
Você freqüentava festas, era muito badalada. A vida boêmia pode ter ajudado a agravar o câncer?
O estilo de vida pode influenciar na doença, sim. Se saio muito, bebo muito, não me cuido direito, alguma coisa estou fazendo ao meu corpo. Confesso que não sabia como me cuidar, não me alimentava de forma sadia, mas isso não me faz sentir culpada. Hoje tenho muito mais responsabilidade. Ainda saio, gosto de me divertir, mas não cometo exageros como antes.
Como o seu caso pode incentivar mulheres com câncer que não têm como pagar tratamentos a que você teve acesso?
Ter acesso aos melhores tratamentos não significa que a sobrevida de um paciente seja maior. Minha mensagem é universal. Tanto faz uma mulher americana ou latina, o importante é ela encontrar a cura através do corpo-mente-espírito. Eu encorajo as pessoas a reduzirem a ingestão de produtos de origem animal, que são muito ácidos, a terem uma dieta alcalina e praticarem meditação. Minha dieta é vegan, até o suco do café-da-manhã é verde! O mais importante é reconstruir a auto-estima. Os médicos não têm todas as respostas. Nós temos muitas.
O câncer é uma doença solitária ou permite que você se aproxime mais das pessoas?
É certamente solitária, mas também dá a oportunidade de aproximar as pessoas e de decidir o que fazer com o tempo que nos resta. Todo mundo irá morrer, você irá morrer, eu irei morrer, mas por quanto tempo iremos viver? O câncer te ensina a viver. As pessoas sempre o relacionam com morte. Eu relaciono o câncer com a vida.