questionamentos de vários cientistas, que contestaram os dados do BICEP2 alegando justamente que a polarização detectada poderia ser devida à poeira presente na galáxia. E o ‘mico’ parece ter sido pago por uma prática pouco condizente com o rigor científico: em sua medição, os cientistas usaram um mapa da radiação cósmica de fundo sem nenhum detalhamento, retirado de uma apresentação feita em um congresso.”

Note que a própria famosa radiação de fundo é a base da crença dos cientistas de que teria havido um Big Bang. Com base numa hipótese, supõe-se que, se o Universo se expandiu a partir de um ponto, ele ainda estaria em expansão. Aí surgiu a segunda hipótese, fundamentada na primeira. Mas essa também não conta com evidências conclusivas. Infelizmente, muitas pessoas que leem sobre essas ideias ou assistem a documentários e programas de TV creem que elas são fatuais. Quantos saberão que a tal “descoberta do século” era falsa? Quem vai pedir desculpas pelo estardalhaço/sensacionalismo feito na mídia?

A conclusão da matéria acima é reveladora: “Não dá para descartar o modelo da inflação por conta disso, mas é preciso realizar mais trabalhos para encontrar as provas previstas por esse modelo. Agora, é voltar ao laboratório e procurar novas evidências.” Quando a hipótese interessa aos naturalistas, mesmo que careçam de evidências, eles trabalham em cima dela. Não a descartam e saem à busca de novas evidências. No entanto, quando o assunto é design inteligente e/ou criacionismo, eles nem se dão ao trabalho de analisar os argumentos. [MB]

Francisco será 1º papa a discursar no Congresso americano

Evento histórico e profético
“Será o primeiro papa na história a se dirigir ao Congresso em uma sessão conjunta”, disse o presidente republicano da Câmara de Representantes, John Boehner, à imprensa no Capitólio. “Estamos comovidos que o santo papa tenha aceitado nosso convite.” O papa havia sido convidado formalmente em março de 2014 por Boehner, com o apoio da líder democrata da Câmara, Nancy Pelosi. Ambos os chefes parlamentares são católicos. Francisco havia confirmado no ano passado que iria aos Estados Unidos em setembro para participar de um congresso da Igreja Católica na Filadélfia. Estamos “honrados e encantados de que Francisco, o primeiro pontífice nascido na América, tenha aceitado nosso convite”, disse Nancy Pelosi. O papa “renovou a fé dos católicos de todo o mundo e inspirou uma nova geração de pessoas, sem importar a religião, a converterem-se em instrumentos de paz”, completou. “Estamos ansiosos para escutar seu chamado para vivermos de acordo com nossos valores, a proteger os pobres e os necessitados e a promover a paz”, continuou. Após as eleições de novembro, ambas as câmaras do Congresso ficaram nas mãos do partido republicano.


Nota: Estude com atenção e oração Apocalipse 13 e tire suas conclusões. [MB]

Vulcões submarinos: novo fator para mudanças climáticas

Erupções submarinas afetam o clima
As vastas cadeias de vulcões escondidas no fundo dos oceanos são vistas por muitos cientistas como “gigantes gentis”, expelindo lava a um ritmo lento e constante ao longo das fissuras no leito marinho. Mas um novo estudo mostra que elas se agitam em ciclos regulares, que variam de duas semanas a cem mil anos, entrando em erupção quase exclusivamente nos primeiros seis meses de cada ano. E tais pulsos, aparentemente ligados a variações de curto e longo prazo na órbita da Terra e no nível do mar, podem ajudar a dar a partida em mudanças climáticas naturais. Os cientistas há tempos especulam que os ciclos de atividade dos vulcões em terra, ao emitir grandes quantidades de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, poderiam influenciar no clima, mas até agora não existiam evidências de que os vulcões submarinos também poderiam contribuir com tais fenômenos. Assim, o estudo sugere que os modelos da dinâmica natural do clima do planeta e, por consequência, as mudanças climáticas que estariam sendo causadas pela ação humana devem ser ajustados para incluir esses ciclos.

“As pessoas têm ignorado os vulcões nos leitos oceânicos baseadas na ideia de que sua influência é pequena, mas isso acontece apenas porque elas presumem que eles têm uma atividade constante, o que não é verdade”, conta Maya Tolstoy, pesquisadora do Observatório da Terra da Universidade de Columbia (EUA) e autora do estudo, publicado ontem no periódico científico Geophysical Research Letters. “Eles respondem a forças muito grandes e muito pequenas, e isso nos diz que devemos observá-los mais de perto.”

As fissuras com atividade vulcânica submarina cortam o leito oceânico como as costuras de uma bola de futebol, totalizando cerca de 60 mil quilômetros de extensão. Essas fissuras são os locais de crescimento das placas tectônicas: à medida que a lava é expelida, ela forma novas extensões do fundo do mar, que responde por cerca de 80% da crosta terrestre. Por muito tempo, o consenso era de que elas entravam em erupção a um ritmo constante, mas Maya descobriu que as fissuras na verdade estão apenas passando por uma fase de calmaria atualmente.

Mesmo assim, Maya calcula que essas fissuras produzem oito vezes mais lava anualmente do que os vulcões em terra. Graças à química peculiar de seu magma, no entanto, a quantidade de dióxido de carbono emitida pelas erupções submarinas é aproximadamente a mesma, ou até um pouco menor, do que a lançada pelos vulcões terrestres: cerca de 88 milhões de toneladas por ano. Mas, quando elas entram nos períodos de grande atividade, suas emissões de CO2 disparariam, num processo que faria parte dos longos ciclos naturais de aquecimento e esfriamento do planeta.

