Apologia do aborto "benfeito" |
A
americana Emily Letts, 25 anos, resolveu abortar assim que descobriu estar
grávida. Então, ela decidiu filmar o processo cirúrgico. O vídeo foi publicado
no YouTube e já alcançou mais de um milhão de visualizações. Letts vive em
Cherry Hill, em Nova Jersey, e trabalha como doula (assistente de parto) na
clínica de aborto Cherry Hill Women’s Center. Nesse estado americano, as
clínicas de aborto são legais e funcionam com autorização do governo. Não há
restrições de tempo de gestação para o aborto nessa área do país. A americana
era atriz, mas não se sentia bem com o próprio corpo. Ao ouvir relatos de uma
amiga doula, resolveu seguir a mesma carreira. Enquanto estudava, descobriu que
também existem doulas de aborto. Letts contou sua história ao Cosmopolitan. “Eu nunca fui uma ativista
a favor do aborto, mas a ideia de ajudar as mulheres em processo de aborto,
dando apoio e explicando que elas ainda são maravilhosas e lindas soou muito
bem para mim”, disse.
Quando
descobriu que estava grávida de duas semanas, Letts quis usar sua experiência
para ajudar outras mulheres. “Nós falamos muito sobre aborto, mas ninguém
sabe ao certo como o procedimento funciona”, afirmou. “Nos primeiros três meses
da gestação, a cirurgia do aborto não demora mais do que de três a cinco
minutos. É mais seguro do que o trabalho de parto. Não há cortes e o risco de
causar infertilidade é inferior a 1%. Mesmo assim, as mulheres vão para as
clínicas aterrorizadas”, disse.
Segundo
Letts, a quantidade de informações erradas sobre o aborto é absurda. O aborto
para uma grávida de até três meses pode ser feito com remédio, com uma cirurgia
em que a paciente é sedada ou um procedimento em que há apenas anestesia local
e a grávida permanece acordada. “Eu podia tomar o remédio, mas queria mostrar
para as mulheres o método que elas mais temem. Queria mostrar que não era
assustador”, afirmou.
(Info)
Nota:
Ao que tudo indica, Emily Letts não corria risco de morte por causa da gravidez
nem foi estuprada. Ela simplesmente
teve relação sexual, engravidou e decidiu que não queria assumir o resultado de
sua escolha: um novo ser vivo. Mas não ficou só nisso: ela decidiu mostrar para
milhões de pessoas que o aborto “benfeito” não traz riscos físicos para a
gestante. Mas ela esqueceu ou ignorou deliberadamente outro problema: as
cicatrizes no coração. São inúmeros os relatos de mulheres que praticaram o
aborto e que nunca conseguiram se livrar do “peso” de ter interrompido uma vida,
com todas as suas potencialidades e possibilidades. Letts diz que as mulheres
que praticam aborto “ainda são maravilhosas e lindas”, mas mais lindas são as
mulheres que assumem as consequências de suas escolhas e decidem ser mães. Numa
cirurgia de três a cinco minutos, Letts acabou com uma vida que poderia viver
por décadas e fazer diferença no mundo. Mas Letts preferiu desistir de algo que
exige tremenda dose de coragem, muito maior que a coragem de encarar uma
clínica de aborto – a coragem de ser mãe. E fez isso justamente no mês das mães!
[MB]
Leia também: "Aborto causa depressão e baixa autoestima", "Posição da Igreja Adventista quanto ao aborto", "Educação, não aborto, reduz mortalidade materna", "Aborto não é 'papo de fundamentalistas'" e "Aumenta tendência liberalizante do aborto no mundo"
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