
Algo mudou na vida nacional e particular dos judeus desde que Cristo terminou Sua efusiva comitiva à Cidade Santa com a melancólica constatação: "Jerusalém, Jerusalém! Que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis Eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e tu não quiseste!" (Mt 23:37). Pelos séculos seguintes, judeus oscilariam entre a ortodoxia rígida ou um agnosticismo indiferente, todavia, sempre em contato com suas tradições religiosas peculiares. O próprio humor judaico costuma fazer troça de figuras dominantes (como Deus e os pais), em contraste com o típico humor ocidental, cujo alvo está nas minorias (negros, homossexuais, etc.).
Não é incomum ver judeus voltando-se de forma crítica para a Bíblia. Recentemente, livros como do jornalista A. J. Jacobs (
The year of living biblically) ou artigos semelhantes ao do professor Benny Shanon demonstram a que grau os próprios judeus manifestam seu repúdio em relação à sua herança bíblica. Mais outro judeu veio engrossar a lista de filhos de Abraão revoltados: trata-se de David Plotz, entrevistado pela revista
Época desta semana.
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