Local da descoberta |
A
descoberta resulta de duas incursões a um pequeno lago algarvio, em 2009 e
2010. Uma equipe de paleoantropólogos descobriu os restos de uma salamandra
gigante na região portuguesa, desaparecida há cerca de 220 milhões de anos
[segundo a cronologia evolucionista]. Pela descrição, relata um dos
investigadores, Steve Brusatte, da Universidade de Edimburgo (Escócia), ao
jornal francês Le Monde, a criatura
devia estar no grupo de grandes predadores da época: tratava-se de “um anfíbio
do tamanho de um carro pequeno, dotado de uma mandíbula enorme com centenas de
dentes afiados”. O fóssil levou um nome coerente com o local da descoberta. A
equipe designou-o Metoposaurus
algarvensis no Journal of Vertebrate
Paleontology, onde o artigo foi publicado. Mas há muito que certos
elementos da equipe tinham curiosidade sobre esse ser, que supunham ter
existido mas sem esse grau de conhecimento.
Nos
anos 70, um grupo de paleontólogos alemães rumou àquelas paragens algarvias em
busca de vestígios de grandes criaturas que se supunha terem povoado a área.
Levaram alguns fósseis que depositaram num museu em Berlim. Muitos anos mais
tarde, numa visita do francês Jean-Sébastien Steyer, um dos membros da equipe
ao museu despertou-lhe a atenção. Brusatte, o francês, Richard Butler da
Universidade de Birmingham e o português Octávio Mateus, da Universidade de
Lisboa puseram-se então em campo e acabaram por ser efetivamente surpreendidos
por uma espécie extinta nunca vista antes.
(Sol)
Nota:
É mais um caso de um ser vivo dado como extinto por supostos milhões de anos
cujo correspondente moderno é exatamente como seu ancestral. Sabe-se lá que outras
surpresas desse tipo nos aguardam no futuro... [MB]