
Os neurocientistas ainda não sabem bem como esses grupos de células cerebrais dispersas em regiões diferentes e distantes umas das outras ligam-se entre si de modo que tarefas simples ou complexas possam ser realizadas. “Um dos principais problemas atuais da neurociência é compreender como saímos de bilhões de neurônios distintos e independentes, de um lado, para, do outro, um cérebro unificado capaz de atuar em um mundo complexo”, disse Jose Carmena, professor assistente do Departamento de Engenharia e Ciências da Computação, um dos autores do estudo.
A ideia de grupos de neurônios anatomicamente dispersos, mas funcionalmente relacionados, foi descrita pela primeira vez pelo neurocientista canadense Donald Hebb, em 1949, no livro The Organization of Behavior. “Ele basicamente disse que neurônios isolados não são as unidades mais importantes na operação cerebral e que o que realmente importa é a montagem das células”, disse Ryan Canolty, outro autor do estudo.
Hoje se sabe que grupos de neurônios não apenas precisam trabalhar em conjunto para a realização de uma determinada tarefa, mas que esses grupos têm que unir forças com outros, em partes distintas do cérebro, como em regiões responsáveis pela cognição e pelo controle dos movimentos do corpo. [...]
“Se os neurônios se importassem apenas com o que ocorre em seu ambiente local, seria difícil fazer com que trabalhassem em conjunto caso estivessem em diferentes áreas corticais. Mas quando múltiplos neurônios, espalhados por todo o cérebro, são sintonizados em um padrão de atividade elétrica em uma frequência específica, então sempre que o padrão de atividade global ocorrer esses neurônios podem atuar em um agrupamento coordenado”, disse Canolty. [...]
(Diário da Saúde)
Nota: “Graças Te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formate; as Tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem” (Salmo 139:14).