A força contra os fundamentalistas |
O
embaixador do Vaticano nas Nações Unidas aprova uma ação militar contra o
movimento Estado Islâmico no Iraque e na Síria, uma posição invulgar pois
tradicionalmente o Vaticano opõe-se ao uso da força. Durante uma entrevista ao site católico
norte-americano Crux, Silvano Tomasi disse que os combatentes do Estado
Islâmico estão cometendo atrocidades numa escala enorme e que o mundo tem de
intervir. “Temos de parar esse tipo de genocídio, de outro modo iremos
questionar no futuro porque não fizemos alguma coisa, porque permitimos que
acontecesse tal tragédia”, defendeu o arcebispo italiano. Silvano Tomasi
referiu ser necessária uma “coligação bem pensada” para fazer tudo o que é
possível para conseguir uma decisão política sem violência. “Mas, se isso não
for possível, então o uso de força será necessário”, acrescentou. O papa
Francisco já denunciou a “intolerável brutalidade” infligida aos cristãos e
outras minorias no Iraque e na Síria pelos militantes do movimento Estado
Islâmico.
(DN Globo)
Nota:
Ninguém questiona que as ações praticadas pelos extremistas do Estado Islâmico são
atrocidades que devem ser contidas. Mas, conforme já destaquei nesta outra postagem, chama atenção essa atitude do
Vaticano de aprovar um tipo de “guerra santa”. É como se o mundo estivesse
sendo acostumado a uma “coligação bem pensada” para empreender esforços
enérgicos, quando o assunto é conter “extremismos”, “fundamentalismos” e ameaças
à paz e a união de todos. [MB]