“Isso pode claramente ter implicações na quantificação e na caracterização das variações climáticas em períodos que vão de décadas a centenas de milhares de anos”, diz Daniel Fornari, pesquisador do Instituto Oceanográfico Woods Hole e que não participou do estudo de Maya.

Nota: Outro fator que pode influenciar nas mudanças climáticas são os raios cósmicos (conforme destaquei aqui). A tentativa de culpar apenas ou principalmente o ser humano pelo aquecimento global atende aos interesses da agenda ecomênica. [MB]

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quinta-feira, fevereiro 05, 2015

Organismo que não evoluiu é prova da evolução?

"Dois bilhões de anos" inalterado
Uma equipe internacional de cientistas descobriu um tipo de micro-organismo que não parece ter evoluído ao longo de mais de dois bilhões de anos [segundo a cronologia evolucionista]. E o mais surpreendente: essa falta de evolução suporta 100% a teoria da evolução de Charles Darwin. Os cientistas examinaram bactérias de enxofre, microrganismos demasiado pequenos para vermos a olho nu, de 1,8 bilhão de anos, preservados em rochas de águas costeiras da Austrália Ocidental. Utilizando tecnologia de ponta, eles descobriram que as bactérias têm a mesma aparência que bactérias da mesma região de 2,3 bilhões de anos atrás, e ambos os organismos antigos são indistinguíveis de bactérias modernas de enxofre encontradas na costa do Chile. Os escritos de Charles Darwin sobre evolução se concentraram muito mais em espécies que mudaram ao longo do tempo do que nas que não mudaram. Mas a “não mudança” também tem uma explicação.

“A regra da biologia é não evoluir a menos que haja mudanças no ambiente físico ou biológico”, disse William Schopf, professor de ciências terrestres, planetárias e espaciais na Universidade da Califórnia em Los Angeles, nos EUA. O ambiente em que esses microrganismos vivem se manteve essencialmente inalterado por três bilhões de anos. Sendo assim, eles estão bem adaptados a esse ambiente estável e não precisam mudar, ou seja, evoluir. “Se eles estivessem em um ambiente que não se alterou, mas tivessem, no entanto, evoluído, isso teria indicado que a nossa compreensão da evolução darwiniana estava seriamente errada”, acrescenta Schopf.

Porém, os resultados fizeram exatamente o contrário: forneceram mais uma prova científica do trabalho de Darwin. “Se encaixam perfeitamente com as suas ideias”, conclui o pesquisador. [...]


Nota: Isso é que é teoria polivalente e camaleônica! Me faz lembrar da notícia do cérebro que está encolhendo (confira aqui). E de muitas outras notícias de achados de “fósseis vivos”, cujos exemplares vivos são idênticos a seus ancestrais de supostos milhões de anos (confira aqui, aqui, aqui e aqui). O que dizer, também, de genes que, a despeito de “pressões evolutivas” a que foram submetidos, não mudaram porque não poderiam mudar, caso contrário, a vida desandaria? É o caso do homeobox e do boule. A lenda ideia macroevolutiva só pode ser sustentada pela interpretação imaginativa dos evolucionistas a partir do registro fóssil. Quando se tem acesso aos exemplares vivos de seres supostamente muito antigos fossilizados, o que se percebe é ausência de macroevolução e seres criados “segundo a sua espécie” (tipo). Mas, para os evolucionistas, fica assim: se consideram que o ser vivo mudou ao longo das eras, isso prova a evolução. Se ele não mudou nada ao longo das eras, isso também prova a evolução. Pelo visto, se um sanduíche vegetariano tiver pouco sal ou se um lenço de seda pink cair da bolsa preta de uma moça loira na França, isso também será prova da evolução! Uma teoria que explica tudo não explica nada. O fato é que as únicas mudanças reais observadas na natureza não suportam a macroevolução; trata-se simplesmente de diversificação de baixo nível ou “microevolução”. [MB]

Maior roedor do mundo mordia com a força de um tigre

Concepção artística do bichão
Os resultados da análise, que foram publicados na revista Journal of Anatomy, sugerem que seguramente o roedor utilizava esses dentes de 30 centímetros não só para comer, mas também para desenterrar alimentos e se defender, da mesma forma que fazem os elefantes. Os modelos informáticos do Josephoartigasia monesi, que se acredita ter vivido no plioceno, no que hoje é o Uruguai, confirmam que esse parente do porquinho-da-índia e da pacarana tinha o tamanho de um búfalo e pesava em torno de uma tonelada. Segundo o estudo divulgado hoje, embora a força da mordida do animal fosse equivalente à de um tigre, seus longos incisivos podiam suportar pressões três vezes maiores.

Na época em que viveu na América do Sul, entre dois e quatro milhões de anos atrás [segundo a cronologia evolucionista], proliferavam os mamíferos de grande tamanho, como os primeiros mamutes.

Para analisar como funcionava a mandíbula do maior roedor conhecido, os cientistas fizeram um scanner do crânio incompleto achado no Uruguai e o reconstruíram digitalmente. Depois mediram a força da mandíbula com um programa que avalia as pressões em objetos complexos. “Chegamos à conclusão de que o Josephoartigasia monesi utilizava seus incisivos para outras atividades além de morder, como escavar para buscar alimentos e para se defender dos predadores”, declarou o diretor do estudo, Philip Cox, anatomista na universidade inglesa de York. “Isso seria similar a como um elefante moderno age”, especificou.

