Mais uma estória para sua diversão |
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– MB] O ser humano já teve rabo. Sim, nossos antepassados que andavam sobre
quatro patas [sic] possuíam uma longa cauda e isso não é surpresa para ninguém
[claro que não, afinal, em lugar de humanos, eram simplesmente macacos]. A
novidade, apontada em um estudo publicado recentemente pela revista Current Biology, é que não foi apenas em
uma oportunidade que deixamos de possuí-la. Foram duas. Vestígio do tempo em
que nossos antepassados andavam sobre quatro patas [mera suposição assumida
como fato], o cóccix foi o que sobrou da segunda – e definitiva – perda da
cauda humana. Isso ocorreu quando passamos a andar de pé [ocorre que o cóccix
tem, sim, função atualmente e essa história é uma falácia. Confira aqui.]. Muito antes, porém, houve uma outra ocasião em que nossos parentes distantes
[sic] perderam o rabo. E essa descoberta está presente em uma pesquisa
desenvolvida pela paleobióloga Lauren Sallan, do Departamento de Ciências da
Terra e do Meio Ambiente da Universidade da Pensilvânia.
Sallan
analisou o fóssil de 350 milhões de anos [segundo a cronologia evolucionista] do Aetheretmon valentiacum, um peixe que
possuía dois tipos de caudas, uma sobre a outra: uma delas era carnosa, ligada
à vertebra do animal; a outra, mais flexível, funcionava como uma nadadeira. O
estudo provou [!] que, enquanto os descendentes do peixe que permaneceram como
animais aquáticos mantiveram o rabo flexível, suprimindo o carnoso, os animais
que saíram da água, dando origem aos tetrápodes [leia mais sobre essa lenda
aqui], fizeram o caminho oposto, desenvolvendo a cauda carnosa [gostaria de saber
como puderam provar essa
macroevolução hipotética, já que não dispõem da sequência de fósseis necessária
para mostrar a evolução sucessiva e as múltiplas adaptações necessárias
para permitir que um peixe saísse da água e passasse a caminhar]. Ao mesmo
tempo, o rabo flexível deu origem aos membros, como pernas e braços – foi aí,
ao perder essa cauda flexível que nossos antepassados perderam o rabo pela
primeira vez [é fácil falar, difícil é provar que um rapo flexível teria dado
origem a patas].
Para
a cientista Tábita Hünemeier, professora do Departamento de Genética e Biologia
Evolutiva da USP, “provavelmente, o rabo carnoso nos teleósteos [peixes
modernos] se perdeu por seleção natural, já que sobreviveram os que eram mais
rápidos na água”. Por outro lado, ela explica, os animais que passaram do
ambiente aquático para o terrestre precisavam de outra habilidade [a verdade é
que eles precisavam de muitas habilidades sem as quais não teriam a menor
chance em um ambiente terrestre. Como puderam sobreviver até que elas
evoluíssem?]. “Talvez a
estabilidade, adquirida com um rabo carnoso, fosse mais importante do que a
rapidez.”
Quando
nossos antepassados primatas fizeram a transição para a bipedia, ou seja, passam a andar de forma ereta, ocorreu a segunda perda de rabo. “A
cauda humana provavelmente foi
eliminada porque ela foi sendo excluída junto com outras características. O
andar ereto é mais importante do ponto de vista evolutivo. E a perda da cauda pode ter ocorrido simplesmente ‘de
carona’”, diz Hünemeier. [Talvez, provavelmente, pode ser... Não estava
provado?]
Professor
de arqueologia na Universidade Federal do Rio Grande, Danilo
Vicenssoto avalia que o estudo agrega novidades importantes,
principalmente na área da biomecânica, que explica a evolução da movimentação
dos animais de quatro patas. “Toda novidade em pesquisa evolutiva é sempre
bem-vinda porque nós temos um quebra-cabeça de 10 milhões de peças e que na
nossa caixinha só vieram mil peças [mas com tão poucas peças eles conseguem
contar estórias fantásticas!]. Então qualquer peça nova que entra a gente
consegue ver é muito importante”, ressalta o cientista.
Leia também: “O cóccix e a suposta cauda vestigial”