
Antes, porém, de entregar os impressos nas ruas para as quais fomos designados, acompanhamos um casal até outro bairro, porque eu precisava fazer algumas fotos para uma reportagem que vou escrever para a Revista Adventista. Quando identificou o local em que estávamos, minha esposa fez uma oração silenciosa. Depois entendi o porquê.
Meses antes, ela havia encontrado uma moça na porta de um supermercado pedindo dinheiro para comprar fraldas. Minha esposa comprou as fraldas e pediu o endereço da moça na intenção de visitá-la depois. Infelizmente, como a mulher acabou mudando de endereço, o contato foi perdido.
Quando chegamos ao local em que eu faria a foto, minha esposa percebeu que estávamos no bairro daquela moça. Na verdade, nem era para estarmos ali naquela hora, pois a região designada para a pessoa que eu iria fotografar havia sido mudada na última hora. Foi então que minha esposa orou para encontrar a moça carente. Resolvemos entrar numa das ruas do bairro para fazer a foto, e quem encontramos? Como não creio em coincidência (muito menos nesse nível) e creio na Providência, sei que a oração da Débora foi atendida.
Cumprimentamos a moça, o esposo e a filhinha deles, que caminhavam na mesma rua em que estávamos. Dei um livro e uma revista para eles e os acompanhamos até a casa deles, para ter certeza do local em que moram. Conversamos um pouco, eu disse que Deus certamente tem um plano para a vida deles e prometemos um visita para os próximos dias. Depois fomos para o bairro pelo qual estávamos responsáveis, felizes por ver a mão de Deus conduzindo os eventos.

Minhas filhas gostaram muito de conversar com as pessoas e de entregar a literatura para elas. Mas o que minha filha mais velha (de oito anos) mais gostou de fazer foi a pesquisa de interessados. Diz ela: “Gostei de fazer a pesquisa porque gosto de saber o que as pessoas pensam sobre Deus e sobre o mundo.” Minha esposa me disse: “Percebo que as pessoas precisam de esperança e temos essa esperança para dar.”
É como disse Jesus: “Erguei os olhos e vede os campos, pois já branqueiam para a ceifa” (João 4:35).
Neste dia especial, a família adventista levou esperança e experimentou a alegria de ver o impacto causado pelo poder do amor, o poder do evangelho. Essa é a igreja do sonho de Deus.
Michelson Borges