(Efe)

Nota: Animais antigos de grande porte são previstos no modelo criacionista. É bom lembrar, também, que certos animais como o gorila, se existissem apenas na forma fóssil, poderiam ser classificados como carnívoros, devido à sua dentição; e outros, tidos como carnívoros, foram reavaliados e declarados herbívoros (confira). O fato é que se sabe bom pouco do comportamento dos animais “pré-históricos”, pois tudo o que se tem deles são fósseis (em alguns casos, apenas fragmentos). Quem sabe se todos os seres vivos não usavam suas presas e garras para comer alimentos como raízes? [MB]

quarta-feira, fevereiro 04, 2015

Programas como o Big Brother emburrecem

Influência sutil, mas significativa
A ciência diz [na verdade, os cientistas é que dizem] que quando as pessoas não pensam criticamente sobre o que estão consumindo numa mídia correm o risco de “assimilar características mentais expostas”. Em outras palavras, assistir a um programa medíocre como o Big Brother deixa você mais burro. Você não precisa ser muito esperto para saber que o Big Brother é um lixo. Entre as piores desculpas para assistir ao programa, uma delas é que ele é “desestressante” e “inofensivo” (qualquer coisa com Pedro Bial declamando poema não pode ser descrita dessa maneira, mas vamos adiante). Bem, não é inofensivo. Ao contrário. É emburrecedor, cientificamente falando. Um estudo conduzido por Markus Appel, professor associado da Universidade de Linz, na Áustria, concluiu que quando as pessoas não pensam criticamente sobre o que estão consumindo numa mídia correm o risco de “assimilar características mentais expostas”. Em outras palavras, a estupidez de participantes e apresentadores de absurdos como o BBB é danosa à saúde, ainda que temporariamente.

“Não é como uma doença que você pode ter por um longo tempo. Nós não estamos dizendo que você será prejudicado um dia depois de ler um livro estúpido ou ver um programa de TV ruim”, disse Appel. “Mas a pesquisa mostrou que o desempenho em testes de conhecimento é prejudicado por esse tipo de coisa.”

Num experimento com 81 pessoas, Appel pediu a diferentes grupos que lessem um roteiro que contava o caso de Meier, um hooligan alcoólatra e intelectualmente debilitado. Metade recebeu a instrução de pensar de maneira diferente do protagonista, enquanto a outra metade não teve instrução nenhuma antes de ler. Em seguida, todos fizeram um teste. O grupo que fez uma leitura crítica se saiu muito melhor – um processo que Appel considera ser responsável por manter longe do efeito contagioso da imbecilidade. Conhecimento geral não é o mesmo que QI, é claro. Mas os resultados, de acordo com Appel, “ajudam a reforçar a tese de que as pessoas são influenciadas de maneira sutil, mas significativamente, por produtos de baixa qualidade”.

Bella, uma bailarina do BBB 14, parecia ter alguma consciência do nível de indigência da atração criada pelo hoje milionário John De Mol. Há algumas semanas, foi flagrada pela TV numa dúvida. “Será que as pessoas ‘faz’ isso mesmo, ‘compra’ [o pacote para ver o BBB]? Tem mais o que fazer, não, que ficar vendo umas conversa ‘troncha’ (sic) que nem essa...” Inteligente essa Bella

Deuses nórdicos voltarão a ser adorados na Finlândia

Sumo sacerdote Hilmarsson
Começa este mês a ser erigido na Finlândia um novo templo aos deuses nórdicos, o primeiro desde os tempos da era Viking. O paganismo nórdico foi suplantado há mais de mil anos com a introdução do cristianismo no norte da Europa, mas os deuses do panteão nórdico, como Thor e Odin, nunca deixaram de ter seguidores. A religião é conhecida sob a designação de Ásatrú. Existe uma associação, a Asatruarfelagid, fundada em 1972, que promove a fé naquelas deidades e anunciou para este mês o início da construção de um templo, numa colina nos arredores de Reiquiavique. O sumo sacerdote da Asatruarfelagid, Hilmar Örn Hilmarsson, afirmou numa entrevista à televisão pública islandesa, RÚV, que o edifício terá cerca de 350 metros quadrados, forma circular, um teto com uma cúpula móvel, com capacidade para 250 pessoas. A construção estará completa no próximo ano.

A Asatruarfelagid realiza casamento, batizados e funerais, rituais relativos ao nascimento e à iniciação de adolescentes nessas crenças. Alguns aspetos tradicionais, como sacrifício de animais, foram abolidos. Um aspeto relevante é que esta associação tem visto aumentar o número de adesões. No fim de 2014, tinha 2.400 membros numa população total de 330 mil na Islândia.



Nota: O avanço do neopaganismo e também do islamismo na Europa se deve à “castração” do cristianismo. Há muito tempo que o continente europeu “domesticou” o cristianismo, transformando-o numa religião de tradições, de meras formalidades. A sociedade se secularizou, mas o anseio pelo transcendente permanece no coração humano, porque o ser humano foi criado para ser espiritual. Afastadas do Deus vivo e verdadeiro – Aquele que criou o Universo e cuja sepultura está vazia –, as pessoas buscam saciar a fome da alma em qualquer fonte, ainda que seja a de deuses criados à imagem e semelhança dos homens – guerreiros, irascíveis, sanguinários. Cristianismo tornado irrelevante deixa de ser uma proteção contra crendices, superstições e fanatismos. Que sirva de lição para nós que vivemos num país que se julga cristão. [MB] 

