
Louchart reconheceu o fóssil, descoberto nos anos 80, enquanto examinava espécimes na coleção do colega Nicolas Tourment. O fóssil estava protegido sob uma fina camada de calcário.
O fóssil inclui a maior parte dos ossos do bico e partes do crânio e pescoço e é muito semelhante ao grande pelicano branco, Pelecanus onocrotalus.
A falta de mudanças sugere que o bico atingiu um pico evolutivo para voo ou para alimentação. Mas Louchart acredita que algo mais pode estar envolvido.
A descoberta coloca não só os pelicanos, mas também outros pássaros mais atrás na linha do tempo.
"O bico do pelicano é uma adaptação muito boa porque permaneceu quase a mesma durante um longo período de tempo", disse Rebecca Kimball, da Universidade da Flórida. Há dois anos, Kimball publicou um estudo na revista Science em que mostra que pelicanos são geneticamente próximos a parentes, um sinal de evolução lenta.
O estudo foi publicado na revista especializada Journal of Ornithology.
(Folha.com)
Nota: Os pássaros foram pouco preservados como fósseis porque puderam escapar por mais tempo da inundação catastrófica que sepultou os outros animais em lama. E não é que se saiba pouco sobre a "evolução" do pelicano; a julgar pelo bico fóssil, ele simplesmente não evoluiu. Na verdade, complexidade como a do voo, dos olhos, ouvidos e simetria bilateral, etc., são encontradas da base ao topo da coluna geológica. Isso é que é enigma![MB]