Moradores da zona rural de Monte Azul Paulista, cidade com 20 mil habitantes, na região de Ribeirão Preto (SP), estão assustados com os tremores de terra ocorridos desde a semana passada. Durante quatro dias, pelo menos três propriedades rurais teriam sido acometidas por abalos sísmicos. O Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP) foi comunicado e um técnico instalará um sismógrafo digital quarta-feira para que um monitoramento ocorra na área.
Técnicos do IAG estudam desde 2005 abalos em Bebedouro, no interior de São Paulo. Taiúva, Taiaçu e Pirangi também sentiram alguns tremores desde então. "Vamos instalar um aparelho e fazer o monitoramento, mas não dá para falar se existe alguma semelhança com a situação de Bebedouro, devido à proximidade", informou o técnico José Roberto Barbosa, do IAG. Segundo Barbosa, ainda existem sete sismógrafos digitais instalados em áreas rurais do povoado de Andes e de Botafogo, Distrito de Bebedouro. Ele lembrou que, nessa época de chuva, são detectados alguns terremotos na região, mas em pequena magnitude na Escala Richter. Em Bebedouro, entre 2004 e 2006, pelo menos 2 mil abalos foram registrados. Os poços artesianos abertos teriam provocado os abalos sísmicos, segundo o IAG.
"Não presenciei isso, mas os funcionários do sítio falaram que sentiram os tremores, e os de um sítio vizinho falaram o mesmo", diz o dono da Estância Solo Fértil, Elizena Palim, de Monte Azul Paulista. Os primeiros sismos teriam ocorrido na quarta-feira e os últimos, na tarde de sábado. A prefeitura foi avisada e depois acionou o IAG. Segundo Barbosa, o tempo de monitoramento dos sismos é indeterminado.
(Yahoo Notícias)
Nota: Há mais de um século, quando terremotos eram coisa rara, Ellen White escreveu: "Chegou agora o tempo em que num momento podemos estar em terra sólida, e no outro momento pode ela estar fugindo de debaixo de nossos pés. Haverá terremotos onde menos se espera" (Eventos Finais, p. 26).
Colaboração: Francis Giovanella Valle