
A cada 11 anos, quando o sol entra na sua fase mais ativa, pode enviar tempestades magnéticas poderosas que desligam satélites, ameaçam a segurança dos astronautas e até interrompem sistemas de comunicação na Terra. As piores tempestades atuais derrubam redes de energia ao induzir correntes que derretem os transformadores.
Apenas nos EUA, uma grande tempestade solar – que costuma ocorrer uma vez a cada 100 anos – pode deixar 130 milhões de pessoas sem eletricidade, de acordo com o estudo. Outros sistemas vitais seriam afetados por essas faltas de energia elétrica.
Os impactos da falta de eletricidade, por exemplo, acabariam com a distribuição de água potável em questão de horas, alimentos e medicamentos perecíveis seriam perdidos entre 12 e 24h; serviços de esgoto, telefones, transportes, abastecimento de combustíveis seriam interrompidos, etc. A energia poderia levar meses para ser restabelecida, segundo a pesquisa. Durante esse período, os bancos poderiam estar fechados e o comércio internacional seria suspenso. “Sistemas de emergência seriam levados ao limite e o controle e comando poderiam ser perdidos”, escreveram os pesquisadores da Universidade do Colorado, nos EUA.
“Sejam catástrofes terrestres ou incidentes do clima espacial, os resultados podem ser devastadores para as sociedades modernas que dependem, de uma miríade de modos, de sistemas tecnologicamente avançados”, os cientistas afirmaram em uma declaração divulgada junto com o relatório.
Tempestades solares têm efeitos significativos nos dias modernos. Em 1989 o Sol emitiu uma tempestade que derrubou a rede elétrica de toda Quebec, no Canadá. Em 2003, em um período de duas semanas, dois satélites foram desabilitados e instrumentos em uma sonda que orbita Marte foram danificados por tempestades solares.
O clima espacial pode produzir tempestades eletromagnéticas solares que induzem correntes extremas em fios interrompendo linhas de força, causando apagões generalizados e afetando cabos de comunicação da internet. Clima espacial severo produz partículas solares energéticas e desloca os cinturões de radiação da Terra, o que danifica satélites usados para comunicações comerciais, GPS e previsão do tempo.
O próximo pico da atividade solar é esperado em 2012. Atualmente o Sol está “tranquilo”, mas a atividade pode aumentar em qualquer momento e clima espacial severo (o quão severo será ninguém sabe) irá emergir um ou dois anos antes do pico. Alguns cientistas pensam que o próximo pico levará a eventos mais severos do que outros picos recentes.
O relatório foi delegado e financiado pela Nasa. Especialistas em indústria e governo, assim como acadêmicos de todo o mundo também participaram.
(Hypescience)