Ela não precisa de "empoderamento" |
Gal
Gadot, a nova Mulher-Maravilha dos cinemas, foi apontada por críticos e pelo
público como o maior destaque do filme Batman
versus Superman, que estreou em março. Mas não é apenas sua atuação ou
beleza que têm atraído atenções. Desde que ganhou os holofotes a atriz
israelense de 31 anos vem sofrendo ataques nas redes sociais por causa de seu
patriotismo. Feministas têm lamentado que uma personagem comumente usada como
símbolo de “empoderamento feminino”, como a Mulher-Maravilha, seja interpretada
por uma conservadora. A reclamação mais frequente se deve ao explícito
patriotismo de Gal. Em entrevistas ou posts
nas redes sociais, a atriz faz questão de falar bem a respeito Israel,
mencionar sua fé judaica ou mesmo criticar grupos inimigos de sua nação, como o
Hamas.
Em
2014, por exemplo, durante um momento de intensificação dos conflitos na Faixa
de Gaza, a atriz postou em seu perfil no Facebook uma foto de si mesma orando
com a filha, Alma, de quatro anos, junto de uma mensagem de apoio às tropas
israelenses.
“Estou
mandando o meu amor e prece aos meus compatriotas israelenses, especialmente
aos meninos e meninas que estão arriscando suas vidas protegendo o meu país dos
horríveis atos conduzidos pelo Hamas, que estão se escondendo atrás de mulheres
e crianças feito covardes... Nós venceremos!!! Shabbat Shalom! #weareright
#freegazafromhamas #stopterror #coexistance #loveidf”
Uma
busca pelos termos “gal gadot zionist” no Twitter revela a agressividade das
mensagens direcionadas à atriz por simpatizantes da causa palestina.
O
amor por representar seu país não é recente em Gal. Em 2004, ela foi eleita
Miss Israel e participou do concurso Miss Universo do mesmo ano. Depois,
em cumprimento à lei militar de Israel, que prevê o alistamento obrigatório
inclusive de mulheres, ela serviu às Forças Armadas por dois anos, chegando,
inclusive, a ser treinadora de combate. Numa entrevista à revista Glamour, ela disse que “gostaria que
nenhum país precisasse de exércitos, mas em Israel servir é parte de ser
israelense”.
À
publicação judaica Totally Jewish, em
2014, ela disse: “Quero que as pessoas tenham uma boa impressão de Israel. Não
me sinto uma embaixadora de meu país, mas falo muito sobre ele. Gosto de contar
para as pessoas de onde venho e sobre minha religião.”
Os
pais de Gal são israelenses como ela, mas seus antepassados são provenientes da
Polônia e da Áustria. Desde 2008, Gal é casada com o empresário do ramo
hoteleiro Yaron Varsano, o pai de sua filha, Alma Varsano.
Nota: Ironia das ironias: a personagem “sequestrada”
pelas feministas para ser símbolo de sua causa é interpretada por uma mulher religiosa,
conservadora e mãe de família. [MB]