terça-feira, fevereiro 03, 2015

Escola Dominical ataca o quarto mandamento

Neste trimestre, os irmãos da igreja Assembleia de Deus estão estudando em suas escolas dominicais o tema “Os Dez Mandamentos: Valores divinos para uma sociedade em mudança”. Até agora, tudo vinha muito bem. Estudaram o primeiro mandamento. O segundo e o terceiro. Mas eis que chega o quarto, e o esperado acontece: dizem que esse mandamento não é bem assim; é “controverso”. Temos que amar a Deus sobre todas as coisas? Sim, claro. Não devemos adorar imagens? Sem dúvida. Não tomar o nome de Deus em vão? Jamais. Lembre-se do dia de sábado – o sétimo dia da semana – para santificá-lo? Aí, não. Esse mandamento era apenas para os judeus e foi “cravado na cruz” – as desculpas de sempre. Lamentável! Será que o autor (ou autores) desse guia de estudo tem noção do estrago que está fazendo ao desencaminhar tantas pessoas? Afinal, a Assembleia de Deus é a maior denominação evangélica do Brasil. Se ele (ou eles) estiver errado, estará atacando um dos dez mandamentos da sagrada e imutável (Mt 5:17-19) lei de Deus, escrita com o dedo dEle (Êx 31:18). Imagine se considerássemos o “não matarás” ou o “não adulterarás” também controversos, passíveis de interpretação? Abriríamos mais ainda a porta ao pecado e à transgressão. Então por que apenas um mandamento, o quarto, é considerado “controverso”? Vamos analisar essa questão, em benefício dos irmãos assembleianos e de todos os interessados no assunto. Para isso, é muito importante que você confira os textos bíblicos citados e acesse todos os links abaixo. E que faça isso com oração, pedindo orientação dAquele que inspirou a Palavra de Deus, o Espírito Santo.

A lição nº 6 da Escola Dominical deste trimestre (que pode ser lida aqui) começa afirmando que “o sábado é um presente de Deus para o povo de Israel” e que “a fé cristã é isenta de toda forma de legalismo”, já dando o tom do que vem a seguir. Para começo de conversa, o sábado foi dado “por causa do homem [ser humano]” (Mc 2:27), no Éden, para Adão e Eva, antes de existirem judeus ou quaisquer outros povos sobre a Terra (Gn 2:1-3). Aliás, esse texto menciona que Deus fez três coisas muito especiais e irrevogáveis no sétimo dia da criação: Ele descansou (cessou Sua obra e deu exemplo do que fazer no sábado), santificou (separou para um propósito especial) o sétimo dia e o abençoou (o que Deus abençoa ninguém pode “desabençoar”). Guardar o sábado, portanto, não tem nada a ver com legalismo, muito pelo contrário, tem a ver com celebração e adoração.

O guia prossegue: “Deus celebrou o sétimo dia após a criação e abençoou este dia e o santificou (Gn 2.2,3). Aqui está a base do sábado institucional e do sábado legal. O sábado legal não foi instituído aqui; isso só aconteceu com a promulgação da lei.” Essa separação entre o sábado institucional e o legal é inteiramente artificial. Prova disso é que em Êxodo 16, antes de terem sido dadas as tábuas com os dez mandamentos, o povo hebreu já estava sendo orientado a guardar o sábado. Neste momento, é muito importante que você leia este texto (“O sábado antes do Sinai”) e assista a este vídeo (clique aqui), com o mesmo título. Leia e assista com atenção, porque mais adiante o guia de estudos assembleiano chegará ao ponto de afirmar que os patriarcas não guardaram o sábado!

“O sábado institucional, portanto, não se refere ao sétimo dia da semana; pode ser qualquer dia ou um período de descanso”, afirma o guia. Como assim? De ponta a ponta, no Antigo e no Novo Testamento, a Bíblia é clara em afirmar que o sábado da lei moral (tanto o “institucional” quanto o “legal”, para usar a linguagem artificial do guia) é o sétimo dia da semana. De acordo com Êxodo 20:8-11, o sábado é o memorial da criação e deve ser guardado/celebrado justamente porque Deus criou em seis dias literais de 24 horas. Os adventistas são criacionistas exatamente (e principalmente) por esse motivo, e pregam o que está escrito em Apocalipse 14:6 e 7, ou seja, que devemos adorar “Aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas” (numa alusão clara ao texto de Êxodo 20:8-11). Se o sábado pode ser qualquer dia da semana, por que os evangélicos insistem, então, no domingo? Não deveriam guardar nem defender qualquer dia santo, e simplesmente riscar da Bíblia deles o quarto mandamento.

Como eu havia dito há pouco, o guia afirma que “os patriarcas não guardaram o sábado. O livro de Gênesis não menciona os patriarcas Abraão, Isaque e Jacó observando o sábado”. Se isso fosse critério para a nossa vida, poderíamos adotar a poligamia, já que alguns patriarcas tiveram mais de uma esposa, e dispensar de vez o dom de línguas dos pentecostais, já que nenhum patriarca (aliás, nenhum dos servos de Deus na Bíblia) jamais falou as tais “línguas estranhas” (na verdade, Deus concede Seu Espírito àqueles que Lhe obedecem: At 5:32). Apesar de seus deslizes, os patriarcas procuraram ser fieis à lei de Deus (conforme você já deve ter visto nos links acima), e a lei de Deus inclui o sábado. (Sobre o sábado através dos séculos, leia este texto [aliás, leia todo o conteúdo desse site].)

