
"O pensamento de que a relação entre a mente e o mundo é algo fundamental deixa muitas pessoas nervosas hoje em dia. Creio que esse medo da religião é uma manifestação que apresenta conseqüências amplas e, muitas vezes, perniciosas para a vida intelectual moderna. Quando falo de medo da religião, não me refiro à hostilidade totalmente compreensível com relação a certas religiões e instituições religiosas estabelecidas, em virtude de suas doutrinas morais, políticas sociais e influência política objetáveis. Nem me refiro à associação de várias crenças religiosas com a superstição e a aceitação de falsidades empíricas evidentes. Estou falando de algo muito mais profundo – ou seja, o medo da própria religião. Falo por experiência própria, pois eu mesmo estou altamente sujeito a esse medo: quero que o ateísmo seja verdade e fico incomodado com o fato de que algumas das pessoas mais inteligentes e bem-informadas sejam crentes religiosos. Não significa simplesmente que eu não acredite em Deus – e, naturalmente, espero que esteja certo em minha crença. Significa que eu espero que não haja Deus! Não quero que exista um Deus; não quero que o Universo seja assim” (Nagel, T. The Last Word. Nova York: OUP, 1997, pág. 130).
Nota: Poucos dias atrás, pesquisa da Datafolha publicada na Folha de S.Paulo indicou o percentual de brasileiros que se consideram felizes, de acordo com a religião. Veja o resultado:
• Evangélico pentecostal: 83%
• Católico: 76%
• Espírita / kardecista / espiritualista: 76%
• Evangélico não-pentecostal: 76%
• Outra religião: 78%
• Não tem religião: 67%