O
gênero conhecido como crônica tem duas vantagens: os textos são geralmente mais
curtos e misturam estilo informativo e literário ao mesmo tempo. Agora imagine
dois livros de crônicas com diferentes abordagens e que divertem e fazem
refletir sobre assuntos atuais, inclusive religiosos. É essa a proposta dos
livros Crônicas para se ler e pensar I e Crônicas para se ler e pensar II, de
autoria do jornalista Felipe Lemos. O primeiro volume traz assuntos do
cotidiano como o fanatismo por futebol, a prática de exercícios físicos, o
consumismo, a dificuldade de se entender assuntos políticos, entre outros
temas, e convida os leitores a pensar mais sobre isso. Os textos são leves e
vêm acompanhados de ilustrações bem humoradas. O texto “Com todas as
letras” é um passeio divertido pelas regras da língua portuguesa e faz com
que o assunto se torne até mais interessante. O
segundo volume, de caráter religioso, sugere um novo olhar sobre os textos
bíblicos. “Já imaginou, por exemplo, aquilo que os servos de Abraão pensaram
enquanto acompanhavam seu senhor e o filho Isaque em direção ao monte Moriá? Ou,
então, como seria o diário de um dos espias que se acovardou e resolveu dar um
relatório pessimista depois de verificar como seria a prometida Canaã no tempo
de Josué e Calebe? Essas são algumas das histórias diferenciadas a partir da
visão bíblica no livro”, comenta o autor.
Os
dois livros paradidáticos podem ser aplicados em sala de aula, especialmente
com alunos do Ensino Médio. A maioria das crônicas apresenta temáticas bem
atuais e permite uma discussão em sala de aula, inclusive como preparação para
provas que exigem conhecimento do cotidiano dos futuros universitários. Outras
se destacam pelo estilo da linguagem usada e servem como importante apoio para
análises de texto em aulas específicas de Língua Portuguesa. As crônicas
religiosas, por sua vez, são um material bem interessante para as aulas de
religião e têm teor mais filosófico. “Nos dois livros, a preocupação foi usar
uma linguagem de fácil compreensão, mas sem perder a profundidade da
discussão”, acrescenta Lemos.