Outra mentira: “Nenhum outro povo na história recebeu a ordem para guardar esse dia [o sábado]; é exclusividade de Israel (Êx 31.13,17 [esse texto menciona os filhos de Israel, e eu me considero um deles]).” Que falta faz ler a Bíblia com atenção. Veja isto: “Bem-aventurado o homem [aqui não diz judeu] que fizer isto, e o filho do homem que lançar mão disto; que se guarda de profanar o sábado, e guarda a sua mão de fazer algum mal. E não fale o filho do estrangeiro, que se houver unido ao Senhor, dizendo: Certamente o Senhor me separará do Seu povo; nem tampouco diga o eunuco: Eis que sou uma árvore seca. Porque assim diz o Senhor a respeito dos eunucos, que guardam os Meus sábados, e escolhem aquilo em que Eu Me agrado, e abraçam a Minha aliança: Também lhes darei na Minha casa e dentro dos Meus muros um lugar e um nome, melhor do que o de filhos e filhas; um nome eterno darei a cada um deles, que nunca se apagará. E aos filhos dos estrangeiros, que se unirem ao Senhor, para O servirem, e para amarem o nome do Senhor, e para serem seus servos, todos os que guardarem o sábado, não o profanando, e os que abraçarem a Minha aliança, também os levarei ao Meu santo monte, e os alegrarei na Minha casa de oração; os seus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no Meu altar; porque a Minha casa será chamada casa de oração para todos os povos” (56:1-8; os grifos em “estrangeiro” e “todos” são meus, justamente para destacar o fato de que Deus deseja que todas as pessoas guardem Seus mandamentos, inclusive o sábado.)

Outro ponto: “O sábado e a circuncisão são os dois sinais distintivos do povo judeu ao longo dos séculos (Gn 17.11).” Igualar o sábado (estabelecido antes do pecado) com a circuncisão (depois do pecado) é outra leviandade. Como vimos, o sábado foi dado para a humanidade e é eterno, pois será guardado inclusive na nova Terra (Is 66:22, 23). Já a circuncisão, de fato, foi dada aos descendentes de Abraão e foi revogada pelos apóstolos (At 15:1-31). Em Romanos 2:25-29, Paulo chega a dizer que é inútil ser circuncidado e não guardar a lei de Deus.

“A expressão ‘Lembra-te do dia do sábado, para o santificar’ (Êx 20.8) remete a uma reminiscência histórica e, sem dúvida alguma, Israel já conhecia o sábado nessa ocasião. Mas parece [parece?] não ser referência ao sábado da criação.” Simplesmente absurdo! Como não se trata de referência ao sábado da criação, se o próprio texto dá o motivo pelo qual o sábado deve ser lembrado e guardado? “Porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou” (v. 11).

O guia passa a usar Jesus com o objetivo de continuar descaracterizando o mandamento que o próprio Mestre guardou (Lc 4:16): “O Senhor Jesus Cristo disse mais de uma vez que a guarda do sábado é um preceito cerimonial. Ele colocou o quarto mandamento na mesma categoria dos pães da proposição (Mt 12.2-4).” Nada a ver! Jesus comparou a atitude dos discípulos de matar a fome no sábado (o que, definitivamente, não é pecado) com a dos homens de Davi, que só tinham os pães da proposição para comer e lhes foi permitido fazer isso. A lição é clara: Deus ama os seres humanos e criou a lei para eles e não eles para a lei. Os fariseus legalistas distorceram muitos mandamentos de Deus, inclusive o sábado, e Jesus veio ensinar a correta observância de Sua lei. Imagine o Cristo do Sinai (o Eu Sou de João 8:58) dizendo algo assim: “No monte Sinai Eu lhes dei Meus mandamentos, agora venho lhes dizer que aboli somente o quarto.” Faz sentido? Mas faz muito sentido o próprio Legislador ter vindo para ensinar como devemos guardar Sua lei. Só Ele tem autoridade para isso.

Veja mais esta: “Se o oitavo dia da circuncisão do menino coincidir com um sábado, ela tem que ser feita no sábado, nem antes e nem depois. Assim, Jesus mais uma vez declara o quarto mandamento como preceito cerimonial e coloca a circuncisão acima do sábado.” Típico argumento non sequitur, ou seja, uma ideia não tem nada a ver com a outra e não se segue a ela. Se preferir, pode chamar também de “balaio de gato”. Sinceramente, quem escreveu essas coisas terá que dar contas a Deus! Circuncisão era uma atividade religiosa, assim como o culto de sábado, a visita aos doentes, etc. Que pecado há em se praticar essas coisas no sábado? Onde está escrito isso? Pelo contrário, a Bíblia diz que “é lícito fazer bem aos sábados” (Mt 12:12). Essas coisas não são atividades seculares nem são remuneradas. Por que Deus “trabalha” no sábado? (Jo 5:17). Porque a atividade dEle consiste unicamente em manter-nos a todos com vida. A atividade de Deus é essencialmente “religiosa” e plenamente de acordo com o espírito do sábado. Francamente, não usemos Deus o Pai nem o Filho para sancionar nossas transgressões! Isso é grave!

Com isto eu tenho que concordar: “Jesus é o Senhor do sábado (Mc 2.28). O sábado veio de Deus e somente Ele tem autoridade sobre essa instituição.” E Ele em momento algum, em versículo nenhum sequer sugeriu que o sábado devesse ser substituído pelo domingo. Na verdade, em Mateus 24:20, Ele antevê Seus seguidores ainda guardando o sábado, quatro décadas no futuro. Se Ele fosse transferir o dia de guarda ou abolir o sábado, certamente teria feito algum comentário a respeito disso.

