O
estudo também reduz as taxas de extinção a menos de 1% por década, um quinto do
nível dos cálculos anteriores. “Nossas descobertas são, potencialmente, uma boa
notícia para a preservação da biodiversidade global”, afirmou o principal
autor, Mark Costello, da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia. “Superestimar
o número de espécies na Terra é contraproducente, porque pode fazer as
tentativas de descobrir e preservar a biodiversidade parecerem desanimadoras.
Nosso trabalho sugere que isso está longe da verdade”, acrescentou.
Costello
afirmou também que a pesquisa reforça a previsão de que todas as espécies da
Terra poderiam ser identificadas nos próximos 50 anos, particularmente porque o
número de taxonomistas – cientistas que descrevem novas espécies – está
aumentando. “Nomear uma espécie dá reconhecimento formal à sua existência,
tornando muito mais fácil a preservação”, declarou o cientista. [...]
Nota:
Superestimar o número de espécies na Terra é “contraproducente” também porque dava
a impressão de que a biodiversidade era muito maior do que de fato é (cinco
milhões para 100 milhões de espécies!). Levando-se em
conta que muitas espécies podem ser classificadas simplesmente como resultado
de “microevolução” (ex.: lobo/cães), esse número sem dúvida seria ainda mais
reduzido. Essa conclusão tem muitas implicações. Uma delas pode ser esta,
relacionada com a pergunta clássica “Como Noé conseguiu acomodar milhões de
espécies animais na arca?”. Bem, quem disse que ele precisou acomodar as
“espécies” atuais (e não apenas os “tipos básicos” criados por Deus)? E quem
disse que eram tantas “espécies” assim? Biólogos do passado disseram...[MB]