O AshleyMadison.com é
o primeiro e maior serviço de relacionamentos extraconjugais do mundo, com
cerca de 20 milhões de usuários cadastrados e no ano passado totalizou um
faturamento de R$ 240 milhões. Em 2013, o site pretende investir até R$ 9
milhões em marketing e divulgação no
Brasil, país que representa o segundo maior faturamento do grupo, atrás apenas
dos Estados Unidos, onde o mercado da infidelidade movimenta mais de US$ 1
bilhão por ano, contando viagens, hotéis, restaurantes, etc. Em 2005, o adultério
saiu do Código Penal brasileiro e deixou de ser motivo de
prisão. Desde então, começaram a surgir muitos apressadinhos em terras
tupiniquins. O Brasil demorou apenas um ano para atingir o primeiro milhão de
usuários do AshleyMadison.com, pulando (a cerca) de 250 mil para um milhão
de infiéis, ou seja, aumento de 300%. É o país que teve o maior e mais rápido
crescimento do grupo de 26 países em que o site está inserido, e a
cada dia pelo menos 3.000 novas pessoas começam a procurar por um(a)
amante. Com cerca de 400 mil usuários, o Estado de São Paulo lidera o
número de cadastrados, seguido pelo Rio de Janeiro, com 160 mil. Para
ter uma ideia comparativa, os Estados Unidos, país com maior quantidade de
usuários de internet, levaram quatro anos para ultrapassar a marca do primeiro
milhão de cadastrados. [Realmente, os recordes do Brasil são sempre motivo de
“orgulho”...]
Nota do blog Realidade em Foco: “Há
pelo menos duas coisas mais importantes a dizer diante de uma notícia como
essa. A primeira, e a mais óbvia, é que a infidelidade conjugal se tornou, a
exemplo de outras práticas até então moralmente reprovadas, uma oportunidade
comercial. Quem lucra com esse tipo de mercado se defende dizendo que só está
cobrando por um serviço para quem já tinha a intenção de ser infiel em sua
relação. Ou seja, não está criando nenhuma nova depravação moral, apenas
ficando mais rico com a destruição de eventuais casamentos alheios. Quem
usa o serviço tem a garantia do anonimato e, assim, fomenta não apenas esse
mercado biblicamente condenável, mas um conceito de que tudo, na verdade, é um
produto a ser explorado e a infidelidade está entre esses produtos. Para mim,
quem vende ambiente virtual para adultério é tão responsável pela destruição
não apenas de relacionamentos, mas de lares, quanto quem participa (usuários ou
clientes). A reportagem chama atenção para o fato de que o adultério deixou de
ser crime em 2005, mas a prática sempre existiu e, no Brasil, se alguém foi
condenado judicialmente por trair a esposa ou esposo isso deve ter ocorrido há
mais de meio século. A questão aqui não é legal nem moral, mas espiritual. José,
o filho de Jacó, homem importante no período de governo egípcio antigo,
resistiu à tentação de adulterar com a mulher de seu superior porque resolveu
ser fiel primeiramente a Deus. Não foi por conveniência política (já que acabou
preso, mesmo não cometendo adultério com a mulher de Potifar) nem por convenção
social (já que, em culturas como a egípcia, esse tipo de preocupação era muito
pequeno). Suas razões para as decisões corajosas residiam em uma base bem
fundamentada de relacionamento espiritual com Deus. O outro aspecto que merece
ser pensado é sobre a necessidade de cristãos erguerem com maior força sites e redes de relacionamento que fortaleçam a
família, tal como descrita no plano ideal apresentado pela Bíblia Sagrada. Se
há franca oposição virtual aos valores familiares, que os cristãos crentes nos
valores sagrados familiares ergam a voz virtualmente e multipliquem bons
materiais, palestras, testemunhos, enfim, algo
que possa ser, no mínimo, uma segunda opinião sobre o assunto. Falta
proatividade cristã.”
Leia também: "Adúlteros pela própria natureza", "Empresa lança 'serviço de traição' pelo celular", "Além de adultério, blasfêmia" e "Tudo mais fácil para os traidores"
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