
Os recursos vão diminuir, haverá menos dinheiro para ofertas ao exterior. Em tempos de crise, os americanos são encorajados a olharem para o próprio país. Não vai ocorrer um movimento em direção ao isolacionismo dos Estados Unidos, mas será mais difícil para o novo presidente, qualquer que seja o vencedor, implantar uma pauta mais ambiciosa para a política externa. Uma nova rodada de negociações do comércio exterior, por exemplo, poderá ficar fora do alcance.
De certa forma, os partidários do candidato democrata Barack Obama poderão ser os mais decepcionados. Várias pessoas falaram de suas esperanças de que, no caso de vitória do democrata, Obama poderia ser um presidente da transformação da política externa, aproveitando o momento de crise para remodelar a ordem internacional assim como fez o presidente Harry Truman no final da Segunda Guerra Mundial.
Mas, apesar de todos os problemas domésticos, a pauta da política externa está cada vez mais difícil e não poderá ser ignorada. Mesmo com todos os problemas gerados pela crise econômica, os Estados Unidos ainda continuarão a ter um papel importante no mundo. O poder poderá ser mais distribuído, mas, se for necessária uma ação internacional coordenada, então o próximo presidente americano ainda poderá ser pressionado a assumir a liderança.
(BBC Brasil)