Para
esclarecer esse assunto, Everton Alves entrevistou
um de nossos colunistas, o físico Eduardo Lütz, que também é mestre em
Astrofísica, membro e palestrante oficial da Sociedade Criacionista Brasileira
(SCB), além de editor da revista Origem
em Revista.
Everton Alves: O
que os cientistas criacionistas entendem por “ciência”?
Eduardo Lütz: O
termo “teoria científica” tem sido utilizado de duas formas:
1.
No conceito mais popular, trata-se de hipóteses sobre temas de interesse
acadêmico.
2.
No conceito um pouco mais acadêmico, trata-se de um modelo ou framework conceitual.
A
“teoria sintética da evolução” é uma teoria no segundo sentido,
acadêmico-popular. Mas não se baseia sequer na metodologia de Aristóteles, que
muitos chamam de método científico, embora contenha elementos baseados em
observações e se façam pesquisas científicas de verdade em alguns ramos dessa
área.
O
objetivo não é desmerecer o “evolucionismo”, pelo contrário, é mostrar que a
nova geração de cientistas deve retornar ao antigo conceito de ciência seguido
pelos próprios pais da ciência (Galileu, Kepler, Newton...). Em evolução,
também se desenvolvem modelos científicos (matemáticos). Mas eles ainda não
atingiram massa crítica para derrubar alguns dogmas mais importantes. Ainda
tratam de questões periféricas, como dinâmica de populações, por exemplo. Nessa
área, é muito útil expressar leis como algoritmos para ser usados em simulações
de computador.