Outro absurdo: “O primeiro culto cristão aconteceu no domingo e da mesma forma o segundo (Jo 20.19, 26).” O quê? Aqui é melhor citar o texto na íntegra: “Chegada, pois, a tarde daquele dia, o primeiro da semana, e cerradas as portas onde os discípulos, com medo dos judeus, se tinham ajuntado, chegou Jesus, e pôs-Se no meio, e disse-lhes: Paz seja convosco” (v. 19). Eles estavam fazendo culto? Onde é dito isso? Estavam era com medo de ser mortos como o Mestre havia sido. Como podiam estar celebrando a ressurreição, se ainda nem criam nesse evento? E o verso 26 diz que Jesus tornou a aparecer oito dias depois, ou seja, numa segunda-feira.

Mais uma mentira: “O dia do Senhor foi instituído como o dia de culto, sem decreto e norma legal, pelos primeiros cristãos desde os tempos apostólicos (At 20.7; 1Co 16.2; Ap 1.10). É o ‘sábado’ cristão! O sábado legal e todo o sistema mosaico foram encravados na cruz (Cl 2.16,17), foram revogados e anulados (2Co 3.7-11; Hb 8.13). O Senhor Jesus cumpriu a lei (Mt 5.17,18), agora vivemos sob a graça (Jo 1.17; Rm 6.14).” O texto de 1 João 2:4 parece servir como uma luva em quem afirma coisas como essas. Os primeiros cristãos, a começar por Maria, mãe de Jesus (Lc 23:56; texto escrito 30 anos depois), e os apóstolos guardavam o sábado (At 16:13). João, no Apocalipse, lá pelo ano 100 d.C., disse ter sido arrebatado em visão no “dia do Senhor” (Ap 1:10), que, na Bíblia, é o sábado (Lc 6:5; leia também isto). Quem ousou mudar o dia de repouso foi o imperador pseudocristão/pagão Constantino, em 7 de março 323 d.C., tendo depois o aval da Igreja Católica Apostólica Romana. Essa igreja, pelo menos, tem um argumento “lógico” para o que fez: a autoridade do papa, que eles consideram até superior à da Bíblia. Mas como ficam os evangélicos, ao perceber que não existe base bíblica para se guardar o domingo? Têm que admitir que obedecem a um mandamento católico...

Quanto a Colossenses 2:16 e 17, ali lemos o seguinte: “Ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados,
que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo.” O sábado da lei moral, estabelecido na criação do mundo, não era sombra de coisas futuras, pois, como já vimos, foi dado à humanidade antes do pecado. As cerimônias do santuário (a chamada “lei cerimonial”), essas, sim, foram abolidas na cruz, pois apontavam para Jesus, o “Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1:29). Leia novamente Colossenses 2:16 e 17. Algum mandamento do Decálogo menciona comidas, bebidas ou dias de festas? Claro que não. Isso pertence às cerimônias do santuário. As festas judaicas – como Páscoa, Primícias, Dia da Expiação – eram feriados nacionais, dias de descanso, por isso também chamadas de sábados, mas eram distintas do sábado semanal do quarto mandamento.

E a conclusão do guia da Assembleia de Deus é a seguinte: “A palavra profética anunciava o fim do sábado legal (Jr 31.31-33; Os 2.11). Isso se cumpriu com a chegada do novo concerto (Hb 8.8-12). Exigir a guarda do sábado como condição para a salvação não é cristianismo e caracteriza-se como doutrina de uma seita.” Aqui fica claro a quem eles querem atacar. Nenhum adventista do sétimo dia esclarecido crê ou ensina que a salvação se conquista pela guarda do sábado. Isso seria absurdo, e o guia mente uma vez mais. Cremos que a salvação é pela graça (Ef 2:8), inteiramente pelos méritos de Cristo. Obedecemos à lei de Deus porque entendemos que Ele sempre quer o melhor para nós (Sl 119:97); porque ela é como um espelho que mostra o pecado em nós mesmos (Tg 1:23-25) e aponta para Jesus como a solução. A lei diagnostica o pecado; Jesus perdoa. Amamos a Cristo e por isso obedecemos aos Seus mandamentos (Jo 14:15). Se isso é ser “seita”, prefiro pertencer a essa seita. Os primeiros cristãos também enfrentaram esse tipo de acusação (At 24:14).

O guia de estudos da Assembleia de Deus deste trimestre acusa na capa a sociedade de estar em mudança, mas se esquece de que os evangélicos aceitaram uma mudança muito pior que a da sociedade: a mudança na lei de Deus, promovida pelo poder descrito em Daniel 7:25 e Apocalipse 13. Oro para que muitas pessoas sinceras, ao estudar esse guia da Escola Dominical, sejam despertadas pelo Espírito Santo, façam perguntas, questionem a si mesmas e a seus líderes, e tenham a humildade de reconhecer o verdadeiro Deus Criador e Seu memorial eterno da criação.

Michelson Borges

Assista a vídeos sobre o sábado, do programa Na Mira da Verdade (clique aqui). 

Para saber mais: leia os livros Do Sábado Para o Domingo e O Sábado na Bíblia 

segunda-feira, fevereiro 02, 2015

História da carochinha: nasce a evolução biológica

Oceano e lava: berço da vida?
[Meus comentários seguem entre colchetes e no fim do artigo. - MB] Mais um dos mistérios que cercam a origem da vida parece ter sido decifrado por um quarteto de cientistas na Alemanha. Eles basicamente descobriram como a evolução pode ter recebido o pontapé inicial da natureza, sem nenhuma ajuda externa. Talvez surpreenda, sobretudo para aqueles que se apegam a expressões “curinga” como “complexidade irredutível” para se esquivar do problema científico do surgimento da vida, o fato de a solução encontrada pelos pesquisadores – e testada em laboratório – ser de uma simplicidade franciscana. Comece com microporos numa pedra aquecida, imersa em água. Nada diferente do que já se esperaria encontrar em rochas vulcânicas submersas nos oceanos da Terra, quatro bilhões de anos atrás. O único fator importante é que exista um gradiente de temperatura dentro do microporo – ou seja, que ele seja mais quente numa ponta e mais frio noutra. Algo que já aconteceria mesmo, naturalmente. Aí a “mágica” já está feita.

