
A mídia visual é muito poderosa. É muito difícil apagar da mente cenas observadas em filmes, novelas, propagandas, sejam boas ou más, e letras de músicas que ficam obsessivamente às vezes “rodando” em nossa consciência mesmo sem querermos. Não é sem propósito que as empresas de propaganda usam muitos recursos visuais para prender o observador naquele produto que querem vender. Nos Estados Unidos, cobram-se três milhões de dólares por 30 segundos de propaganda num momento importante do campeonato de futebol americano!
Dr. Richard G. Pellegrino, médico com Ph.D. em neurologia e neurociências, pesquisador do cérebro por 25 anos, diz que nada que ele faça pode afetar tanto o estado mental de uma pessoa do que uma simples canção. Ele trabalhou com vítimas de overdose de ópio num pronto-socorro da cidade de Nova Iorque e verificou que ouvir música gera a produção de químicos no cérebro chamados endorfinas, que são como opióides naturais que produzem um “barato” semelhante ao que o ópio ou outra droga psicotrópica faz. O problema, diz o Dr. Pellegrino, é que se a pessoa ouve músicas com mensagens e som destrutivos, isso exerce um poder lesivo no cérebro que os ouvintes não compreendem.
A Academia Americana de Psiquiatria da Criança e do Adolescente diz que os jovens, por terem forte tendência de imitar o que veem, apresentam as seguintes alterações quando expostos a cenas de violência na TV:
- Tornam-se “imunes” ou anestesiados diante do horror da violência.
- Gradativamente aceitam a violência como uma forma de resolver problemas.
- Imitam a violência que observam na televisão.
- Identificam-se com alguns tipos de caráter, de vítimas e ofensores.
A Academia recomenda ainda que os pais tomem algumas atitudes para prevenir os filhos dessas violências, como por exemplo:
- Ver o que as crianças estão assistindo na TV, e assistir com elas.
- Colocar um limite para o tempo que as crianças assistem TV.
- Retirar ou não colocar a TV do quarto das crianças.
- Explicar que ainda que os atores e atrizes não sejam feridos de verdade, aquela violência na vida real produz dor e morte.
- Não deixar as crianças assistirem programas ou filmes conhecidos como violentos, e mudar o canal ou desligar a TV quando surgirem cenas de violência, explicando o que está errado ali.
- Desaprovar as cenas de violência que aparecem na TV, mostrando para as crianças a crença de que tais comportamentos não são as melhores maneiras de resolver problemas.
- Conversar com os pais dos amigos de seus filhos para ver se combinam atitudes semelhantes quanto a colocar limites para assistir programas com violência.
(Cesar Vasconcellos de Souza, www.portalnatural.com.br)