Os
preços dos alimentos têm tido alta nos últimos meses, em consequência da seca
nos EUA, Rússia e outros grandes exportadores. A FAO prevê que os preços permaneçam
próximos do que foi registrado durante a crise de 2008. Mas Graziano disse que
o mundo ainda pode alcançar a Meta de Desenvolvimento do Milênio, estabelecida
em 2000, que prevê reduzir à metade a desnutrição nos países em desenvolvimento
até 2015. Para isso, no entanto, serão necessários esforços para reverter a
desaceleração no progresso.
Uma
ampla recuperação econômica, especialmente no setor agrícola, será crucial para
uma continuada redução da fome, segundo o relatório da FAO, do Programa Mundial
de Alimentos e do Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola. “O
crescimento agrícola envolvendo pequenos proprietários rurais, especialmente
mulheres, será mais eficaz na redução da pobreza extrema e da fome quando gerar
emprego para os pobres”, disseram as organizações.
O
relatório criticou o aumento da demanda por biocombustíveis (que tomam espaço
de cultivos alimentícios), a especulação financeira nos mercados de alimentos e
os gargalos na oferta e distribuição de alimentos, levando ao desperdício de
quase um terço da produção.
Nas
últimas duas décadas, a fome caiu quase 30 por cento na Ásia e no Pacífico,
graças a avanços socioeconômicos. A África foi a única região onde o número de
famintos cresceu no período, de 175 milhões em 1990-92 para 239 milhões em
2010-12.
Analistas
da FAO e do Programa Mundial de Alimentos disseram que as
novas cifras refletem ajuste no tamanho da população e na altura média das
pessoas, além de levarem em conta uma avaliação mais detalhada da
disponibilidade alimentar e dos desperdícios na cadeia de distribuição.
(Yahoo)
Nota: A fome é outro dos sinais apresentados por Jesus e que anunciam a brevidade de Seu retorno à Terra para resolver os problemas que o ser humano não parece disposto a resolver - nem tem condições de fazê-lo. Embora a fome em si seja um desses sinais, ela aponta para outro ainda mais grave: o "esfriamento" do amor no coração humano (Mt 24:12). As festividades de fim de ano evidenciam bem isso. Enquanto bilhões de pessoas vão para a cama toda noite com o estômago roncando, outras tantas, numa noite apenas, esbanjam milhões de dólares/reais/euros em fogos de artifício e comem até se "entupir". O que mais mata neste mundo são a injustiça e a indiferença. Infelizmente, ao mesmo tempo em que uns cantam "muito dinheiro no bolso, saúde pra dar e vender", um oitavo da humanidade continuará clamando por apenas um pedaço de pão.[MB]