Os microporos assumem praticamente a função de protocélulas, promovendo a replicação de moléculas portadoras de informação genética, como RNA ou DNA. Com um detalhe adicional: o sistema favorece a replicação de moléculas cada vez mais longas, capazes de armazenar quantidade crescente de informações genéticas. Isso resolve um dos principais dilemas apresentados pelos estudos sobre a origem da vida: como isso pode ter acontecido se, ao serem deixadas ao sabor do mar aberto, as moléculas de DNA e RNA nunca cresceriam para ter sequências maiores, simplesmente porque é mais fácil replicar as moléculas curtas do que as compridas? O resultado mais esperado disso seria uma “seleção natural às avessas”, empurrando sempre na direção da redução da complexidade. A vida nunca apareceria desse jeito. Eis o problema.

Contudo, o esforço de Dieter Braun e seus colegas da Ludwig-Maximilians-Universität, em Munique, vira esse jogo espetacularmente. Como? A descrição completa saiu em artigo publicado na semana passada na revista Nature Chemistry. O trabalho mostra que o gradiente de temperatura, combinado a um processo chamado de convecção laminar, promove a entrada e saída de material dos poros e também encoraja o acúmulo e a multiplicação de DNA longo, desprezando as moléculas mais curtas. “Moléculas de 75 nucleotídeos sobrevivem, enquanto moléculas com a metade desse tamanho morrem [como assim “morrem”?! São apenas moléculas; ainda não se está falando em vida], o que inverte o dilema da sobrevivência do mais curto”, escrevem os autores do trabalho.

Um sistema que empurra naturalmente as moléculas de DNA e RNA a ficarem maiores é a rota certeira para o surgimento da vida como a conhecemos [isso é interpretação]. Afinal, quanto mais compridas as moléculas, mais sequências de letrinhas químicas (os chamados nucleotídeos) cabem nelas. Em suma, cabe mais informação genética, com preservação natural daquelas que, pelas mutações aleatórias que contêm, se replicam com mais facilidade e eficiência. Imagine esse processo avançando por muito, muito tempo, até que uma molécula tropece numa receita para produzir uma camada protetora ao seu redor. No interior dessa cápsula, a molécula genética complexa poderia finalmente deixar o microporo e ganhar o oceano, sem correr o risco de ser literalmente “diluída”. O resto, como dizem por aí, é história.

[Neste parágrafo honesto, os fatos:] Por que esse trabalho não está sendo celebrado como a solução definitiva da origem da vida? Bem, porque ele de fato não é exatamente isso. Ele mostra o que pode ter sido a origem dos processos evolutivos, ainda puramente químicos, que antecederam as primeiras formas de vida. Mas faltam aí dois passos cruciais iniciais que antecedem essa etapa. Como se produzem as primeiras moléculas capazes de portar informação genética (RNA e DNA) e como elas primeiro “aprendem” a promover sua própria replicação? (No experimento, a replicação é promovida por uma proteína de origem biológica, que obviamente estava ausente na origem da vida.)

Essas são perguntas que ainda seguem sem solução. A síntese de RNA e DNA em um ambiente úmido permanece como um desafio porque a criação da molécula exige muitos passos químicos. Até aí, nada demais. [Ah, não?] O problema é que eles costumam ser perturbados pela água antes que cheguem ao seu desejado desfecho. A água desmancha os compostos antes que eles virem RNA ou DNA.

Alguns pesquisadores buscam chegar lá trabalhando em ambientes desérticos (talvez até em outros planetas). [A tática antiga de “jogar o problema para fora”.] Outros procuram soluções ainda oceânicas, mostrando que reações hoje típicas de metabolismo biológico (que incluem as que são capazes de sintetizar coisas como RNA ou DNA) poderiam ser impulsionadas a partir de química mais simples.

Uma vez que se produzem as moléculas portadoras de informação, sobretudo no caso do RNA, a autorreplicação já é um problema mais bem encaminhado. Sabemos que o RNA é uma molécula versátil, que pode não só codificar informação como promover sua própria cópia, sem a necessidade de proteínas adicionais. [Mas tem que ter informação para isso.] Ele seria o ponto de partida para a evolução biológica, como a entendemos hoje. [Não, não seria. O ponto de partida seria o surgimento da informação sem a qual não existe vida. A mensagem genética.]

No frigir dos ovos, o que os resultados já sugerem é que as barreiras remanescentes não são intransponíveis. Pouco a pouco, cada um dos passos envolvidos na origem da vida é recriado em laboratório [por pessoas inteligentes que elaboram passos e induzem um resultado, ou seja, por “designers inteligentes”], conforme as técnicas e a compreensão dos problemas evoluem. E tudo leva a crer que nenhuma condição extraordinária foi necessária para a aparição de formas de vida [isso é opinião]. Muito pelo contrário. O que os experimentos [inteligentes, repito] mostram é que tudo pode ter sido bem simples. Uma pequena variação de temperatura, a presença de ferro diluído no oceano e outras coisas assim, nada complicadas ou incomuns. O único requerimento realmente crítico para cobrir todas as etapas do processo sem ajuda artificial é o tempo – alguns milhões de anos, para ser preciso [e novamente os evolucionistas substituem o Deus Criador pelo deus tempo!]. Por isso não devemos esperar que os pesquisadores consigam, num único experimento, partir de química simples e terminar com um ser vivo. Mas eles já conseguem reencenar as diversas etapas cruciais separadamente. Falta muito pouco para entendermos a coisa toda. Estamos quase lá. [Esse é um homem de fé!]

