Na
revista National Geographic Brasil do
mês passado (páginas 66 a 81), a matéria de capa trata do aumento da atividade
solar, cuja previsão é de intensificação até o ano que vem. O título é “Fúria
solar”, e o olho de abertura do texto diz o seguinte: “Previsão do clima
espacial para os próximos anos: intensa atividade do Sol, com catastróficos
apagões na Terra. Estamos preparados para isso?” Depois de relembrar as
consequências da megatempestade solar de 1859 (a maior já registrada), a
matéria informa: “Como, desde 1859, não houve nenhuma outra megatempestade
solar com a mesma intensidade, é difícil calcular o impacto que um evento
similar teria em nosso mundo interconectado. Mas dá para fazer uma ideia do
apagão ocorrido em Québec em 13 de maio de 1989, quando uma tempestade no Sol
um terço mais fraca do que a observada por Carrington [em 1859] provocou, em
menos de dois minutos, o desligamento da rede que fornecia eletricidade a mais
de 6 milhões de pessoas. Uma tempestade como a de Carrington poderia queimar
mais transformadores do que há no estoque das companhias de eletricidade,
deixando milhões de pessoas sem luz, água potável, ar-condicionado,
combustível, telefones ou alimentos e remédios perecíveis durante os meses que
seriam necessários para fabricar e instalar transformadores novos. Segundo um
recente relatório da Academia Nacional de Ciência dos Estados Unidos, uma
tempestade solar dessa magnitude acarretaria o mesmo prejuízo ocasionado por 20
furacões do tipo do Katrina, ou seja, algo entre 1 trilhão e 2 trilhões de
dólares apenas no primeiro ano.”
Num
mundo que já sofre os efeitos de uma grave crise financeira, imagine o que uma catástrofe como essa seria capaz de
fazer... Imagine o caos acarretado pelo blecaute nas grandes metrópoles...
Segundo
Karel Schrijver, do Laboratório Solar e Astrofísico da empresa Lockheed Martin,
em Palo Alto, na Califórnia, a expectativa é de que neste ano tenha início o
período de máxima atividade solar. Ele diz que “os centros de acompanhamento do
clima espacial estão atentos”.
Outro
pesquisador entrevistado pela revista é John Kappenman, da empresa de
consultoria Storm Analysis. De acordo com ele, uma megatempestade tão forte
quanto a de 1859 poderia levar ao colapso de toda a rede elétrica da América do
Norte, obrigando centenas de milhões de pessoas a viver sem eletricidade
durante semanas ou meses. Uma (pequena) amostra disso já está acontecendo nos
Estados Unidos, como consequência de uma das piores tempestades ocorridas em
nove Estados americanos (confira aqui e aqui).
Será
que é com algo assim que a Nasa está preocupada?
Em Lucas 21:25-28, Jesus diz: “Haverá sinais no sol, na lua e nas
estrelas; sobre a terra, angústia entre as nações em perplexidade por causa do
bramido do mar e das ondas; haverá homens que desmaiarão de terror e pela expectativa
das coisas que sobrevirão ao mundo; pois os poderes dos céus serão abalados.
Então, se verá o Filho do homem vindo numa nuvem, com poder e grande glória.
Ora, ao começarem estas coisas a suceder, exultai e erguei a vossa cabeça;
porque a vossa redenção se aproxima.”
Cerca de dez anos antes da megatempestade solar de 1859, Ellen
White escreveu o seguinte: “A 16 de dezembro de 1848, o Senhor me deu uma visão
acerca do abalo das potestades do céu. Vi que quando o Senhor disse ‘céu’, ao
dar os sinais registrados por Mateus, Marcos e Lucas, Ele queria dizer céu, e quando
disse: ‘Terra’, queria significar Terra. As potestades do céu são o Sol, a Lua
e as estrelas. Seu governo é no firmamento. As potestades da Terra são as que
governam sobre a Terra. As potestades do céu serão abaladas com a voz de Deus.
Então o Sol, a Lua e as estrelas se moverão em seus lugares. Não passarão, mas
serão abalados pela voz de Deus” (Primeiros
Escritos, p. 41).
Mas a promessa também é certa: “O povo de Deus não estará livre de sofrimento; mas, conquanto perseguidos
e angustiados, conquanto suportem privações, e sofram pela falta de alimento,
não serão abandonados a perecer” (Ellen White, O Grande Conflito, p. 629).
“Será para nós então tempo de
confiar inteiramente em Deus, e Ele nos sustentará. Vi que nosso pão e nossa
água serão certos nesse tempo, e que não teremos falta nem padeceremos fome,
pois Deus é capaz de estender para nós uma mesa no deserto. Se necessário, Ele
enviaria corvos para nos alimentar, como fez com Elias, ou faria
chover maná do céu, como fez para os israelitas” (Ellen White, Primeiros
Escritos, p. 56).