Obama quer liderar esforços |
O
presidente norte-americano, Barack Obama, afirmou [no dia 22] que as mudanças
climáticas “não podem mais ser negadas”, durante visita ao parque nacional dos
Everglades, na Flórida, em uma tentativa de ressaltar os riscos que o meio
ambiente enfrenta. Obama advertiu que o aquecimento global está provocando no
planeta “tempestades mais fortes” e “secas mais intensas”, que afetam tanto a
economia quanto o ecossistema, em discurso feito no Dia da Terra. “As mudanças
climáticas não podem mais ser negadas. Não podem ser deixadas de lado. Não
podem ser deixadas de fora da conversa”, afirmou. Ao mesmo tempo em que pediu
que os parques nacionais sejam protegidos para as próximas gerações, Obama
também disse que preservá-los é economicamente indispensável.
O
aumento do nível do mar ameaça o ecossistema dos Everglades, o que por sua vez
representa um risco para a indústria do turismo na Flórida (sudeste dos EUA),
que gera US$ 82 bilhões, destacou. A oposição republicana costuma usar o custo
econômico das medidas para enfrentar as mudanças climáticas como uma razão por
trás de seu ceticismo sobre o tema.
No
mês passado, surgiu uma polêmica na Flórida quando uma organização de
jornalistas do estado denunciou o governo do republicano Rick Scott por proibir
seus funcionários de falar em “mudanças climáticas” e “aquecimento global”. O
governador negou a existência dessa diretriz. Assim como outros políticos
conservadores nos Estados Unidos, o republicano Scott disse no passado não
acreditar que as mudanças climáticas sejam provocadas pelo homem.
A
agência americana de proteção ambiental (EPA) divulgará em algumas semanas
novas regulamentações para limitar as emissões de usinas que geram eletricidade
com carvão, o que ameaça gerar uma nova controvérsia política.
Em
dezembro deste ano, líderes mundiais se reunirão em Paris para tentar chegar a
um acordo para reduzir as emissões de gases de efeito estufa em nível mundial,
e Obama quer liderar esse pacto.
Nota:
É interessante notar como Obama e o papa Francisco estão perfeitamente
alinhados nessa questão. Em breve o papa publicará sua encíclica sobre o meio
ambiente, e todo mundo já sabe (ou deveria saber) que uma das propostas do Vaticano
para a contenção das emissões de gases de efeito estufa é que a humanidade
reserve um dia por semana para minimizar essas emissões, deixar a Terra “descansar”
e melhorar as relações familiares – diga-se de passagem, uma proposta altamente
simpática e perfeitamente exequível. A intolerância será forte contra aqueles
que (1) não concordam que o aquecimento global tenha causas majoritariamente
antropogênicas e (2) discordam que o dia de descanso e da família deva ser o
domingo. Só para lembrar: em setembro, o papa vai discursar na ONU (com a qual
já concorda a respeito da ideia de um governo global), no Senado norte-americano e na Casa Branca. Não perca os próximos capítulos
proféticos! [MB]
Leia também:
“John Kerry: On Earth Day, time running out for climate change” e “Grande tornadodeixa mortos em Santa Catarina” (eventos com tremendo potencial de alimentar o
medo do aquecimento global e a aceitação de medidas de combate ao problema)
E LEIA ESPECIALMENTE esta matéria (clique aqui) em que o secretário-geral da ONU diz que combater a mudança climática é “questão moral”.
E LEIA ESPECIALMENTE esta matéria (clique aqui) em que o secretário-geral da ONU diz que combater a mudança climática é “questão moral”.