(Mensageiro Sideral, Folha)

Nota: A história da carochinha acima me fez lembrar de uma ilustração: Certa vez, um ateu desfiou a Deus dizendo que também conseguiria criar um ser humano, sem apelar para poderes sobrenaturais. Deus disse: “Ok. Vá em frente.” Então o ateu se abaixou, pegou um punhado de terra e Deus o interrompeu imediatamente: “Espere aí! Use a sua própria terra.” Para mim, esta é a frase reveladora no texto acima: “Os microporos assumem praticamente a função de protocélulas, promovendo a replicação de moléculas portadoras de informação genética, como RNA ou DNA.” Para a vida ter realmente surgido sem “ajuda externa”, seria necessário que a informação tivesse surgido por si só, sem a necessidade de uma fonte informante, o que se sabe ser impossível. A mais simples forma de vida depende de muita informação genética para existir e se multiplicar, e é o laboratório que nos diz isso, não o achismo. Partir do ponto da replicação de informação e sugerir que isso seria a “origem da vida” é de uma desonestidade absurda! Primeiro, faça surgir sua própria informação, depois fale em replicação! Outra frase inconsistente: “Quanto mais compridas as moléculas, mais sequências de letrinhas químicas (os chamados nucleotídeos) cabem nelas.” De que serviria um computador com muita memória de armazenamento e nenhuma informação? Para que serve um HD externo de alguns terabytes vazio? Alguém tem que prover a informação que vai “rechear” esses armazenadores, tanto quanto as moléculas. O salto informacional para produzir um ser humano a partir de uma célula é absurdo! E a própria célula já dependeria de tremenda quantidade de informação (cada célula humana tem o equivalente a 1,5 gigabyte, e temos trilhões delas!). Mas tem mais: o “mensageiro sideral” que não crê em mensagens inteligentes escreveu também que “até que uma molécula tropece numa receita para produzir uma camada protetora ao seu redor”, resolvendo com um joguinho de palavras uma questão complicadíssima. Essa camada, além de proteger a futura célula da diluição de seu conteúdo no oceano, precisaria de proteínas específicas nessa camada, capazes de possibilitar o transporte para dentro de substâncias necessárias e a eliminação dos resíduos do futuro metabolismo. Até que esse sistema complexo “surgisse”, como esse hipotético futuro ser vivo “se virava”? O que teria surgido primeiro nessa “protocélula”: a membrana seletiva ou as organelas e máquinas moleculares? Como diz o mensageiro sem mensagem: “O resto, como dizem por aí, é história.” E que história! [MB]

“Fiz um pacto com uma pomba-gira”, diz Andressa Urach

Hora de repensar a vida
Depois de ter passado maus bocados por conta dos problemas graves de saúde que enfrentou em função da aplicação de hidrogel, Andressa Urach, 27, resolveu se converter à religião evangélica. A apresentadora usou o Instagram para contar o drama que viveu nos últimos tempos e associou seus problemas com um pacto que teria feito com uma entidade da umbanda. “Minha família é da Igreja Universal do Reino de Deus, mas sempre fui contra o fato de dar o dízimo ou a oferta e me afastei da igreja. Procurei outras religiões e fiz muitos trabalhos para conquistar muitas coisas e paguei valores muito altos em dinheiro pra isso! Fiz um pacto com uma pomba-gira que a cada um mil reais que eu ganhasse, eu lhe daria uma shamppagne [sic] fora os valores de trabalhos e das festas de final de ano. Eu conquistei tudo que queria, mas me senti como se estivesse vendendo a minha alma, senti isso no meu coração”, escreveu Andressa Urach na rede social.

A loira também disse que se encontrou com Deus e pediu uma segunda chance. “No meu coma no hospital passei pelo julgamento de Deus e me senti envergonhada do ser humano que eu fui, da minha arrogância e de todos os pecados que cometi! Ali eu senti a presença de Deus acima de mim e no meu coração, era um lugar muito claro e limpo e só estava ali minha alma e Deus, me envergonhei e clamei a Ele uma segunda chance pelo amor que eu tinha ao meu filho e queria ver ele crescer, pedi perdão a Deus e Ele me perdoou!!!!”, escreveu ela antes de explicar que voltou a pagar o dízimo e a frequentar a Igreja evangélica.

Lição: Andressa teve a coragem de expor sua situação nas redes sociais


Nota: Entidades da umbanda, assim como o próprio Satanás, sempre exigem algo em troca das “bênçãos” que oferecem. É uma pena que Andressa tenha se envolvido com uma teologia um tanto parecida com essa ideia de “troca” e naturalmente se decepcionado com isso. Que a volta dela à religião não tenha sido motivada pelo medo. Deus conhece o coração dela. E que as cicatrizes que ela terá nas pernas sejam um lembrete de que a vaidade tem um preço. Sejam para ela o “espinho na carne”, lembrando-a constantemente de que o mais importante nesta vida é Deus e o que temos dentro de nós. Oremos para que Andressa encontre o verdadeiro Deus, que pede de nós o coração e nos dá paz e salvação. [MB]

Em tempo: Neste outro texto (confira), Andressa diz que quer ser pastora, embora não vá deixar de posar nua ou de lingerie, se precisar disso para ganhar dinheiro.

Isaac & Charles: baleias no Atacama

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