Garoto-propaganda do ECOmenismo |
Novos
dados sugerem que o “desaparecimento” do gelo polar não seja resultado de
aquecimento global galopante
Quando as
gerações futuras olharem para trás, para o alarme do aquecimento global nos
últimos 30 anos, nada vai chocá-las mais do que a constatação de que os registos
oficiais de temperatura – nos quais todo o pânico se apoiava em última
instância – foram sistematicamente “ajustados” para mostrar a Terra como tendo
aquecido muito mais do que os dados reais comprovavam. Há duas semanas, sob o
título “Como estamos sendo enganados com dados errados sobre o aquecimento
global”, escrevi sobre Paul Homewood que, em seu blog “Not a lot of people know
that”, tinha contrastado os gráficos de temperatura publicados por três
estações meteorológicas no Paraguai com as temperaturas que haviam sido originalmente
registradas. Em cada exemplo, a tendência atual de 60 anos de dados tinha sido
dramaticamente invertida, de modo que uma tendência de arrefecimento foi
alterada para uma que apresentou um aquecimento significativo.
Esse foi apenas
o último de muitos exemplos de uma prática há muito reconhecida por especialistas
observadores ao redor do mundo – o que levanta um ponto de interrogação cada
vez maior sobre todo o registro oficial de temperatura de superfície.
Após o meu último
artigo, Homewood verificou o resgistro de outras estações meteorológicas da
América do Sul em torno das três originais. Em cada caso, ele encontrou as mesmas
suspeitas de “ajuste” em sentido único. Primeiro esses foram feitos pela Global
Historical Climate Network (GHCN) do governo dos EUA. Foram depois amplificados
por dois dos principais registros oficiais de superfície, do Instituto Goddard
de Estudos Espaciais (GISS) e do Centro Nacional de Dados Climáticos (NCDC),
que usam as tendências de aquecimento para estimar as temperaturas ao longo das
vastas regiões da terra onde não há medições. Contudo, estes são os registros de
que cientistas e políticos dependem para a sua crença no “aquecimento global”.
Homewood voltou
agora sua atenção para as estações meteorológicas em grande parte do Ártico,
entre o Canadá (51 graus Oeste) e o coração da Sibéria (87 graus Este). Mais
uma vez, em quase todos os casos, os mesmos ajustes de sentido único foram
feitos, para mostrar aquecimentos de 1 grau Celsius ou mais elevado do que foi
indicado pelos dados que foram registrados. Isso surpreendeu nada menos do que Traust
Jonsson, que esteve muito tempo como responsável de pesquisa do clima no
gabinete de meteorologia da Islândia (e com quem Homewood tem estado em contacto).
Jonsson ficou espantado ao ver como a nova versão “faz desaparecer”
completamente os “anos de gelo do mar” da Islândia, por volta de 1970, quando
um período de arrefecimento extremo quase devastou a economia de seu país.
Um dos primeiros
exemplos desses “ajustes” foi exposto em 2007 pelo estatístico Steve McIntyre,
quando descobriu um artigo publicado em 1987 por James Hansen, o cientista
(mais tarde virou fanático ativista do clima) que por muitos anos liderou o
GISS. O gráfico original de Hansen mostrou as temperaturas no Ártico como tendo
sido bem mais altas por volta de 1940 do que em qualquer momento desde então.
Mas, como Homewood revela em seu post “Ajustes de temperatura transformam a
história do Ártico”, o GISS virou isso ao contrário. As temperaturas do Ártico
a partir desse momento foram tão abaixadas que já estão diminuídas pelas dos
últimos 20 anos.
O interesse de
Homewood no Ártico acontece, em parte, porque o “desaparecimento” de seu gelo
polar (e dos ursos polares) tornou-se como um “garoto-propaganda” para aqueles
que tentam nos convencer de que somos ameaçados pelo aquecimento galopante. Mas
ele escolheu esse trecho específico do Ártico porque é onde o gelo é afetado
por água mais quente trazida por mudanças cíclicas numa grande corrente atlântica
- esta última atingiu o pico há 75 anos, quando o gelo ártico recuou ainda mais
do que tem feito recentemente. O derretimento do gelo não é de todo causado
pelo aumento das temperaturas globais.
De muito mais
sério significado, porém, é a maneira como essa manipulação geral do registro
oficial de temperatura - por razões que o GHCN e o GISS nunca explicaram
plausivelmente - se tornou o verdadeiro elefante na sala do maior e mais caro
alarme que o mundo conheceu. Isso realmente começa a parecer como um dos
maiores escândalos científicos de todos os tempos.
(The Telegraph; tradução de Filipe Reis)
Nota: Quero repetir aqui
algo que nunca é demais deixar claro: não nego que possa estar havendo algum
tipo de aquecimento global. O que questiono (e não sou o único) é se o ser
humano seria o fator primordial (o principal culpado) nesse processo. Se a
culpa for nossa, devemos aceitar qualquer imposição que nos for feita para
amenizar as consequências do estrago que estamos fazendo. É verdade que muitas
das propostas para reduzir ou frear o aquecimento (independentemente de sermos
ou não capazes de fazer isso) são boas, como é o caso da redução da emissão de
gases poluentes. Mas há, também, outros interesses (os quais têm sido chamados
de ECOmenismo) que poderão tolher a liberdade de pessoas que nada têm que ver
com essa história toda. Se tiver interesse em conhecer um ponto de vista sobre
esse assunto, assista ao vídeo abaixo. [MB]