
Além de palavras, Park carrega consigo uma carta ao ditador norte-coreano, Kim Jong-il, pedindo a abertura das fronteiras para ajuda humanitária internacional e o fechamento unilateral dos campos de concentração norte-coreanos, bem como a libertação dos 160 mil prisioneiros políticos (segundo estimativas da Coreia do Sul e dos Estados Unidos) desses campos; onde, segundo fugitivos, prisioneiros sofrem agressões, mortes, abusos, trabalho forçado e precariedade de alimentos.
Park disse que não quer nenhuma intervenção dos Estados Unidos para que ele venha a ser libertado.
Segundo amigos, ele trabalhou ajudando os sem-teto da cidade do México, fez evangelismo na China, e em Seul, onde ficou conhecido por doar casacos seus para abrigar os outros. “Ele era um cristão cheio de compaixão”, diz Suh Suk-koo. “Ele disse que já era tempo de reviver a ousadia dos cristãos e mártires primitivos que não temiam serem devorados por leões no tempo do Império Romano.”
Com certeza, reviver o cristianismo primitivo é a maior necessidade do mundo cristão. Reviver esse cristianismo é reviver o amor, a negação própria, a ousadia e o desejo de socorrer os outros – ainda que para isso tenhamos que sofrer perdas pessoais.
Queiramos ou não, nem todos os cristãos estão dormindo. Felizmente, há muitos cristãos acordados, como Parker.
(Silvio Motta Costa, professor da rede pública em Campinas, SP)