Estudo
recentemente publicado na revista Nature
aponta que neurônios vizinhos em uma antena de mosca das frutas podem parar (ou
“bloquear”) um ao outro mesmo quando não compartilham uma conexão direta. Isso
ajuda o inseto a processar cheiros. Esse tipo de comunicação, chamada
acoplamento efáptico, acontece quando o campo elétrico produzido por um
neurônio silencia o seu vizinho, em vez de enviar um neurotransmissor por uma
sinapse. “O acoplamento efáptico já está na literatura científica há um bom
tempo, mas existem poucos casos nos quais estas interações afetam o
comportamento de um organismo”, aponta John Carlson, biólogo da Universidade de
Yale (Connecticut, Estados Unidos), primeiro autor do estudo. A presença dessas
interações em órgãos de sentido foi prevista em 2004, mas conseguir demonstrar
que elas realmente aconteciam exigia um experimento difícil, engenhoso e
completo. [Continue lendo.]