Desgraça tolerada. Até quando? |
O
vício em drogas tem começado cada vez mais cedo e, ao contrário do que muitos
pensam, a dependência inicia a partir de uma droga “aceitável”, com baixo custo
e de fácil acesso: o álcool, muitas vezes também associado ao cigarro. A
psicóloga Andrea Hamasaki comenta que a maioria dos pacientes em tratamento de
drogas ilícitas contam que tudo começou com o álcool. Os pacientes relatam que
“bebem e perdem um pouco a questão do julgamento e vão no embalo, não pensam se
é bom ou não, não estão preocupados com regras”. De acordo com pesquisa
realizada pela Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (ABEAD),
o consumo crônico de doses elevadas de álcool muda o funcionamento do cérebro,
altera a estrutura e aumenta a atividade de uma área cerebral associada ao
comportamento impulsivo e à formação de hábitos. Com o tempo, o funcionamento
dessa região passa a prevalecer sobre a tomada de decisão consciente.
Quanto aos motivos para começar a beber, são inúmeros e variam bastante, mas muitas vezes passa a funcionar como aceitação. Pode ser por falta de estrutura familiar, algum problema pontual na família, falta de educação, de carinho, entre outros. “Crianças saem de casa e se envolvem com drogas como uma fuga. Muitas vezes no meio em que ela se insere o consumo de drogas acaba sendo a forma de se sentir acolhida”, comenta a psicóloga.
Quanto aos motivos para começar a beber, são inúmeros e variam bastante, mas muitas vezes passa a funcionar como aceitação. Pode ser por falta de estrutura familiar, algum problema pontual na família, falta de educação, de carinho, entre outros. “Crianças saem de casa e se envolvem com drogas como uma fuga. Muitas vezes no meio em que ela se insere o consumo de drogas acaba sendo a forma de se sentir acolhida”, comenta a psicóloga.
E
como se não bastasse o problema das drogas, há também o câncer. Após analisar
vários estudos publicados ao longo de décadas, a pesquisadora Jennie Connor, da
Universidade de Otago, na Nova Zelândia, concluiu que existe um elo entre a
ingestão de bebidas alcoólicas e o surgimento de tumores em pelo menos sete
regiões do corpo: laringe, esôfago, fígado, cólon, reto, mama e orofaringe.
Mais: de acordo com a investigação, ocorreram aproximadamente 500 mil mortes
por câncer em 2012 devido a cervejas, uísque e companhia. Segundo a autora
do trabalho, as descobertas em relação aos nódulos de mama são
especialmente preocupantes. “Cerca de 60% de todas as mortes por câncer
atribuídas ao álcool nas mulheres da Nova Zelândia vêm desse tipo de tumor”,
disse.
Outro
dado para ficar de olho: o diagnóstico da doença muitas vezes aconteceu entre
quem tomava doses até então consideradas aceitáveis. Ou seja, não haveria
limite seguro para esse hábito. Ainda assim, pessoas que abusam se
beneficiariam bastante caso maneirassem nas doses.
(Com informações de Anti-Drogas,
HuffPost Brasil e Saúde)